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terça-feira, 13 de outubro de 2015

JOVENS MÚSICOS DE SP INTEGRAM ORQUESTRA BINACIONAL NA VENEZUELA

Projeto Guri participa, pela primeira vez, do Festival Villa Lobos, da Venezuela, em outubro 

Jovens músicos do interior de São Paulo integram a Orquestra Binacional em Caracas, ao lado de músicos de diversas regiões do Brasil, entre os dias 18 e 25

Cinco integrantes do Projeto Guri – programa de educação musical gratuito, mantido pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo – foram selecionados pelo Festival Villa Lobos para fazer parte da Orquestra Binacional do evento. Considerado um dos maiores festivais de música clássica do mundo, é um trabalho conjunto com El Sistema, Embaixada do Brasil, Instituto Cultural Brasil-Venezuela e Fundação Meijer-Werner.  Este ano, a sétima edição do evento acontece entre 18 e 25 de outubro ehomenageia os 40 anos da fundação do El Sistema musical da Venezuela e seu fundador maestro José Antônio Abreu.
Thalita Da Silva Chaves, Cezar Donizete De Paula Junior, Giuliano Magno Panini Cruvinel de Oliveira, Alisson Oliveira de Aragão, do Grupo de Referência do Guri de Jundiaí, e Danilo Aguiar de Paula, do Grupo de Referência de Bauru, se juntam a outros 60 jovens músicos de diversos estado do país, como Rio de Janeiro, Bahia, Goiás, Rio Grande do Sul e Mato Grosso.  Ao lado dos músicos da Orquestra Sinfônica Jovem Simón Bolívar, da Venezuela, os brasileiros compõem a Orquestra Binacional do festival. Com regência do maestro Roberto Tibiriçá, apresentarão um repertório bastante robusto com músicas reconhecidas internacionalmente como, Bachianas nº 7, de Villa Lobos, Marcha Eslava, de Tchaikovsky, Alma Llanera, canção popular venezuelana, Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, e Brasileirinho, de Waldir Azevedo, entre outras.
Esta é a primeira vez que o Projeto Guri participa do festival. Ao desembarcarem em Caracas os jovens do Guri participarão de aulas e ensaios com os demais brasileiros e os músicos venezuelanos. O resultado desta convivência será apresentado nos concertos dos dias 24 e 25 de outubro, na Sala Simón Bolivar.  Segundo Claudia Freixedas, diretora educacional da Amigos do Guri, trata-se de uma experiência técnica, musical e artística de alto nível. “Acredito que a possibilidade de integrar uma orquestra como a Orquestra Sinfônica Jovem Simón Bolívar, será incrível para nossos alunos. É uma oportunidade de refletir sobre suas próprias realidades, ampliando perspectivas, tanto musicais, quanto sociais e pessoais".
Os Grupos de Referência do Projeto Guri de Jundiaí e Bauru são patrocinados pelas empresas Capitale Energia e Catho. Estas formações são compostas por alunos de desempenho avançado, entre 13 e 18 anos.  A Orquestra do Grupo de Referência de Jundiaí, por exemplo, conta com 47 integrantes e tem como regente o maestro André Sanches. Os quatros integrantes da Orquestra, selecionados para ir para a Venezuela, têm de 17 a 19 anos e tocam violino e trompete. Já a Banda de Música do Guri de Bauru é formada por instrumentos de sopro e percussão, com regência de Devanildo Aparecido Balmant e conta com cerca de 40 jovens.  O aluno deste grupo que foi selecionado para o Festival Villa Lobos, Danilo Aguiar tem 20 anos e toca clarinete.

domingo, 9 de agosto de 2015

LOBÃO VIROU OLAVETE E O PÚBLICO ODIOU - MAIS UM FRACASSO...

Show de Lobão cancelado. Pobre golpista!

Por Altamiro Borges

Lobão, o decrépito roqueiro, deve radicalizar ainda mais seu discurso reacionário nos próximos dias. A tentativa oportunista de ser tornar um ícone dos fascistas mirins, que rosnam pelo impeachment de Dilma e até pelo retorno dos militares ao poder, não está rendendo a grana desejada. Seus CDs estão encalhados e até seus shows estão sendo cancelados. Na última quarta-feira (4), ele deveria se exibir no Teatro Feevale, em Novo Hamburgo (RS). Mas apenas 50 pessoas compraram o ingresso e Lobão deu uma de Aécio Neves, o "arregão", e cancelou a apresentação "artística". Pobre golpista!

Como ironizou o colunista Moisés Mendes, no jornal Zero Hora, o roqueiro "esgotou o repertório, na política e na arte. Há décadas, ele canta a mesma música, com aquele refrão infantil - me chama, me chama -, e ultimamente decidiu compor modinhas de protesto contra o governo, depois de desistir de participar de passeatas". Nas suas duas atividades, na música e na política, ele se deu mal e agora se mostra um fraco, um covarde, como observa Moisés Mendes:

"Lobão se negou a cantar para 50 pessoas. Pois deveria ter ido até o fim, em nome da fidelidade ao seu público, como fez o líder estudantil Kim Patroca Kataguiri. No dia 24 de abril, no embalo dos protestos de rua, Kim organizou A Grande Marcha, que saiu de São Paulo em direção a Brasília. Ao final da procissão, estimulada por raposões da oposição, Dilma seria derrubada. Mais de 50 mil pessoas chegariam ao Planalto Central para tomar o poder. No dia 30 de maio, chegaram oito. Mas Kim foi até o final. Lobão se recusou a cantar para meia centena. Não aprendeu com o menino Kim uma lição de humildade, que até os golpistas deveriam assimilar".

http://altamiroborges.blogspot.com.br/2015/08/show-de-lobao-cancelado-pobre-golpista.html

terça-feira, 14 de julho de 2015

PELA CIVILIDADE, DILMA TEM QUE PROCESSAR LOBÃO, O OLAVETE

Dilma tem que reagir exemplarmente ao crime de injúria e difamação de Lobão. 

Por Paulo Nogueira




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Qual a diferença entre um adesivo em que Dilma aparece de pernas abertas e chamá-la de Dilma Bandida?
Nenhuma.
Por isso mesmo, a reação deve ser a mesma. Enérgica, exemplar, imediata.
Lobão achou que tinha sido muito criativo ao transformar, num show vazio em São Paulo, Vida Bandida em Dilma Bandida.
Se foi mesmo criativo, não sei. Mas ele foi criminoso. Cometeu um crime de injúria e difamação, e tem que responder por isso.
Não é importante apenas para Dilma. É importante, mais ainda, para a sociedade.
Você não pode deixar a semente da barbárie se alastrar impunemente.
Tolerância zero com este tipo de delito é uma demanda da civilização, na verdade.
A impunidade estimula o mesmo tipo de comportamento cheio de ódio e violência.
Onde isso foi dar?
Lobão parece culpar Dilma, Lula e o PT pelo seu envelhecimento e pela baixa produção artística das últimas décadas.
Analfabeto político por excelência, ele encontrou dois mestres do mal em sua louca cavalgada.
Um é a revista Veja, que encheu sua cabeça de informações erradas, desonestas e canalhas.
O outro é Olavo de Carvalho, que reforçou a lavagem cerebral da Veja sobre Lobão.
O resultado é que ele virou um velho reacionário, recalcado, amargurado,  repleto de ódio.
E sem palavra.
Lobão tinha prometido deixar o Brasil caso Dilma vencesse. Mas mudou de ideia, o que é uma pena, pelo exemplo nocivo, sinistro que ele representa.
As pessoas têm que saber que há um limite de civilidade que não pode ser transposto, ou o país vira um caos.
O argumento mais obtuso é que se trata de liberdade de expressão.
Não. É crime, a não ser que ele tenha provas de que Dilma é bandida.
Um juiz da Suprema Corte dos Estados Unidos foi quem definiu com mais clareza os limites da liberdade de expressão.
Cerca de meio século atrás, ele disse que, num teatro lotado, se alguém gritar fogo, não poderá depois invocar a liberdade de expressão. Sua fala poderá provocar uma tragédia.
É uma definição clássica, citada com frequência em casos em que se debate a liberdade de expressão.
No mundo moderno, uma amostra dos limites é que nos Estados Unidos você não pode fazer apologia do terrorismo e depois invocar a liberdade de expressão.
Você será imediatamente preso.
Ah, você pode retrucar: a Justiça brasileira é um horror. Não adianta processar. Danilo Gentili mandou um negro comer bananas e foi absolvido porque o juiz considerou que não havia ofensa na oferta.
Não faz mal.
O mínimo que se pode fazer é incomodar o ofensor em casos como o de Lobão.
Mantega, acertadamente, decidiu processar o desequilibrado que o insultou num restaurante. Lula também seguiu o mesmo caminho com Caiado.
Estão certos.
Para o bem da sociedade, Dilma tem que reagir imediatamente – e com estrondo.
As vozes do ódio não podem achar que podem tudo. Porque, se eles podem tudo, o resto não pode nada.
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/dilma-tem-que-reagir-exemplarmente-ao-crime-de-injuria-e-difamacao-de-lobao-por-paulo-nogueira/

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

LEIA O MANIFESTO DOS INTELECTUAIS PRÓ_DILMA

Artistas e intelectuais apoiam Dilma

Por Altamiro Borges

Nesta segunda-feira (15), às 19 horas, o Teatro Casa Grande, no Rio de Janeiro, será palco de mais uma atividade em defesa do avanço das mudanças no país e contra os retrocessos. A exemplo do que ocorreu no memorável ato de 2010, centenas de artistas e intelectuais manifestarão publicamente seu apoio à reeleição da presidenta Dilma Rousseff. O ex-presidente Lula também confirmou presença no evento.

Em manifesto que já circula na internet (aqui), Chico Buarque, Beth Carvalho, Wagner Tiso, Hugo Carvana, Osmar Prado, Paulo Betti, Beth Mendes, Matheus Nachtergaele, Bemvindo Siqueira, Sérgio Mamberti, Alcione, Zezé Motta, Leci Brandão, Emir Sader, Leonardo Boff, Luis Fernando Veríssimo, Marilena Chauí, Maria da Conceição Tavares, Fernando Morais, Luis Nassif, Renato Rovai, Ivana Bentes, Sergio Amadeu, Juca Ferreira, Eric Nepomuceno, Samuel Pinheiro Guimarães, entre tantos outros, explicam as razões do apoio. Reproduzo abaixo o manifesto:

*****

A primavera dos direitos de todos: Ganhar para avançar

Os brasileiros decidem agora se o caminho em que o país está desde 2003 é positivo e deve ser mantido, melhorado e aprofundado, ou se devemos voltar ao Brasil de antes - o do desemprego, da entrega, da pobreza e da humilhação.

Nós consideramos que nunca o Brasil havia vivido um processo tão profundo e prolongado de mudança e de justiça social, reconhecendo e assegurando os direitos daqueles que sempre foram abandonados. Consideramos que é essencial assegurar as transformações que ocorreram e ocorrem no país, e que devem ser consolidadas e aprofundadas. Só assim o Brasil será de verdade um país internacionalmente soberano, menos injusto, menos desigual, mais solidário.

Abandonar esse caminho para retomar fórmulas econômicas que protegem os privilegiados de sempre seria um enorme retrocesso. O brasileiro já pagou um preço demasiado para beneficiar os especuladores e os gananciosos. Não se pode admitir voltar atrás e eliminar os programas sociais, tirar do Estado sua responsabilidade básica e fundamental.

O Brasil precisa, sim, de mudanças, como as próprias manifestações de rua do ano passado revelaram. Precisa, sem dúvida, reformular as suas políticas de segurança pública e de mobilidade urbana. Precisa aprofundar as transformações na educação e na saúde públicas, na agricultura, consolidando com ousadia as políticas de cultura, meio ambiente, ciência e tecnologia, e combatendo, sem trégua, todas as discriminações.

O Brasil precisa urgentemente de uma reforma política. Mas precisa mudar avançando e não recuando. Necessita fortalecer e não enfraquecer o combate às desigualdades. O caminho iniciado por Lula e continuado por Dilma é o da primavera de todos os brasileiros. Por isso apoiamos Dilma Rousseff.

http://altamiroborges.blogspot.com.br/2014/09/artistas-e-intelectuais-apoiam-dilma.html#more

quinta-feira, 24 de julho de 2014

LULA E DONA LETÍCIA LAMENTAM A MORTE DE SUASSUNA



Nota de pesar pelo falecimento de Ariano Suassuna

23/07/2014 20:47 


É imensa a tristeza de receber a notícia de que um amigo tão querido como
Ariano Suassuna nos deixou. Este paraibano de língua afiada, alma solidária,
escrita ao mesmo tempo simples e profunda, sempre nos honrou com sua
amizade.
Ariano fez muito pelo povo brasileiro através de suas palavras, sabedoria
popular e compromisso político. Um escritor premiado e reconhecido, que
 nunca se esqueceu que era um homem do povo. Cresceu no sertão do
nordeste e traduziu tantas vezes em seus textos as alegrias e os sofrimentos
dos brasileiros.
Ariano representou com coerência e grandeza a cultura do nordeste e do
país.  
Com enorme tristeza, nos solidarizamos com seus familiares, amigos e
admiradores.
Como escritor e como militante das causas populares, Suassuna continuará
vivo em nossos corações.
Dona Marisa Letícia e Luiz Inácio Lula da Silva

http://www.institutolula.org/nota-de-pesar-pelo-falecimento-de-ariano-suassuna



terça-feira, 3 de junho de 2014

CARNAVAL DE ROTERDÃ (HOLANDA) TERÁ SÉRGIO MENDES


Engraçada interpretação de Tom Jones para "Mais que Nada", acompanhado por Sérgio Mendes e sua banda "Brasil 66" na TV inglesa, em 1969!

Já é tradicional o evento Rotterdam Ulimited (Roterdã sem Limites) que, durante seis dias, promove música e dança nas praças e ruas da importante cidade portuária da Holanda. Na verdade o festival reúne várias atrações diferentes, em espaços fechados e abertos, tendo como pontos altos o Carnaval de Verão, a eleição da Rainha, a batalha dos bumbos (encontro de percussionistas de vários países) e muitos shows.
Neste ano, uma das atrações mais esperadas é o músico brasileiro Sérgio Mendes, famoso internacionalmente pela sua longa carreira na Bossa Nova, no jazz e na divulgação da música brasileira nos Estados Unidos (onde vive há décadas) e em todo o mundo.

Programação de shows em Roterdã.
Divulgação do festival na Internet.
O brasileiro Sérgio Mendes, uma das principais atrações em 2014.

VENCEDOR DO OSCAR: "É IMPOSSÍVEL VIVER SEM A MÚSICA BRASILEIRA!"


Ao receber seu Oscar das mãos de Anthony Hopkins, em 1993, Fernando Trueba faz um comentário engraçado: "Eu gostaria de acreditar em Deus para agradecer-lhe (pelo prêmio), mas eu só acredito em Billy Wilder. Então, obrigado, Sr. Wilder!"...

O cineasta espanhol Fernando Trueba ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1993 conheceu o Brasil mais de perto em 2004, quando visitou a Bahia a convite do músico Carlinhos Brown. Passou a estudar e curtir as várias manifestações musicais populares, e a conhecer os principais compositores e cantores brasileiros.
Realizou um elogiado documentário "O Milagre do Candeal", em 2004, e tem o projeto de filmar a história do baterista Francisco Tenório Júnior, o "Tenorinho", que tocava com Vinícius e Toquinho e foi sequestrado e assassinado pela ditadura argentina, em 1976.
Na edição de domingo, 01/06/14, a revista dominical do jornal espanhol "El País", o premiado cineasta publica o artigo "Banda Sonora de un País", cheio de elogios à música brasileira. "Para os que amam a música brasileira não há distinção de gêneros nem de épocas: desde os fundadores Ernesto Nazareth e Miguel Gomes e seus continuadores Villa-Lobos e Chiquinha Gonzaga, a personalidades geniais como o grande Pixinguinha, ou os grandes da geração intermédia como Ary Barroso, Doryval Caymmi, Noel Rosa ou o maestro Radamés Gnattali, autores de páginas imortais da música popular, até este equador da música brasileira que é Antonio Carlos Jobim, fronteira entre o passado e o futuro, entre a tradição e a modernidade, onde uma vez mais o clássico e o popular, o folclore e o jazz formam parte de uma mesma obra, inseparáveis, irredutíveis, uma mesma coisa".
Trueba lamenta que a ditadura militar tenha interferido no momento mais criativo da arte brasileira: "Muitos dos melhores instrumentistas do Brasil se dispersaram pelo planeta, infiltrando-se nas melhores bandas do mundo e fazendo-as soar melhor".
Ao final, Fernando Trueba faz uma declaração de amor: "Em "Prima della Revoluzione", a película de Bertolucci, um personagem gritava: 'Não se pode viver sem Rossellini'. Me confesso amante do cinema de Rossellini, mas creio que poderia viver sem ele. Porém, creo que... não se pode viver sem a música brasileira!"

quarta-feira, 23 de abril de 2014

CARTA A LOBÃO É UM JUSTO NECROLÓGIO A EX-ARTISTA


Eu jamais poderia subscrever esta bela carta ao ex-roqueiro Lobão porque não sou seu ex-fã, e quase nada conheço sobre seu trabalho. Recordo-me de ter visto com simpatia a sua pregação e prática pela produção cultural alternativa, quando passou a editar seus próprios discos, num legítimo protesto contra o domínio das gravadoras. 

Por curiosidade jornalística, e porque costumo observar o que pensa e diz a direitona-burra, acabei ouvindo alguns de seus hangouts no You Tube. E fiquei, sinceramente, chocado: o cara não tem nada na cabeça, em termos de Política, tema que se meteu a comentar na veja e em outros espaços! Nada! Seu discurso atropelado é uma sucessão de frases vazias, todas ofensivas a alguém: a esquerda em geral, Lula, PT, Dilma, Gramsci, Chico Buarque, Gil, MPB, povo brasileiro, etc, etc. Ele pula de uma ofensa à outra, faz citações erradas, e elogia imbecis como Olavo de Carvalho, Malafaia, Bolsonaro e outras figuras de pensamento arcaico e cheio de ódio, montando uma teia de idéias desconexas. Fica aquela massa escura de ódio a tudo e a todos que acreditam no Brasil e na Democracia, ou que sonham e falam em Socialismo, em Esquerda. 
Seu "fundo-do-poço" foi defender, ainda que por palavras tortuosas, as tais "marchas" de 22 de março, que pregavam um golpe militar e a volta da ditadura! Foi seu último ato, que eu saiba, na internet, pois a partir do dia 23 parou de transmitir os tais hangouts onde abria espaço para vozes das cavernas. 
Eu não escreveria sobre Lobão no meu modestíssimo blog, onde busco reproduzir textos mil vezes mais interessantes e embasados. Mas a carta de seu ex-fã Pedro Sprejer vale a pena, por colocar essa figura em seu devido lugar: um artista que teve bons momentos de criação nos anos 80, depois ficou no ostracismo ou produzindo música inferior, e agora á cooptado pela direita mais atrasada do País, em troca de alguns espaços na mídia. Uma lástima. 
Leiam, porque é o necrológio justo de um ex-artista: 

“Sua truculência não é rebeldia, é niilismo”: Carta aberta de um ex-fã ao Lobão

Escrito por Pedro Sprejer e publicado originalmente na Polivox
Eu te acompanho desde meados dos anos 80, quando, ainda criança, pulava na frente da TV e do rádio ao som de “Vida Bandida” e “Corações Psicodélicos”.
Essas e outras canções constituíram o meu repertório afetivo-musical e sempre olho para elas com carinho. Hoje, entretanto, sua voz me soa amarga. Acho que cansei dela. E me atrevo a falar em nome de outros fãs que estão desapontados com o papelão que você tem feito por aí.
Você e Cazuza foram os artistas mais provocadores da geração 80, os mais autênticos. Cazuza foi um libertário genial, com sua ironia, homossexualidade escancarada, e entrega total à vida. E você, com um rock maníaco-depressivo foi mesmo uma ovelha negra dentro da MPB, como gosta de dizer.
Você acrescentou à MPB algumas doses a mais, trouxe euforia, porra-louquice, mas também melancolia e desespero, fazendo a trilha dos anos 80 entre festas homéricas e ressacas suicidas. E ainda colocou na canção brasileira, comportada e luminosa na maior parte das vezes, uma violência crua. A mesma violência que já estava nos filmes do Cinema Marginal, nos contos do Rubem Fonseca ou nas peças de Plínio Marcos.
Depois de debutar com um rock dançante adolescente, você enveredou por um lado selvagem da motocicleta. Mergulhou na vida louca e bandida dos anos 80 para contar a história do personagem que “chutou a cara do cara caído” e “bateu no seu melhor amigo” e também a do que “sem dó, nem pena, sem um telefonema, matou a família e foi ao cinema”.
Você propôs um verão na boca do lixo, ainda que esse universo decadente e sujo às vezes se parecesse mais com uma história de Charles Bukowski ou com o “Taxi Driver” de Scorsese .
Sua história deu um livro, Lobão. Você fez de tudo um pouco, inclusive “Me Chama” e outras belas canções. Lançou discos bons, como “Nostalgia da Modernidade” (1995). Lutou uma briga boa contra as grandes gravadoras e o jabá nas rádios. Fez também, vale lembrar, uma certa dose de músicas que me parecem muito ruins.
Mas o que eu acho curioso é como você é até hoje associado aos anos 80, mesmo tendo feito tantas coisas depois. Por algum motivo, ao longo das décadas seguintes, sua música foi saindo de cena lentamente. Aí te vimos ressurgir das estepes, lobo escaldado a latir com raiva, primeiro como um entrevistado que premiava os repórteres com declarações polêmicas, depois como apresentador de TV e, por fim, como colunista da Veja.
Sua primeira aparição nacional como pugilista verbal foi na longa discussão com o Caetano Veloso, que teve ótimos momentos e gerou sua incrível “Para o Mano Caetano”. Acertou Caê à queima-roupa, brindando-o com o maravilhoso epíteto “dandi dendê”, batendo forte, mas também o reverenciando como mestre ao mesmo tempo. A discussão virou até matéria no Fantástico. Havia ali um diálogo interessantíssimo entre duas vertentes nem sempre opostas da canção brasileira, entre o tropicalismo e uma geração roqueira que o absorveu e negou ao mesmo tempo.
Só que parece que foi justamente isso que você perdeu, Lobão, a capacidade de dialogar, entrando numa certa “décadence sans élégance”. Tornou-se uma das figuras beligerantes de “penas afiadas e garganta acelerada” tão bem descritas numa coluna recente do Thomaz Wood Jr.
Andou injuriando por aí gente como Chico, Tom, Gil e tantos outros. Não me entenda mal, acho saudável questionar ícones, em arte nada deve ser sagrado. Há de fato, muito o que se discutir na postura aristocrática e mesmo no conjunto da obra de nossos medalhões (vide o papelão que fizeram na questão das biografias).
É verdade que nem a quase extinta bossa-nova, nem a sua filha MPB, como fizeram crer, são capazes de representar e traduzir o país, se é que isso um dia chegou a acontecer.
Só que a sua virulência leviana, o seu jeito de atacar os consensos sem nada de novo para oferecer não me parece rebeldia, mas uma outra coisinha que às vezes é confundida ingenuamente com iconoclastia: niilismo. Isso mesmo, uma negatividade incapaz de criar qualquer horizonte.
É justamente o contrário do que faz o artista. Se é o artista quem puxa o nó da realidade e faz de tudo que vê um “link” para a criação, o difamador maledicente usa da retórica apenas para destruir e mortificar.
Sabe, Lobo, a gota d’água que me motivou a escrever esta carta-beliscão foi a besteira que você falou a respeito dos Racionais MC’s, um grupo que sempre admirei e que tem como líder aquele que é, sem dúvida, o melhor letrista a despontar no Brasil nos últimos 25 anos. (Se você não acredita, ouça “Eu to ouvindo alguém me chamar” ou “Capítulo 4, versículo 3”). Procure saber.
Então, Lobão, os Racionais são mesmo, como você escreveu no último livro que lançou, “o braço armado do PT”? Como é isso? Panteras-negras-bolivarianos? Ou uma facção leninista do PCC?
Aliás, recentemente você voltou a provocar, chamando, em sua coluna na Veja, os Racionais, o MST e outros de “rebeldes chapa-branca”.
Tentando botar uma pimenta na sua salada envenenada maluca, disse que Mano Brown e seus manos “sobem nos palanques, têm o beneplácito da mídia oficial bancada pelo governo e, mesmo assim, são revoltadíssimos com o sistema!”. Uma frase acusatória com vestes de denúncia desprovida de qualquer dado concreto, que desemboca rasteiramente numa bobagem malvada e infame.
Como se os Racionais não tivessem legitimidade para falar em nome da periferia. Como se qualquer discurso socialmente engajado fosse oportunismo. Ou os próprios rappers fossem apenas populistas que se beneficiam de um discurso revolucionário.
Lobão, o golpe foi baixo, mas o movimento previsível demais. Você apenas pega o que outros articulistas de direita falam sobre Lula e encaixa grosseiramente em Mano Brown.
Você que viveu e cantou sua vida bandida no Leblon deveria ter mais boa vontade com o relato daqueles que vivem a vida loka nas ruas das Ruandas brasileiras. O Haiti é aqui, Lobo.
É curioso te ver reagir assim uma das expressões mais interessantes surgidas no Brasil dos anos 90, década em que o rock dos 80 foi perdendo a força até virar praticamente só a saudade da Legião e o “retorno triunfante” do Capital Inicial.
Sim, é engraçado, pois foi justamente o rap, como o Chico Buarque notou, que fez com que a violência real do país passasse a jorrar na música brasileira, sedimentada desde os anos 30 em torno da ideia de conciliação e apaziguamento das tensões sociais.
Se para você a MPB é “paumolescência” e o rap oportunismo, o que sobrará? Respondo: niilismo. Lágrimas no escuro.
Lobão, você gritou “Lula” no Faustão, em 89, e, pelo andar da carruagem, qualquer dia ainda vai gritar “Olavo de Carvalho!” no Circo Voador. O problema, porém, não é a sua “conversão”.  O triste é ver um músico talentoso virando apenas e tão somente um polemista, espalhando niilismo coxinha e faturando com a idiotização do país, a polarização burra. Lobo de patas dadas com as raposas, papagaiando e batendo palma pra macaco. Para um ex-fã é um espetáculo triste.
Greil Marcus, considerado por muitos o maior crítico musical americano, definiu o ethos do rock como “uma afronta à entropia” e “um combate contra a mesmice”. Talvez esses elementos estejam no ímpeto das suas críticas, Lobão, mas te falta uma noção básica de hegemonia e contra-hegemonia, para saber que hoje é você, não o Mano Brown, quem está do lado mais poderoso, do lado daqueles que dão as cartas mais valiosas no país e no mundo, valendo-se do controle da economia e da mídia. Não, Lobão, os comunistas não mandam no Brasil. Você ainda não percebeu?
A triste conclusão, porém, é que talvez sejam justamente besteiras infundadas desse tipo que os seus novos admiradores querem ler. Eu não, me inclua fora dessa. Daqui em diante, dançarei “Corações Psicodélicos” nas festas (como resistir?) E só.
Um abraço sincero e um gancho metafórico de esquerda, do teu ex-fã,
Pedro.
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/sua-truculencia-nao-e-rebeldia-e-niilismo-carta-aberta-de-um-ex-fa-ao-lobao/

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

NOTÍCIA BOA EXISTE: STEVIE WONDER TOCA NA RUA, EM BRASÍLIA

Do site G1: 



Músico de Brasília toca na rua com Stevie Wonder; veja o vídeo


Saxofonista tocou 'Garota de Ipanema' com artista em frente a confeitaria.
Stevie Wonder, que fez show na noite anterior, deu US$ 200 ao músico.

Isabella FormigaDo G1 DF


O músico americano Stevie Wonder tocou 
gaita na tarde deste domingo (8) com um saxofonista de Brasília em frente a uma confeitaria na Asa Sul. Stevie Wonder es-
tava na cidade porque na noite anterior ha-
via se apresentado no Estádio Mané Gar
rincha.
O músico João Filho disse que almoçava 
com a mulher e a filha de 5 anos em um restaurante na 205 Sul quando viu o músico americano 
entrar em uma confeitaria na mesma quadra.
"Vi o Stevie Wonder e fiquei do lado de fora da confeitaria tocando saxofone. O segurança pediu 
para eu não me aproximar", disse. "Foi minha mulher quem sugeriu que eu tocasse 'Garota de 
Ipanema'. Ela sabia que ele gosta de música brasileira e eu estava tocando jazz", disse.
Stevie Wonder e músico tocam 'Garota de Ipanema' em rua de Brasília (Foto: João Filho/Divulgação)Stevie Wonder e músico tocam 'Garota de Ipanema' em rua
de Brasília (Foto: João Filho/Divulgação)
Segundo o músico, a reação de 
Stevie Wonder foi "automática". "De-
pois que toquei Tom Jobim, ele ficou 
louco. Ele parou e pediu para a pro-
dução para ir no carro buscar a ga-
ita dele. Aí o segurança obedeceu, 
né? O chefe estava mandando."
O saxofonista disse que passou 40 
minutos tocando com o músico americano na calçada da confeitaria. Uma platéia se formou ao 
redor da dupla e o cantor tirou fotos com fãs.
"Antes de ir embora, ele me chamou, chamou minha esposa e minha filha e me entregou 
US$ 200", disse. "Está aqui na carteira. Vou para os Estados Unidos em breve, mas vou 
mandar emoldurar o dinheiro."
João Filho é do Piauí e disse que é bombeiro aposentado. Atualmente, ele ganha dinheiro 
tocando saxofone nas ruas de Brasília.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

PRO DITADOR JOAQUIM BARBOSA: "APESAR DE VOCÊ" (LETRA E VÍDEO)

Apesar de Você

Chico Buarque

Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão
A minha gente hoje anda
Falando de lado
E olhando pro chão, viu
Você que inventou esse estado
E inventou de inventar
Toda a escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar
O perdão
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Eu pergunto a você
Onde vai se esconder
Da enorme euforia
Como vai proibir
Quando o galo insistir
Em cantar
Água nova brotando
E a gente se amando
Sem parar
Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros, juro
Todo esse amor reprimido
Esse grito contido
Este samba no escuro
Você que inventou a tristeza
Ora, tenha a fineza
De desinventar
Você vai pagar e é dobrado
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Inda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não queria
Você vai se amargar
Vendo o dia raiar
Sem lhe pedir licença
E eu vou morrer de rir
Que esse dia há de vir
Antes do que você pensa
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia
Como vai se explicar
Vendo o céu clarear
De repente, impunemente
Como vai abafar
Nosso coro a cantar
Na sua frente
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Você vai se dar mal
Etc. e tal
Lá lá lá lá laiá

domingo, 7 de agosto de 2011

BELÍSSIMA PARADA DAS FLORES EM DELFT

Acabo de assistir, pela terceira vez em anos diferentes, a belíssima Varende Corso Westland, a parada das flores que aconteceu no fim de semana, com cerca de 60 barcos percorrendo cidades e vilarejos da região Westland. Eles passam, entre sexta-feira e domingo, por Vlaardinger, Rijwyk, Haia e Delft, num trajeto de 70 quilômetros.
Os barcos são decorados com flores, frutas e verduras produzidos na região. 400 voluntários realizam o trabalho, e fazem perfomances nos barcos, cantando, dançando ou interpretando trechos de peças de teatro ou filmes. A maior parte dos barcos tem música, ao vivo ou gravada, dos mais variados gêneros, inclusive a batucada (quase o samba brasileiro), o tango e temas clássicos ou folclóricos. 
Cada barco tem um tema, como os carros alegóricos do nosso Carnaval. 
É um dos mais belos eventos aqui em Delft, e na região toda é assistido por cerca de 350.000 pessoas. Como a chegada de Saint Claus (o Papai Noel daqui, em 5 de dezembro) e o Carnaval, tudo se passa nos canais e nas suas margens. Se o tempo está bom, como hoje, a cidade enche-se de cores, sons e vida. 
Vejam algumas fotos:











sábado, 26 de março de 2011

WOODY ALLEN EM HOMENAGEM A NIEMEYER, NA EUROPA

Há dois anos, assisti a um show de Woody Allen em Amsterdã. Ao contrário do que afirma nesta matéria, ele está longe de ser um mal músico: tem estilo próprio, faz uns solos excelentes, e sua banda é formada por cobras. 

Bonita é a homenagem ao nosso Oscar Niemeiyer, na Espanha.




Woody Allen inaugura Centro Cultural Oscar Niemeyer na Espanha

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DA EFE, EM AVILÉS
O cineasta Woody Allen se qualificou nesta sexta-feira (25) como um "músico horrível" antes de tocar diante de uma plateia de 10 mil pessoas durante a abertura do Centro Cultural Oscar Niemeyer na cidade de Avilés, no norte da Espanha.
O diretor nova-iorquino inaugurou o cinema do centro cultural, onde uma poltrona levará o nome de Niemeyer, e foi apresentado pelo presidente do governo regional asturiano, Vicente Álvarez Areces, e pelo cantor espanhol Luis Eduardo Aute, junto ao ministro da Presidência espanhol, Ramón Jáuregui.
"Sou um bom diretor, mas sou um músico horrível, e é por isso que estou aqui hoje", se limitou a dizer ao público, que enchia a pequena sala de cinema, com ambas as mãos ocupadas pelas malas que continham o clarinete com o qual se apresentou.
Rafa Rivas/AFP
O cineasta norte-americano Woody Allen
O cineasta norte-americano Woody Allen, que inaugurou com sua banda o Centro Cultural Oscar Niemeyer
A organização distribuiu 10 mil convites entre um público que encheu a grande praça do Centro Niemeyer, onde Allen e sua banda fizeram uma apresentação de jazz, cujo repertório, como é habitual em seus shows, não antecipou.
Segundo o presidente do governo asturiano, possivelmente Allen nunca havia tocado anteriormente para um público tão numeroso em um show ao ar livre como o realizado em Avilés para marcar a inauguração do primeiro edifício do arquiteto Oscar Niemeyer construído na Espanha.
Já o ministro da Presidência, afirmou que o centro cultural "é uma notícia esplêndida para Astúrias e toda a Espanha".
O centro, sublinhou, "vai ser uma referência arquitetônica e de Oscar Niemeyer em toda Europa, e se tornará um dos grandes ícones para o século 21".
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