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terça-feira, 18 de agosto de 2015

OAB E EMPRESÁRIOS DIZEM "NÃO" AO GOLPE OU IMPEACHMENT

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

SOB DILMA, MINISTROS CONSERVADORES SERÃO DISCIPLINADOS

Katia Abreu, Joaquim Levy e o garotinho que pôs fogo na casa

Quando meu terceiro filho tinha 4 anos – hoje tem 27 –, certo dia encontrou, no quarto das irmãs, um objeto que o fascinava: uma caixa de fósforos. Estava sobre a cama de uma das meninas por alguma dessas razões inexplicáveis. Sobre a mesma cama também havia uma colcha rendada, recém-saída do varal.
O garotinho, os fósforos e a colcha foram ingredientes de uma quase tragédia.
Curioso como toda criança de quatro anos, meu filho começou a riscar fósforos até que um dos palitos incandescentes caiu sobre a colcha altamente inflamável. Vendo o fogo aumentar, o menininho fechou a porta do quarto das irmãs e foi ter com elas e com a mãe na sala, onde assistiam tevê.
Eu estava trabalhando, naquele dia, e minha mulher tinha acabado de buscar as crianças na escola. Dera almoço a elas e depois ficaram assistindo “sessão da tarde”. Enquanto o fogo comia solto no quarto das meninas, meu filho tratava de beijar a mãe, talvez tentando atenuar o castigo que intuía que sobreviria por ter tocado fogo na colcha.
Em alguns minutos, minha mulher e filhas começaram a sentir cheiro de queimado e, inicialmente, atribuíram-no à fritura dos bifes que havia pouco tinham degustado. Logo, porém, a fumaça começou a escapar por debaixo da porta do quarto.
Minha mulher se aproximou, girou a maçaneta, a porta se abriu e por pouco uma língua de fogo não lhe lambeu o rosto – ela desviou a cabeça instintivamente.
Apesar de ninguém ter se ferido, o prejuízo foi total. Perdemos tudo. Móveis, eletrodomésticos, roupas… Tivemos que ficar 15 dias num hotel para montar a casa de novo.
Conto esse episódio porque lembrei dele quando comecei a ver a escandalização de vários setores da esquerda e dos movimentos sociais ante a suposta nomeação da senadora pemedebista Katia Abreu para o Ministério da Agricultura.
Em verdade, essa imagem vem me assolando desde junho de 2013, quando setores da esquerda foram às ruas fazer coro aos ataques da extrema-direita ao governo Dilma e ao PT.
Com frequência, a esquerda me parece aquele menininho de quatro anos que toca fogo em uma colcha sem ser capaz de refletir que aquela “arte” pode incendiar a casa toda ou, muito pior, matar sua família ou a si mesmo.
Mentes infantis têm pouca capacidade de reflexão…
Desde o início do ano, a Câmara dos Deputados já rejeitou 12 pedidos de impeachment de Dilma Rousseff, de acordo com o site Congresso em Foco. No período eleitoral, três solicitações foram apresentadas. Todos os pedidos foram rejeitados pelo mesmo motivo: inconsistência jurídica. Porém, foram feitos.
No Google, a expressão “impeachment de Dilma” soma 564 mil resultados. Durante o dia do segundo turno da eleição presidencial (26/10), os programas de “análise política” das grandes redes de tevê mostraram vários “analistas” falando sobre impedimento da presidente da República.
O candidato derrotado Aécio Neves e até pseudo aliados do governo Dilma, tal como o peemedebista Eduardo Cunha, falam em impeachment sem parar. O jornal O Estado de São Paulo, sem meias palavras cravou no título de seu editorial: “Crime de responsabilidade”. Ou seja: o fundamento jurídico para o impeachment.
O jornalão paulista em cuja sede formou-se o golpe de Estado de 1964 não esperou o fim das investigações da Operação Lava-Jato para formular a tese de que Dilma e Lula “tinham que saber” de um esquema de corrupção que atravessou décadas sem que jamais governo algum tivesse investigado.
Aliás, para a golpista família Mesquita governantes só têm que saber de casos de corrupção quando são governantes de esquerda – jamais esse pasquim reacionário disse que o governador Geraldo Alckmin ou o ex-governador José Serra “tinham que saber” do cartel do metrô que fez do sistema de transporte urbano da capital paulista o que é hoje.
Além do golpismo açulado pela Operação da Polícia Federal supracitada, de algumas semanas para cá surgiu outro “caminho” para derrubar o governo recém-eleito. A entrega da análise das contas de campanha de Dilma para um dos maiores inimigos do PT, o ministro do STF Gilmar Mendes.
Por fim, milhares de tarados de extrema-direita estão nas ruas pedindo golpe militar abertamente enquanto agridem qualquer pessoa que, por alguma fatalidade, decidiu vestir uma peça de roupa vermelha e teve o azar de passar perto deles naquele dia.
No fim da semana passada, vazou para a imprensa a mera hipótese de a senadora Katia Abreu e o secretário do Tesouro do governo Lula Joaquim Levy serem convidados para o pilotar, respectivamente, o Ministério da Agricultura e o Ministério da Fazenda.
A esquerda se desesperou. Setores do próprio PT, movimentos sociais etc. começaram a alegar “decepção”, “desalento” etc. O MST chegou a ocupar uma propriedade em protesto. Isso porque não há anúncio oficial nenhum dessas nomeações de ministros, até o momento em que escrevo.
Imagine, leitor, se as nomeações fossem oficiais…
Se tais nomeações se concretizarem, suspeito de que, tal qual nas “jornadas de junho” ou nos protestos contra a Copa, grupos de esquerda compartilharão as ruas com a extrema-direita para acuar o governo.
Assim como em meados de 2013 e de 2014, a direita saberá aproveitar a infantilidade da esquerda e se unirá a ela nas ruas, salivando diante da fragilidade política do governo agora aumentada.
As possibilidades de golpe “paraguaio” não são desprezíveis, ainda que não seja tão fácil. Tudo dependerá de a esquerda não ficar “decepcionada” e “desalentada” a ponto de abandonar o governo por ter nomeado dois ministros no âmbito de uma coalização que tem participação de partidos de direita como PMDB ou PP, entre outros.
Sem essa coalizão com partidos moderados de direita, a extrema-direita, ora unida umbilicalmente ao PSDB, estaria no poder. E não seria igual a setores da direita estarem na coalizão de Dilma, apesar do que muitos partidos de esquerda mais radicais diziam.
Na reta final do segundo turno da eleição presidencial, importantes lideranças de partidos de esquerda que se opuseram aos governos do PT desde 2005 apoiaram publicamente a reeleição de Dilma por saberem que se Aécio vencesse teríamos no Brasil um governo que massacraria os movimentos social e sindical.
Marcelo Freixo e Jean WIllys, do PSOL, ou Guilherme Boulos, do MTST, ou João Pedro Stedile, do MST, por exemplo, apoiaram publicamente a reeleição de Dilma por saberem que nunca passou de conversa infantil aquela história de que PT e PSDB são “a mesma coisa”.
O fato incontestável, é o seguinte: a esquerda brasileira é fraca. Não tem votos.
Outro dia, li artigo da ex-candidata a presidente pelo PSOL Luciana Genro na Folha de São Paulo. No texto, ela, que negou apoio a Dilma no segundo turno, martelou a tese de que PT e PSDB seriam “a mesma coisa”. O mais engraçado é que se gabou de o seu partido ter “dobrado” a bancada na Câmara dos Deputados.
Por “dobrar” a bancada, leia-se passar de três deputados para cinco…
Em São Paulo, a vitória estrondosa de Geraldo Alckmin e do seu PSDB – que fará os paulistas terem um Poder Executivo imune à fiscalização de uma oposição arrasada – ocorreu devido às tais jornadas de junho e protestos contra a Copa.
Entenda, leitor: a população paulista – e, sobretudo, a paulistana – queria um governo que impedisse os grupos que, em meados de 2013 e 2014, torturaram a cidade com protestos, incêndios etc., tornando infernal a volta de trabalhadores para casa após uma extensa jornada de trabalho.
Enfim, o que está em jogo no Brasil, hoje, é a continuidade da democracia. Se a direita não for aplacada, dará o golpe. E terá sucesso. Os EUA reconhecerão o golpe no mesmo dia. Provavelmente, também a União Europeia.
O MST, por exemplo, deveria lembrar que foi sob o governo “social-democrata” do PSDB que ocorreu o massacre de Eldorado dos Carajás (1996), que encontrou grande apoio da mídia tucana, dos Estadões da vida e do próprio governo FHC.
Katia Abreu é um horror. Joaquim Levy, uma desgraça. Contudo, sinto-me mais seguro com eles trabalhando em um governo do PT do que em um governo do PSDB, onde poderiam pôr para fora todas as suas taras reacionárias enquanto o presidente da República aplaudiria.
Dilma e o PT dão aval de que a coalizão integrada por partidos de centro-direita não mergulhará de cabeça nos horrores direitistas. Dilma chefiará Abreu e Levy.
Se a esquerda não quer que os partidos conservadores que venceram a eleição junto com o PT influam e tenham participação no governo que ajudaram a eleger, poderia tratar de amadurecer, de entender que o Brasil é um país conservador, ainda. A esquerda precisa parar de agir como meu filho, 23 anos atrás.
Talvez, e só talvez, concessões à direita aplaquem o golpismo, evitando um caos político, social e econômico que se instalaria no país se os planos golpistas da mídia e do PSDB forem levados adiante.
As possíveis nomeações de Levy e Abreu talvez aplaquem dois setores que constituem o motor golpista no país: os ruralistas e os bancos. Se esses se conformarem com a continuidade do PT no poder, Dilma ganhará tempo para que o país atravesse a crise.
No que diz respeito à economia, a presidente conseguirá, apesar de Levy, evitar que o custo dos ajustes que a economia sofrerá recaiam exclusivamente sobre os trabalhadores. Levy poderá ser o principal ministro da economia, mas a chefe dele será Dilma Rousseff. Assim como de Katia Abreu.
http://www.blogdacidadania.com.br/2014/11/katia-abreu-joaquim-levy-e-o-garotinho-que-pos-fogo-na-casa/

domingo, 23 de novembro de 2014

SOBRE KÁTIA ABREU, UMA REFLEXÃO POLITICAMENTE LÚCIDA

Por Thomas de Toledo de Facebook
Concordo com todas as críticas que têm sido manifestas sobre a presença de Kátia Abreu no ministério e compartilho da opinião de que seria melhor que Dilma escolhesse outra pessoa. Sem dúvidas que o agronegócio tal como está estabelecido no Brasil não é saudável ao país, pois se baseia na superexploração do trabalho, na devastação da natureza, no massacre a índios e pequenos camponeses, na monocultura do latifúndio e no uso indiscriminado do agrotóxico. No entanto, acho que antes de demonizar a presidente ou chamá-la de traidora, é preciso levar em consideração alguns fatores.
Em primeiro lugar, basta ler qualquer livro de história para saber que este modelo primário-exportador foi o “sentido da colonização” do Brasil, a razão de existência da República Velha e mesmo depois da industrialização, continuou sendo a maior pauta exportadora no Brasil. Por pior que seja o modelo de agronegócio no Brasil, ele teve um efeito positivo na crise de 2008/2009: graças a este setor, o país conseguiu manter superávits comerciais e não se contaminou com os choques externos. Portanto, este é um setor que tem peso determinante na economia do país, gostemos ou não. O desafio de hoje e de amanhã continua sendo a busca por um modelo sustentável e moderno de um de nossos principais ativos que é a extensa área agriculturável.
Segundo que, desde o governo Lula, a política agrícola do país foi dividida em dois ministérios: de um lado o da Agricultura (MA) cuida do agronegócio e de outro, o do Desenvolvimento Agrário (MDA) trata da agricultura familiar. Por mais que hoje a CNA e os ruralistas aparelhem o MA, é fato que muitas lideranças do MST e outros movimentos sociais ocupam postos-chave no MDA. A presença de Kátia Abreu no MA, portanto, não muda o caráter do ministério, tampouco a política que vinha sendo desenvolvida desde Lula. A diferença com Aécio e Marina é que provavelmente o MDA seria extinto e não haveria a presença de movimentos sociais no governo como há com Dilma. Simplesmente bater de frente com o MA sem apresentar alternativas será inócuo pela força deste setor na economia e na política nacional. Mais uma vez, se somos a favor da Reforma Agrária e de um novo modelo agrícola para o país, devemos trabalhar pelo fortalecimento do MDA como alternativa.
Terceiro, o agronegócio tem opinião política clara. Já no primeiro turno, as lideranças do agronegócio manifestaram abertamente seu apoio a Aécio Neves e as multinacionais como a Monsanto apostaram em Marina, indicando inclusive seu vice. Assim, este setor atuou nas eleições não apenas financiando campanhas de seus correligionários, como influindo na pauta e agenda. Vale ressaltar que nas eleições de 2014, a bancada ruralista elegeu cerca de 273 deputados, ou seja, 54% da câmara. Repito, 54% dos deputados são RURALISTAS. Não são sem-terra, não são ambientalistas e não são lamentadores de redes sociais: são RURALISTAS, latifundiários e monocultores. Fosse quem fosse eleito dependeria desses voto ou ao menos de parte deles para governar, pois hoje o Brasil vive sob uma república presidencialista de coalizão. Para mudar isto, é preciso uma Reforma Política que priorize o fim do financiamento empresarial para campanhas.
katia-Marcelo-Donizetti-e-Dilma-Rousseff
Quarto e último: a atual crise política. Não dá para negar que o resultado das eleições deixou o país em uma situação política extremante complexa. Além de pedidos de intervenção militar a golpes institucionais, o governo precisa lidar com um fato concreto: a esquerda de diminui. Somando PT, PCdoB e PSOL, totalizam-se 84 deputados na nova legislatura, pouco mais de 16% do Congresso Nacional ou 1/4 do tamanho da bancada ruralista. Como Marina abandonou o discurso ambientalista para defender o interesse dos bancos, há poucos defensores da natureza na nova legislatura. Sem contar o crescimento da bancada evangélica, do bife, da bala e a eleição de fascistas como mais bem votados em Estados importantes. Se alguém achava que o governo Dilma seria mais à esquerda, pode esquecer pelos dados concretos da realidade concreta. Isto sem contar essa “Operação Lava Jato” que obriga Dilma a enfrentar 24 horas por dia de manipulação midiática e pressões golpistas.
Por pior que seja a figura de Kátia Abreu e de tudo o que ela representa, na atual conjuntura é melhor que ela seja ministra de Dilma do que de Aécio ou de um governo golpista. Se Kátia Abreu é reconhecida como liderança dos 273 ruralistas eleitos, seu apoio não será apenas necessário, mas vital para que este governo sobreviva. O segundo governo de Dilma já começa a mostrar que terá dificuldades em avançar, mas na atual correlação de forças, só de não retroceder será um avanço. Triste constatar, mas esta é a realidade.
Por fim, é muito fácil culpar a presidente por todos os problemas do país e por decisões impopulares, mas perdoem-me a sinceridade: aqueles que negligenciam voto para deputados, seja votando nulo ou não ajudando na eleição de uma bancada comprometida com o Brasil, são os maiores responsáveis pela situação atual. O pior é que estes não reconhecem o que significa estar presidindo um país sob ameaça de golpe, com um congresso ultra-reacionário e com um sistema político que se baseia no financiamento empresarial de campanhas. Portanto, se Dilma completar seu mandato em 2018 com aprovação terá sido uma das maiores façanhas na história republicana do Brasil. E tudo o que desejamos é que ela tenha sabedoria para no meio deste turbilhão apontar para as perspectivas do Brasil que rejeitou o PSDB pela quarta vez consecutiva e apostou no desenvolvimento com distribuição de renda.
http://www.ligiadeslandes.com.br/23/11/2014/sobre-katia-abreu-no-ministerio-da-agricultura/#comment-5601

GOVERNO CONTINUA PÉSSIMO EM COMUNICAÇÃO, E O PIG DEITA E ROLA

O estilo Dilma de escolher o novo ministério

Autor: Miguel do Rosário

O ministério pode ser novo, mas o estilo do governo continua o mesmo.
Comunicação zero.
Os novos nomes estão sendo vazados para a mídia à seco, sem que o governo dê uma palavrinha sobre os planos subjacentes às respectivas pastas.
Fazenda?
Joaquim Levy. Ponto final.
Não aparece um porta-voz (até porque não existe), nem secretário de imprensa (que também não existe), para dizer aos brasileiros que, independente do nome, o ministro vai seguir as diretrizes A ou B.
Agricultura?
Katia Abreu. Ponto final.
A informação vem seca e dura para engolirmos, sem que o governo tenha gentileza de vir à público explicar que a sua política de apoio à agricultura familiar vai continuar firme, ou mesmo se expandir, e que há planos para aprofundar a reforma agrária.
O anúncio de Katia Abreu na Agricultura tinha de vir acompanhado do nome do ministro para o Desenvolvimento Agrário, que é a pasta ocupada pelo representante da agricultura familiar, dos sem terra, e, geralmente, o maior defensor da reforma agrária dentro do governo.
Com isso, as acusações (justas) de conservadorismo, exacerbadas quando se lembram as posições tolamente antibolivarianas de Katia Abreu, seriam compensadas com elogios à ousadia nas áreas mais fundamentais para a esquerda que pensa a agricultura: o meio ambiente, as condições dos trabalhadores rurais e a questão fundiária.
O blog Diario do Centro do Mundo republicou, há pouco, trechos de um artigo de Katia Abreu para a Folha, sobre o bolivarianismo.
É um amontoado de exageros, e busca fazer festinha com o eleitorado de direita.
Mais uma razão para o governo entrar em ação, com um porta-voz explicando que o pensamento de Katia Abreu não reflete o pensamento do governo. E externar, então, o que o governo pensa sobre o tema.
Transparência, transparência, transparência.
Somente a transparência nos salvará.
Até nos EUA, pátria do direitismo, os dois principais partidos adotam extrema cautela para não ferir as suscetibilidades do eleitorado de esquerda, que é muito grande na terra do tio Sam.
Na última edição da New Yorker, um articulista lista os possíveis pré-candidatos dos Democratas que podem fazer frente à Hillary Clinton, considerada centrista demais, nas eleições presidenciais de 2018.
Outros nomes democratas ensaiam discursos mais progressistas, para seduzir um eleitorado desencantado com Obama.
O próprio Obama, ao lançar a medida que ajudará 5 milhões de ilegais, acena para a esquerda e sua imensa base social, com a qual deverá contar para enfrentar um congresso agora dominado por republicanos conservadores.
Ao mesmo tempo, o governo brasileiro poderia fazer política, ou seja, explicar a seus correligionários que o agronegócio não pode ser demonizado, e que o governo precisa de um nome forte do PMDB para aumentar a influência sobre a escolha do novo presidente da Câmara, e aprovar reformas democráticas.
Nas entrelinhas, ficaria subentendido que o governo já começou a lutar para derrubar Eduardo Cunha de uma possível presidência da Câmara.
Enfim, política se faz com ideias, com persuasão, com informação, e, sobretudo, com comunicação direta e constante entre o representante e o público.
É disso que Fabiano Santos falava, em entrevista à TV Brasil, quando dizia que “política transforma”.
O governo precisa entender que a escolha de ministros transmite uma mensagem à sociedade, inclusive na maneira como a informação é vazada.
Por isso mesmo, o processo de escolha dos novos ministros, que inclui as inevitáveis fofocas, tinha de vir acompanhado de entrevistas, depoimentos e esclarecimentos constantes por parte do governo.
Custa tanto assim contratar gente da área de comunicação e política?
Com todo o respeito aos ascensoristas e garçons, o Planalto não poderia mandar embora alguns servidores e ampliar a sua área de comunicação e política?
Não se trata de algo exatamente para beneficiar o governo, mas um gesto de respeito para com a população.
Recebi, há pouco, um longo email do presidente dos EUA, Obama, explicando a sua nova medida em apoio aos imigrantes ilegais.
Comunicação direta entre o presidente da república e o povo.
Dilma não pode fazer o mesmo?
Não pode mandar um email para todos os brasileiros, que se cadastrarem em algum site, explicando porque escolheu este ou aquele ministro, debelando assim as inevitáveis crises que surgirão, vide que será impossível agradar a todos?
Seria “bolivarianismo”?
Será que passaremos mais quatro anos abominando a comunicação do governo, que não existe?
É claro que, sem fazer nada, relegada à inércia total, a comunicação governamental só tende a se deteriorar, porque só se aprende fazendo.
Fazendo, errando, fazendo, acertando.
Comunicação é uma necessidade para uma governo democrático, e trata-se, repito, de um gesto de respeito para com o povo brasileiro, que não merece ouvir falar do governo apenas através da nossa mídia, cujos defeitos conhecemos muito bem.
http://tijolaco.com.br/blog/?p=23205

sexta-feira, 14 de março de 2014

TRANSGÊNICOS DO MILHO PROIBIDOS NO NORDESTE!

Justiça proíbe venda de milho transgênico da Bayer no Norte e Nordeste

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região proibiu hoje (13) a venda do milho transgênico Liberty Link, produzido pela Bayer, nas regiões Norte e Nordeste do país. A venda só poderá ocorrer após estudos serem apresentados à Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). O relator da decisão, desembargador Alfredo Silva Leal Júnior, destacou que não foram feitas pesquisas suficientes e que, por terem diferenças em seus ecossistemas, as duas regiões deveriam ter sido analisadas de acordo com suas características específicas.
“Os estudos não foram feitos em todos os biomas brasileiros e nem tiveram abrangência geográfica capaz de dar conta dos aspectos relacionados à saúde humana, à saúde dos animais e aos aspectos ambientais em todas as regiões brasileiras. Não é possível escolher apenas alguns pedaços do território nacional, segundo a conveniência comercial ou o interesse econômico do interessado para as pesquisas sobre a biossegurança do milho transgênico”, destacou Leal Júnior em sua decisão.


A sentença refere-se a uma ação civil pública ajuizada em 2007 contra a União pela Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Orgânica (AS-PTA), Associação Nacional de Pequenos Agricultores, Terra de Direitos e Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Na ocasião, as entidades argumentaram que os estudos feitos com milho transgênicos eram insuficientes, principalmente com relação a possíveis danos à saúde humana. A ação pedia que a comercialização fosse proibida em todo o Brasil.
http://jornalggn.com.br/fonte/da-agencia-brasil

quinta-feira, 13 de março de 2014

PARA MAL DOS CORONÉIS, SÃO FRANCISCO ESTARÁ INTEGRADO EM 2015

Integração do rio São Francisco será concluída em 2015 


O ministro da Integração, Francisco Teixeira, disse nesta quarta-feira (12), em audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR), que a expectativa é de que todas as obras do Projeto de Integração do rio São Francisco, que integram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), sejam concluídas até dezembro de 2015. 


Agência Senado
O senador Inácio Arruda destacou as 38 ações socioambientais do projeto. “É importante destacar que os seres humanos e o meio-ambiente estão sendo respeitados". 
O senador Inácio Arruda destacou as 38 ações socioambientais do projeto. “É importante destacar que os seres humanos e o meio-ambiente estão sendo respeitados". 
O ministério prevê que 75% das obras serão concluídas até dezembro e que a entrega de 100 quilômetros de canais em cada eixo acontece em dezembro de 2014. Segundo o governo, 55,5% do total previsto já estão concluídos.

“A meta é avançar em média 2% ao mês para que possamos chegar com 75% dessas obras concluídas até o final deste ano, e ficar os 25% (restantes) para o ano seguinte”, disse. O objetivo principal do projeto é garantir água para 12 milhões de pessoas em 390 municípios do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.

O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), que é vice-presidente da CDR, elogiou o projeto, que contempla ainda 38 ações socioambientais, como o resgate de bens arqueológicos e o monitoramento da fauna e da flora regionais. “É importante destacar que os seres humanos e o meio-ambiente estão sendo respeitados”, disse o parlamentar. 

O ministro ainda abordou problemas trabalhistas que estão ocorrendo nas obras, inclusive com greves no Ceará, alertando que isso faz parte do regime democrático. O senador Inácio, por sua vez, declarou seu apoio às reivindicações dos trabalhadores. “O Ministério do Trabalho está intermediando as negociações entre o sindicato dos trabalhadores e as empresas para que se chegue a um acordo rapidamente”, anunciou.

Estão em construção canais, aquedutos e barragens naquela que vem sem classificada pelo governo de “maior obra de infraestrutura hídrica do país”. Orçado em cerca de R$ 8 bilhões, o projeto contempla 477 quilômetros de canais (mais do que a distância entre Rio de Janeiro e São Paulo), formando os eixos Norte, que vai de Cabrobó (PE) a Cajazeiras (PB), e Leste, com início em Floresta (PE) e término em Monteiro (PB) que conduzirão a água no semiárido nordestino.

As obras incluem a recuperação de 23 açudes, construção de 27 reservatórios, além de nove estações de bombeamento, 14 aquedutos e quatro túneis exclusivos para a passagem de água e empregam mais de 9.200 trabalhadores.

Da Redação em Brasília
Com informações da Ass. Sen. Inácio Arruda

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=237619&id_secao=1

domingo, 12 de janeiro de 2014

EUROPA REJEITA TRANSGÊNICOS E BRASIL PODE SE FERRAR


Recelo europeo anti transgénicos 


amenaza ingreso de miel uruguaya


Las embajadas ante la Unión Europea (UE) de Argentina, Brasil, México, Uruguay, Chile y Cuba enviaron una misiva conjunta a los eurodiputados antes de un voto en la Eurocámara que afectaría las importaciones europeas de miel provenientes principalmente de Latinoamérica.

Viernes 10 de enero de 2014 | 12:39
La semana que viene el pleno del Parlamento Europeo debe pronunciarse sobre la modificiación de una normativa europea relativa a la miel propuesta por la Comisión Europea cuyo objeto era “aclarar la verdadera naturaleza del polen” calificándolo como un componente natural del producto final.
Pero, enmendado en la comisión de Medio Ambiente, Salud Pública y Seguridad Alimentaria, el texto que llega al pleno de la Eurocámara la semana próxima considera al polen como un ingrediente, lo que obligaría entonces a proceder a un análisis del producto final para detectar rastros de organismos genéticamente modificados, en particular de maíz transgénico MON810, y por lo tanto a un pedido de autorización para comercialización y un etiquetado particular.
Para los países que enviaron la nota a los eurodiputados, a cuyo contenido pudo acceder la AFP, esta modificación afectaría a sus productores de miel, “encareciendo los costos (de producción)” por una obligación de proceder a “constantes análisis de laboratorio sobre los cuales no existe aún una metodología armonizada” y un pedido de comercialización con un etiquetado si se detecta más de 0,9% de transgénicos en la masa total de la miel.
Según datos de la Comisión, la UE produce 200.000 toneladas de miel, un 13% de la producción mundial, e importa además 140.000 toneladas, el 40% de su consumo por un valor de 290 millones de euros según cifras de 2012 (casi 400 millones de dólares).

Transgénicos contra la pared

El 49% de las importaciones de miel de la UE proviene de los países latinoamericanos, el 35% corresponde a una producción de México y de Argentina que en 2012 exportaron cada uno unas 22.000 toneladas por un valor de 52 millones y 50 millones de euros respectivamente.
China, el otro gran actor del sector, exportó hacia la UE 62.000 toneladas de miel en 2012, por un valor de 92 millones de euros, lo que representa el 31% de las importaciones del bloque.
Pero esta modificación en la legislación también encarecería la producción de miel de España, principal productor europeo con 33.000 toneladas, ya que junto a Portugal y la República Checa, es uno de los pocos países del bloque en donde se recurre a los transgénicos en la agricultura.
El caso se planteó por una demanda de un apicultor alemán. Remitido por la justicia alemana al Tribunal de Justicia de la Unión Europea, esta instancia estimó en 2011 que el polen con rastros de maíz Mon810 de Monsanto hallado en la miel debía considerarse como un ingrediente ya que ello se debía a “una intervención del apicultor”.
Para zanjar la cuestión la Comisión propuso entonces modificar la legislación estimando que el polen ingresaba en la colmena por el efecto de la abeja y no del apicultor. AFP

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

ARGENTINA PROÍBE FÁBRICA DA MONSANTO; NO BRASIL O VENENO É LIBERADO

Justicia argentina prohibió a trasnacional Monsanto


 construir nueva planta en Córdoba


La justicia de Córdoba prohibió a la transnacional Monsanto continuar la construcción de una planta en la municipalidad de Malvinas Argentinas, al aceptar un recurso interpuesto por ambientalistas y vecinos de esa localidad cordobesa.


Jueves 09 de enero de 2014 | 14:03
Grandes protestas se dieron en contra de la nueva planta en Córdoba
El dictamen ordena al gobierno local de esa municipalidad, a unos 14 kilómetros de la capital provincial, a abstenerse de emitir algún tipo de autorización a la empresa hasta tanto se concluya un estudio sobre los efectos de esa planta sobre el ambiente en la zona.
De hecho, el veredicto revoca un fallo anterior que autorizaba la construcción de esa industria.
Miembros de organizaciones ecologistas y residentes de Malvinas Argentinas se congregaron la víspera frente a la sede de la Cámara de Apelaciones de Córdoba para festejar la decisión, con carteles entre los que se leía, por ejemplo, “Basta de saqueo y contaminación”.
La instalación que construye Monsanto es similar a la de Rojas, en provincia de Buenos Aires, y se edifica en un predio de 27 hectáreas ubicado sobre la ruta provincial A-188, a unos 14 kilómetros de la capital cordobesa.

Herbicidas y transgémicos

Desde el pasado septiembre, los vecinos de Malvinas Argentinas apoyados por grupos defensores del ambiente iniciaron el pleito legal contra la autorización otorgada por la municipalidad a la empresa, proveedora de productos químicos para la agricultura, en su mayoría herbicidas y transgénicos.
Entre sus productos más conocidos se encuentran el glifosato bajo la marca “Roundup” y el maíz modificado genéticamente, conocido por el código Mon810.
Monsanto genera polémicas alrededor del mundo, debido a múltiples denuncias sobre perjuicios a la salud, impactos ambientales negativos y el desconocimiento acerca de los efectos que podría producir la alteración genética de los alimentos. PL