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domingo, 13 de setembro de 2015

GOLPE JOGARIA O BRASIL NUMA GUERRA SANGRENTA

O que aconteceria em caso de impeachment?

Por Paulo Nogueira, no blogDiário do Centro do Mundo:

É hora de defender vigorosamente a permanência de Dilma até o final de seu mandato.

Sobretudo nas ruas, mas não só nelas: as redes sociais são hoje um importante polo formador de opiniões.

Não se trata de defender Dilma em si e muito menos o PT: é a defesa da democracia, da justiça, da Constituição.

E, mais que tudo, é a defesa da decência.

O pequeno grupo que fez o Brasil ser a sociedade abjetamente desigual que é tenta, com métodos grotescos e argumentos sórdidos, cassar 54 milhões de votos.

Desde o momento em que a derrota de Aécio foi confirmada, iniciou-se uma louca cavalgada pelo golpe.

Da suspeição absurda sobre as urnas eletrônicas até o dinheiro de doações que irrigaram tanto a campanha de Dilma quanto a de Aécio, sucedem-se argumentos aos quais cabe um adjetivo: criminosos.

A direita brasileira, inflada pela imprensa, já provou que não é mais civilizada que a direita venezuelana, ou a equatoriana, ou a argentina.

Todas essas direitas fazem, neste momento, a mesma coisa: sabotam a democracia. Tratam seus países como republiquetas, passíveis de serem ludibriadas para a perpetuação de privilégios e mamatas ancestrais. E para a manutenção e ampliação do maior câncer da região: a desigualdade social.

O país seria atirado a um abismo com um impeachment, a uma noite longa e escura.

O maior erro é confundir Dilma com Collor. Collor não tinha sustentação nenhuma. Ninguém iria chorar a morte de sua presidência, sabia-se, e ninguém chorou exceto ele mesmo.

Mesmo com o desgaste de todos estes anos de poder, o PT tem uma base forte, a começar pela CUT e pelo MST.

Outros movimentos sociais haveriam certamente de se insurgir contra um golpe. Guilherme Boulos, do MST, já disse que é vital a união dos progressistas contra as manobras dos golpistas.

O Brasil, num caso de impeachment claramente forçado como este ora tramado, ficaria simplesmente ingovernável.

Para reprimir os que se manifestarem contra o golpe, a polícia vai ter que bater pesado. Seremos um enorme Paraná.

Ecos da ditadura ressurgirão na repressão aos protestos. Sangue de brasileiros correrá, como aconteceu num passado ainda recente.

É uma distopia, e é também um cenário altamente provável no caso de um golpe.

Tenho para mim que, no fundo, os sabotadores sabem disso. E estão, essencialmente, promovendo um terror contínuo para manter Dilma imobilizada e para sangrar o PT até 2018.

A hipótese de que eles acham mesmo que poderiam roubar a presidência é simplesmente tétrica.

Eles teriam que ser muito cegos e muito canalhas para imaginar que um golpe seria engolido com docilidade pelos brasileiros.

domingo, 30 de agosto de 2015

CONFERÊNCIA POPULAR DISCUTE A VELHA MÍDIA GOLPISTA

DEMOCRATIZAÇÃO DA COMUNICAÇÃO EM PAUTA NA CONFERÊNCIA NACIONAL POPULAR

LIGADO .
Do FNDC
Em reação à agenda conservadora em curso no país, representantes de movimentos sociais, sindicais, da juventude, negros e negras, mulheres, LGBT, pastorais, partidos políticos, igrejas e artistas estão convocando a Conferência Nacional Popular em defesa da democracia e por uma nova política econômica. O evento será realizado no dia 5 de setembro (sábado), na Assembléia Legislativa de Minas Gerais-BH. 
 
O secretário de Organização do FNDC, Orlando Guilhon, explica que a conferência é fruto da articulação inicialmente conhecida como Grupo Brasil, agora batizada de Frente Brasil Popular. "O FNDC tem participado ativamente dessa articulação e recomenda a seus comitês locais e organizações que o constróem tanto nacionalmente como nos estados que organizem e integrem as caravanas para Belo Horizonte", afirma. A Frente Brasil Popular será lançada em ato público marcado para o final da Conferência. 
 
Os participantes da Conferência Nacional Popular debaterão e aprovarão, consensualmente e sem votação, sua posição acerca de cada um dos seis pontos programáticos da plataforma política mínima que fará contraposição à chamada "agenda Brasil": defesa dos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras, dos direitos sociais do povo brasileiro, da democracia, da soberania nacional e da defesa dos processo de integração latino-americana, além da luta por reformas estruturais e populares (política, urbana, agrária, tributária, educacional etc.). 
 
A defesa da democratização da comunicação está contemplada no item terceiro da Convocatória da Conferência: "não aceitar nenhuma tentativa de golpe e retrocesso nas liberdades. Para ampliar a democracia e fazer reformas mais profundas, avançar na luta pela reforma política, pela reforma do poder judiciário, dos meios de comunicação de massa e da cultura". 
 
Convocam a Conferência, entre outros, as centrais sindicais CUT e CTB, MST, Via campesina, UNE (União Nacional dos Estudantes), Levante Popular da Juventude, FNDC (Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação), Consulta Popular, Marcha Mundial das Mulheres, Pastorais Sociais, igrejas, Central de Movimentos Populares-CMP; parlamentares e dirigentes de diversos partidos e correntes partidárias, entre os quais PT, PCdoB, PSB e PDT. Também participam diversos intelectuais e jornalistas que atuam em diferentes espaços da mídia popular e que compartilham desse esforço.
 
Encontro de mídias alternativas
Na véspera da Conferência, dia 4 de setembro, haverá um encontro nacional de mídias alternativas e populares para discutir numa estratégia de comunicação específica para a Frente Brasil Popular. O encontro está marcado para as 14 hs.
http://www.baraodeitarare.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1053:democratizacao-da-comunicacao-em-pauta-na-conferencia-nacional-popular&catid=12&Itemid=185

terça-feira, 18 de agosto de 2015

NAS RUAS, BRASILEIROS DEFENDERÃO A DEMOCRACIA CONTRA O FASCISMO

Manifestações do dia 20 podem ampliar diálogo com população

Ao contrário de manifestações contra o governo Dilma Rousseff, como a que ocorreu em 15 de março e a que será realizada no próximo domingo (16), com forte apoio da mídia, atos políticos da sociedade civil estão longe de ter destaque nos meios de comunicação.

Por Eduardo Maretti, da Rede Brasil Atual


Mariana Serafini
Manifestação realizada em São Paulo no dia 13 de março de 2015 em apoio à constitucionalidade do governo DilmaManifestação realizada em São Paulo no dia 13 de março de 2015 em apoio à constitucionalidade do governo Dilma
Para militantes e ativistas, se o ódio ao PT e o clima de impeachment artificialmente criado a partir da crise decorrem também da parcialidade da mídia, a mobilização para o dia 20, em defesa da democracia, podem significar a ampliação do diálogo com a sociedade.

“O dia 20 vai significar para a gente, não um divisor de águas, mas talvez a ampliação de um diálogo melhor com a população, que ainda está bastante perdida, confusa, por ter a versão só de um lado, e muitas vezes de forma distorcida”, avalia Rosina Conceição, da União Brasileira de Mulheres (UBM). “Acho que temos uma mídia hoje que está jogando um papel muito ruim no sentido de diálogo com a sociedade.”

A constatação não é mera retórica política de grupos em busca de espaço político. É um fato verificado por instituições insuspeitas. Em debate promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU) na segunda-feira (10), no Sindicato dos Jornalistas no Rio de Janeiro, por exemplo, o diretor do Centro de Informação da ONU no Brasil, Giancarlo Summa, sugeriu que no Brasil não há liberdade de expressão democrática. “A liberdade de expressão é um direito humano e não significa somente ausência de censura, mas também a diversidade de ideias e jornalistas trabalhando sem ameaças econômicas ou, até mesmo, contra sua integridade física.”

“A América Latina tem alguns pontos incomuns. De forma geral, a mídia é muito concentrada na mão de poucas empresas, o que não é bom para a democracia”, disse à repórter Marina Vianna, da TVT. No Brasil, seis famílias controlam 90% de toda a receita publicitária pública e privada dos meios de comunicação.

“Na atual conjuntura, a mídia está sinalizando que há uma crise no Brasil. Nós não temos ainda o significado dessa crise. Sabemos que a população e os trabalhadores não estão de acordo com medidas que o governo federal implementou. No entanto, temos uma Câmara de Deputados reacionária, homofóbica e fundamentalista, que tenta reduzir a maioridade penal, por exemplo, mas eles (os meios de comunicação) estão focados sempre na Lava Jato. E em criminalizar o PT e o governo da presidenta Dilma”, lembra Sandra Mariano, da Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen).

Para ela, um dos principais significados das manifestações do dia 20 é que “a população vai para a rua e falar ‘não concordamos com o que a mídia está fazendo’”. Um dos recados da data será “reforçar que temos uma presidenta que foi eleita pela maioria da população brasileira e ela vai governar até o final”, diz.

Uma das principais críticas de entidades civis, como o coletivo Intervozes, aos governos petistas desde os mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) é a falta da “vontade política” que impediu a regulamentação dos meios de comunicação, prevista na Constituição de 1988. O parágrafo 5° do artigo 220 prevê que “os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio”.

Cinco anos e meio depois de encerrada a Conferência Nacional de Comunicações (Confecom), em dezembro de 2009, e 27 anos após a promulgação da Constituição, a mídia continua oligopolizada e antidemocrática, e os efeitos disso todos conhecem.

Enquanto isso, boa parte dos ativistas aposta na internet como alternativa. “Para nós, a internet é um instrumento fundamental, pelo papel que tem na vida das pessoas e pela autonomia que a gente tem na internet”, disse Sarah de Roure, da Marcha Mundial das Mulheres.
 
http://www.vermelho.org.br/noticia/268937-8

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

MULHERES LOTAM BRASÍLIA POR DILMA E LULA E O PIG ESCONDE!

Em Brasília, 70 mil margaridas rejeitam golpe, mas a mídia fala no trânsito

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70 mil Margaridas alertam: golpistas não passarão
Trabalhadoras do campo e da cidade cercam Congresso e apontam que dentro ou fora do Congresso, tentativa de golpe terá resposta à altura
Escrito por Luiz Carvalho • Publicado em: 12/08/2015 – 15:42
A 5ª edição da Marcha das Margaridas coloriu Brasília mais uma nesta quarta-feira (12). Cerca de 70 mil pessoas deixaram o estádio Mané Garrincha logo no início da manhã e seguiram até o Congresso Nacional.
Diante da Casa, homens e mulheres de todas as regiões do país viraram as costas aos ataques do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), às mulheres e aos movimentos sociais. Sob regência do parlamentar, ações como a criação de uma cota de 15% para as mulheres em todos os parlamentos do país foram rejeitadas.
Durante o trajeto, a maior manifestação popular que a capital federal viu neste ano manteve a pluralidade. Tinha verde e amarelo, mas também muito lilás e vermelho. Nenhuma cor era proibida. Os manifestantes, de diversas etnias, traziam demandas do campo e das florestas: a titulação das famílias já assentadas, o assentamento para quem ainda não tem chão, assistência técnica para quem já produz, mas quer crescer, e o limite da propriedade de terra para quem vê o agronegócio avançar sem freio.
Mas a essas demandas, somaram-se a defesa da liberdade e da democracia num país que conviver com uma onda conservadora. Cartazes que pediam Estado laico e apontavam que o corpo é das mulheres e não da bancada moralista pareceram se multiplicar em relação aos últimos anos.
Liberdade para acabar com a liberdade
Em todas as intervenções sobre os carros de som, o repúdio a qualquer tipo de golpe, dentro ou fora do parlamento, foram pontos comuns. Ali havia muita gente que conhecia de perto o que era perder a vida para garantir o direito à liberdade, inclusive de defender a ditadura, como lembrou a neta de Luís Carlos Prestes, Ana Prestes Rabelo, diante de cartazes fixados nos canteiros que pediam intervenção militar.
“Todos que, de alguma forma, somos herdeiros de uma luta pela democratização, que tivemos familiares muito próximos perseguidos, presos, torturados, muitos ainda desaparecidos, e, independente disso, todos que tem consciência do valor da democracia e da liberdade, estão totalmente atônitos. Não imagina ter que transitar pelas ruas de Brasília e explicar para minhas filhas de cinco e nove anos, em pleno de 2015, o que significa a volta do regime militar”, definiu.
Para ela, todos os partidos e movimentos preocupados com a garantia da legalidade democrática têm a responsabilidade e o desafio de enfrentar a mídia para desenvolver a conscientização político. “É preciso ir para dentro das casas das pessoas, conversar, se reunir, fazer atividades como essas porque, apesar de estarmos há 12 anos na liderança do governo central, não conseguimos enfrentar e avançar numa das principais batalhas que é a democratização da mídia.”
Novo modelo
Já diante do Congresso, a secretária de Mulheres da CUT, Rosane Silva, representou a Central que levou 15 mil mulheres à Marcha e apontou que nenhuma transformação na igualdade entre gêneros será possível sem enfrentar o machismo e o patriarcado.
“O primeiro passo é considerar as mulheres sujeitos políticos que têm direito a políticas públicas que garantam creches para que possamos deixar nossos filhos e ter maior na vida pública, que promovam a igualdade no mundo do trabalho, onde ainda ganhamos menos, mesmo tendo maior escolaridade”, disse.
Ao destacar que a pauta das Margaridas é também a pauta da CUT, a dirigente lembrou que as conquistas da classe trabalhadora foram resultado da luta nas ruas, onde a Central permanecerá em defesa da liberdade e da democracia.
A mudança deve passar pela educação, mas para isso é preciso enfrentar liderançs parlamentares contrárias a uma educação não sexista e à discussão de gênero dentro da escola.
“Passamos por um período de grande enfrentamento recentemente com a direita e com os fundamentalistas religiosos, quando tivemos a discussão dos planos nacional, estaduais e municipais de educação, que pautaram a retirada da educação de gênero, enquanto nós defendemos discutir a violência cotidiana que a mulher sofre. Se não for através da educação, dificilmente mudaremos a cultura machista e patriarcal”, afirmou a professora Lirani, que leciona no Paraná.
“O governo reconhece a violência contra a mulher como crime. Não é natural, não é de família e na escola temos um espaço privilegiado para discutir isso, mostrar a importância de tratar os amiguinhos com igualdade, que a casa é um espaço onde tem de ter companheirismo e as tarefas também devem ser divididas. Temos que naturalizar o debate e não a violência”, definiu a amazonense Isis.
http://www.viomundo.com.br/denuncias/em-brasilia-70-mil-margaridas-rejeitam-golpe-mas-a-midia-fala-no-transito-veja-ao-vivo.html

domingo, 26 de julho de 2015

ÀS RUAS CONTRA O GOLPE EM 20 DE AGOSTO!

Luciana Santos: 20 de agosto é a mobilização do povo contra o golpismo

A presidenta do PCdoB, deputada federal Luciana Santos, alertou, nesta sexta-feira (24) que desde o anúncio do rompimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, com o governo, a oposição neoliberal se movimenta para agravar a crise política, tentando transformá-la em crise institucional. 


Agência Câmara
  
Esse fato exige das forças democráticas e progressistas “firmeza e sagacidade tática”. Essa declaração faz parte do pronunciamento que a presidenta do PCdoB fez na abertura de uma reunião extraordinária da Comissão Política Nacional (CPN) do Partido, realizada na cidade de São Paulo.

Luciana salientou, preliminarmente, que a crise política brasileira não é um caso isolado. O tema crise ou luta política radicalizada comparece, em gradações distintas, em vários países da América Latina, tais como, Venezuela, Argentina e Equador, todos eles alvos de uma ofensiva de forças reacionárias internas e externas.

Luciana, destacou o protagonismo da presidenta Dilma Rousseff na pauta internacional, empreendendo importantes articulações em benefício do nosso país, como foi o caso das missões de governo chefiadas pela presidenta ao México, Estados Unidos, Itália e à Rússia.

Neste último país, ela participou da reunião de Cúpula dos Brics que resultou em decisões de vulto, tais como, a formalização de um Banco de Desenvolvimento e de um Fundo de reserva financeira.

Ainda sobre o que ocorre na América Latina, a presidenta do PCdoB também sublinhou a importância da reabertura das embaixadas em Washington e Havana como um passo significativo do reatamento diplomático entre Cuba e Estados Unidos. Para Luciana, trata-se de uma vitória do governo socialista de Cuba na sua longa luta pelo fim bloqueio econômico que sofre há mais de 53 anos.

Estado de golpe permanente

Ao analisar o momento político brasileiro, Luciana citou o ex-presidente do PCdoB Renato Rabelo que afirmou, em artigo recente, que a investida do consórcio oposicionista se caracteriza por forjar “um estado de golpe permanente” visando atingir o mandato constitucional da presidenta Dilma Rousseff e a liderança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Luciana novamente voltou a destacar que a Operação Lava Jato se tornou palco de disputa política que usa “dois pesos e duas medidas” uma vez que poupa os partidos de oposição e se concentra em ações contra a base política que sustenta o governo Dilma.

A presidenta do PCdoB, chamou atenção para o fato de que as denúncias que pairam sobre o deputado Eduardo Cunha, trouxeram a crise ainda com maior ênfase para a esfera do Poder Legislativo, aumentando a instabilidade e a complexidade do quadro político.

PCdoB empreende articulações 

A presidenta do PCdoB informou que o Partido se empenha para concretizar a frente ampla, e um bloco político e social de esquerda para a defesa da democracia e do mandato da presidenta Dilma.

Relatou uma série de iniciativas da presidência do PCdoB, tais como, participação nas reuniões do Conselho Político do Governo, encontros com o Vice-presidente do país e presidente do PMDB, Michel Temer; com o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, entre outras personalidades. Disse ainda que a legenda comunista realiza intenso diálogo com o elenco de partidos da base aliada por intermédio de sua Bancada Federal.

Quanto a tarefa da formação da frente ampla, Luciana argumentou que o aprofundamento da crise, a relação de forças favorável ao campo político conservador, ressaltam a importância tática do centro político, em especial do PMDB.

Destacou, ainda, o importante encontro que ela manteve, recentemente, com a presidenta Dilma Rousseff, do qual participou também, o ex-presidente Renato Rabelo. Luciana disse que a presidenta Dilma reconheceu o papel destacado do PCdoB no enfrentamento da crise e que
Dilma demonstrou firme disposição de realizar agenda tanto com lideranças políticas e partidárias quanto com os movimentos sociais, procurando assim dar visibilidade às iniciativas de seu governo que visam retomar o crescimento econômico rumo a uma nova etapa do desenvolvimento nacional.

Luciana também enalteceu o papel do governador Flávio Dino, do Maranhão, junto aos governadores do Nordeste, e também da Amazônia, em defesa do Estado Democrático de Direito e do mandato da presidenta. Da mesma forma salientou a contribuição do ministro Aldo Rebelo tanto na agenda internacional em prol do desenvolvimento do país, quanto no núcleo de articulação plural do governo que foi recentemente constituído.

Agosto, mês de grandes embates

Luciana, disse que a evolução da conjuntura do país segue, como o Partido tem alertado, “instável e perigosa” e face a essa realidade o PCdoB e demais forças progressistas devem ficar em estado de alerta e mobilização permanente.

Destacou que a presidenta Dilma vem procurando através de iniciativas tanto na esfera política quanto no âmbito do governo, fortalecer a resistência e desencadear a contraofensiva.

O “Pacto de governabilidade” a ser firmado com os governadores na semana próxima, bem como o encontro com o MST a ser realizado, são exemplos desse esforço da presidenta. Além disso, Luciana sublinhou como importante a disposição da presidenta de percorrer o país, em contato direto com o povo, para apresentar projetos do governo, tais como o lançamento do Programa Minha Casa, minha Vida 3, o Plano Safra, Nova Plano da Agricultura Familiar, o Plano de Proteção ao Emprego, entre outros. Assinalou, também, o papel indispensável do ex-presidente Lula na articulação política e mobilização do povo.

A agenda de confrontos e embates já anunciada para o mês de agosto exige articulação, e preparação desde já. No Congresso Nacional, especialmente na Câmara dos Deputados, se espera uma agenda parlamentar conturbada. Já está em curso o trabalho de CPIs no Senado e na Câmara ao qual se juntará às novas CPIS que, recentemente, foram autorizadas. Agrega-se, a possível tramitação dos pedidos de impeachment e a instabilidade decorrente das investigações da Operação Lava Jato contra o presidente da Casa.

Outra questão importante é o julgamento que o Tribunal de Contas da União (TCU) fará sobre as contas do governo Dilma, no caso referente às chamadas pedaladas fiscais, bem como andamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de uma ação movida pelo o PSDB para reprovar a prestação de contas da campanha eleitoral de 2014 da presidenta Dilma.

Na pauta da retomada do crescimento, da defesa das empresas nacionais, Luciana voltou a criticar a alta taxa de juros e destacou que a agenda pró desenvolvimento deve prosseguir, agora, no segundo semestre, pois além de necessária é uma bandeira ampla e mobilizadora, e citou como exemplo o êxito do ato realizado pela Frente Parlamentar em Defesa da Petrobrás, presidida pelo deputado Davidson Magalhães.

Luciana destacou como questão de grande relevância o novo capítulo da batalha das ruas. Está convocada para o dia 16 de agosto uma manifestação das forças conservadoras e reacionárias contra o governo Dilma. Já dia 20, também de agosto, os movimentos sociais, partidos de esquerda e forças democráticas, estão chamando o povo para sair às ruas contra o golpe, em defesa da democracia e dos direitos sociais e trabalhistas.

A presidenta do PCdoB propôs e foi constituído um grupo de trabalho do Partido para contribuir com o êxito das manifestações do dia 20. Para os comunistas, a mensagem central das manifestações desta data deve ser a defesa da democracia e consequentemente do mandato da presidenta Dilma, o que representará uma forte condenação à investida golpista da direita.


http://www.vermelho.org.br/noticia/268001-141
 
 

domingo, 23 de novembro de 2014

SOBRE KÁTIA ABREU, UMA REFLEXÃO POLITICAMENTE LÚCIDA

Por Thomas de Toledo de Facebook
Concordo com todas as críticas que têm sido manifestas sobre a presença de Kátia Abreu no ministério e compartilho da opinião de que seria melhor que Dilma escolhesse outra pessoa. Sem dúvidas que o agronegócio tal como está estabelecido no Brasil não é saudável ao país, pois se baseia na superexploração do trabalho, na devastação da natureza, no massacre a índios e pequenos camponeses, na monocultura do latifúndio e no uso indiscriminado do agrotóxico. No entanto, acho que antes de demonizar a presidente ou chamá-la de traidora, é preciso levar em consideração alguns fatores.
Em primeiro lugar, basta ler qualquer livro de história para saber que este modelo primário-exportador foi o “sentido da colonização” do Brasil, a razão de existência da República Velha e mesmo depois da industrialização, continuou sendo a maior pauta exportadora no Brasil. Por pior que seja o modelo de agronegócio no Brasil, ele teve um efeito positivo na crise de 2008/2009: graças a este setor, o país conseguiu manter superávits comerciais e não se contaminou com os choques externos. Portanto, este é um setor que tem peso determinante na economia do país, gostemos ou não. O desafio de hoje e de amanhã continua sendo a busca por um modelo sustentável e moderno de um de nossos principais ativos que é a extensa área agriculturável.
Segundo que, desde o governo Lula, a política agrícola do país foi dividida em dois ministérios: de um lado o da Agricultura (MA) cuida do agronegócio e de outro, o do Desenvolvimento Agrário (MDA) trata da agricultura familiar. Por mais que hoje a CNA e os ruralistas aparelhem o MA, é fato que muitas lideranças do MST e outros movimentos sociais ocupam postos-chave no MDA. A presença de Kátia Abreu no MA, portanto, não muda o caráter do ministério, tampouco a política que vinha sendo desenvolvida desde Lula. A diferença com Aécio e Marina é que provavelmente o MDA seria extinto e não haveria a presença de movimentos sociais no governo como há com Dilma. Simplesmente bater de frente com o MA sem apresentar alternativas será inócuo pela força deste setor na economia e na política nacional. Mais uma vez, se somos a favor da Reforma Agrária e de um novo modelo agrícola para o país, devemos trabalhar pelo fortalecimento do MDA como alternativa.
Terceiro, o agronegócio tem opinião política clara. Já no primeiro turno, as lideranças do agronegócio manifestaram abertamente seu apoio a Aécio Neves e as multinacionais como a Monsanto apostaram em Marina, indicando inclusive seu vice. Assim, este setor atuou nas eleições não apenas financiando campanhas de seus correligionários, como influindo na pauta e agenda. Vale ressaltar que nas eleições de 2014, a bancada ruralista elegeu cerca de 273 deputados, ou seja, 54% da câmara. Repito, 54% dos deputados são RURALISTAS. Não são sem-terra, não são ambientalistas e não são lamentadores de redes sociais: são RURALISTAS, latifundiários e monocultores. Fosse quem fosse eleito dependeria desses voto ou ao menos de parte deles para governar, pois hoje o Brasil vive sob uma república presidencialista de coalizão. Para mudar isto, é preciso uma Reforma Política que priorize o fim do financiamento empresarial para campanhas.
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Quarto e último: a atual crise política. Não dá para negar que o resultado das eleições deixou o país em uma situação política extremante complexa. Além de pedidos de intervenção militar a golpes institucionais, o governo precisa lidar com um fato concreto: a esquerda de diminui. Somando PT, PCdoB e PSOL, totalizam-se 84 deputados na nova legislatura, pouco mais de 16% do Congresso Nacional ou 1/4 do tamanho da bancada ruralista. Como Marina abandonou o discurso ambientalista para defender o interesse dos bancos, há poucos defensores da natureza na nova legislatura. Sem contar o crescimento da bancada evangélica, do bife, da bala e a eleição de fascistas como mais bem votados em Estados importantes. Se alguém achava que o governo Dilma seria mais à esquerda, pode esquecer pelos dados concretos da realidade concreta. Isto sem contar essa “Operação Lava Jato” que obriga Dilma a enfrentar 24 horas por dia de manipulação midiática e pressões golpistas.
Por pior que seja a figura de Kátia Abreu e de tudo o que ela representa, na atual conjuntura é melhor que ela seja ministra de Dilma do que de Aécio ou de um governo golpista. Se Kátia Abreu é reconhecida como liderança dos 273 ruralistas eleitos, seu apoio não será apenas necessário, mas vital para que este governo sobreviva. O segundo governo de Dilma já começa a mostrar que terá dificuldades em avançar, mas na atual correlação de forças, só de não retroceder será um avanço. Triste constatar, mas esta é a realidade.
Por fim, é muito fácil culpar a presidente por todos os problemas do país e por decisões impopulares, mas perdoem-me a sinceridade: aqueles que negligenciam voto para deputados, seja votando nulo ou não ajudando na eleição de uma bancada comprometida com o Brasil, são os maiores responsáveis pela situação atual. O pior é que estes não reconhecem o que significa estar presidindo um país sob ameaça de golpe, com um congresso ultra-reacionário e com um sistema político que se baseia no financiamento empresarial de campanhas. Portanto, se Dilma completar seu mandato em 2018 com aprovação terá sido uma das maiores façanhas na história republicana do Brasil. E tudo o que desejamos é que ela tenha sabedoria para no meio deste turbilhão apontar para as perspectivas do Brasil que rejeitou o PSDB pela quarta vez consecutiva e apostou no desenvolvimento com distribuição de renda.
http://www.ligiadeslandes.com.br/23/11/2014/sobre-katia-abreu-no-ministerio-da-agricultura/#comment-5601

GOVERNO CONTINUA PÉSSIMO EM COMUNICAÇÃO, E O PIG DEITA E ROLA

O estilo Dilma de escolher o novo ministério

Autor: Miguel do Rosário

O ministério pode ser novo, mas o estilo do governo continua o mesmo.
Comunicação zero.
Os novos nomes estão sendo vazados para a mídia à seco, sem que o governo dê uma palavrinha sobre os planos subjacentes às respectivas pastas.
Fazenda?
Joaquim Levy. Ponto final.
Não aparece um porta-voz (até porque não existe), nem secretário de imprensa (que também não existe), para dizer aos brasileiros que, independente do nome, o ministro vai seguir as diretrizes A ou B.
Agricultura?
Katia Abreu. Ponto final.
A informação vem seca e dura para engolirmos, sem que o governo tenha gentileza de vir à público explicar que a sua política de apoio à agricultura familiar vai continuar firme, ou mesmo se expandir, e que há planos para aprofundar a reforma agrária.
O anúncio de Katia Abreu na Agricultura tinha de vir acompanhado do nome do ministro para o Desenvolvimento Agrário, que é a pasta ocupada pelo representante da agricultura familiar, dos sem terra, e, geralmente, o maior defensor da reforma agrária dentro do governo.
Com isso, as acusações (justas) de conservadorismo, exacerbadas quando se lembram as posições tolamente antibolivarianas de Katia Abreu, seriam compensadas com elogios à ousadia nas áreas mais fundamentais para a esquerda que pensa a agricultura: o meio ambiente, as condições dos trabalhadores rurais e a questão fundiária.
O blog Diario do Centro do Mundo republicou, há pouco, trechos de um artigo de Katia Abreu para a Folha, sobre o bolivarianismo.
É um amontoado de exageros, e busca fazer festinha com o eleitorado de direita.
Mais uma razão para o governo entrar em ação, com um porta-voz explicando que o pensamento de Katia Abreu não reflete o pensamento do governo. E externar, então, o que o governo pensa sobre o tema.
Transparência, transparência, transparência.
Somente a transparência nos salvará.
Até nos EUA, pátria do direitismo, os dois principais partidos adotam extrema cautela para não ferir as suscetibilidades do eleitorado de esquerda, que é muito grande na terra do tio Sam.
Na última edição da New Yorker, um articulista lista os possíveis pré-candidatos dos Democratas que podem fazer frente à Hillary Clinton, considerada centrista demais, nas eleições presidenciais de 2018.
Outros nomes democratas ensaiam discursos mais progressistas, para seduzir um eleitorado desencantado com Obama.
O próprio Obama, ao lançar a medida que ajudará 5 milhões de ilegais, acena para a esquerda e sua imensa base social, com a qual deverá contar para enfrentar um congresso agora dominado por republicanos conservadores.
Ao mesmo tempo, o governo brasileiro poderia fazer política, ou seja, explicar a seus correligionários que o agronegócio não pode ser demonizado, e que o governo precisa de um nome forte do PMDB para aumentar a influência sobre a escolha do novo presidente da Câmara, e aprovar reformas democráticas.
Nas entrelinhas, ficaria subentendido que o governo já começou a lutar para derrubar Eduardo Cunha de uma possível presidência da Câmara.
Enfim, política se faz com ideias, com persuasão, com informação, e, sobretudo, com comunicação direta e constante entre o representante e o público.
É disso que Fabiano Santos falava, em entrevista à TV Brasil, quando dizia que “política transforma”.
O governo precisa entender que a escolha de ministros transmite uma mensagem à sociedade, inclusive na maneira como a informação é vazada.
Por isso mesmo, o processo de escolha dos novos ministros, que inclui as inevitáveis fofocas, tinha de vir acompanhado de entrevistas, depoimentos e esclarecimentos constantes por parte do governo.
Custa tanto assim contratar gente da área de comunicação e política?
Com todo o respeito aos ascensoristas e garçons, o Planalto não poderia mandar embora alguns servidores e ampliar a sua área de comunicação e política?
Não se trata de algo exatamente para beneficiar o governo, mas um gesto de respeito para com a população.
Recebi, há pouco, um longo email do presidente dos EUA, Obama, explicando a sua nova medida em apoio aos imigrantes ilegais.
Comunicação direta entre o presidente da república e o povo.
Dilma não pode fazer o mesmo?
Não pode mandar um email para todos os brasileiros, que se cadastrarem em algum site, explicando porque escolheu este ou aquele ministro, debelando assim as inevitáveis crises que surgirão, vide que será impossível agradar a todos?
Seria “bolivarianismo”?
Será que passaremos mais quatro anos abominando a comunicação do governo, que não existe?
É claro que, sem fazer nada, relegada à inércia total, a comunicação governamental só tende a se deteriorar, porque só se aprende fazendo.
Fazendo, errando, fazendo, acertando.
Comunicação é uma necessidade para uma governo democrático, e trata-se, repito, de um gesto de respeito para com o povo brasileiro, que não merece ouvir falar do governo apenas através da nossa mídia, cujos defeitos conhecemos muito bem.
http://tijolaco.com.br/blog/?p=23205

domingo, 3 de agosto de 2014

AUMENTA PRESSÃO DAS RUAS PELA REFORMA POLÍTICA

Entidades querem forçar reforma política recolhendo 10 milhões de assinaturas

Por Vasconcelo Quadros I iG Brasília 

Com 800 comitês pelo Brasil, entidades mobilizam plebiscito em setembro, com objetivo de impor Constituinte exclusiva

Com a expectativa de levar 10 milhões às urnas na Semana da Pátria – de 1º e 7 de setembro – 350 entidades da sociedade civil pretendem realizar um plebiscito simbólico para convocar uma Constituinte exclusiva, destinada a mudar radicalmente o sistema político atual. Tema periférico nas campanhas dos presidenciáveis, a sempre falada e nunca executada reforma política pode assim finalmente acontecer.
O movimento iniciado por estas entidades conta com mais de 30 mil ativistas empenhados na organização da campanha e cerca de 800 comitês municipais instalados em todos os Estados. A pretensão da mobilização em torno do plebiscito é absorver o espírito das manifestações de junho do ano passado, algo que tem sido esquecido pelos candidatos à Presidência da República.

Futura Press
Pretensão da mobilização do plebiscito é absorver o espírito das manifestações de junho de 2013


A intensão é condensar a vontade de mudança explicitada nas manifestações numa única pauta, que é tornar o sistema político mais representativo. Mais ainda: que ela seja imune à interferência do poder econômico. O ponto central seria então o fim do financiamento privado de campanhas.
Milhares de urnas serão montadas no país inteiro em setembro, durante a consulta popular. Como é necessário explicar à população o que vem a ser a reforma política e sua principal meta, a mobilização será uma campanha dentro da campanha eleitoral.
Um dos idealizadores do plebiscito, o economista João Pedro Stédile, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), diz que o principal objetivo é conseguir mobilizar “um mutirão nacional”, aglutinando todas as organizações populares numa cruzada por mudanças no sistema político. No final, as entidades entregarão um manifesto aos chefes dos três poderes pedindo a Constituinte.
O desafio do movimento, segundo ele, é fazer com que a população perceba que as saídas para problemas – como moradia, educação, transporte público de qualidade, reforma agrária e juros mais baixo – estão diretamente relacionadas com os rumos da política, hoje altamente influenciada pelo poder econômico, que dá as cartas num Congresso com pouca representatividade e em descrédito.
Stédile entende que a ampla maioria dos candidatos está preocupada apenas com a carreira pessoal e, consequentemente, buscando nas empresas os financiadores de sua suas campanhas. “O verdadeiro colégio eleitoral, agora, não é mais resultado das urnas. São as 117 grandes empresas, que financiam 85% de todas as campanhas. A previsão de gastos para 2014 ficará ao redor de R$ 4 bilhões em todo Pais”, afirma.
As entidades acreditam que se a campanha atingir seu objetivo de mobilizar milhões, os políticos eleitos este ano serão pressionados a convocar de um plebiscito oficial para ser realizado já no final do primeiro semestre de 2015, com regras definidas rapidamente. A Constituinte eleita teria, então, um ano para fazer a reforma política. Stédile alerta que se não houver mudanças, o país enfrentará uma grave crise política no ano que vem. “As mobilizações voltarão às ruas, com força ainda maior, e contra os políticos eleitos”, aposta ele.
Lucas Pelissari, porta-voz da Secretaria Operativa Nacional, responsável pela organização do plebiscito, afirma que o movimento está ganhando força e acabará se impondo. “A reforma política pode entrar na agenda dos candidatos como tema central da campanha”, prevê. Embora favorável a mudanças através de um projeto de lei, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também enxergam descrédito na classe política atual e engrossarão a campanha pela reforma.
“Essa eleição está sendo pautada pelo poder econômico e quem for eleito não representará a população”, argumenta Pelissari. Segundo ele, de 2002 para cá, o volume de recursos despejados pela iniciativa privada nas eleições aumentou 400%, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 40%.
http://ultimosegundo.ig.com.br/2014-08-02/esperando-recolher-10-milhoes-de-assinaturas-entidades-querem-forcar-reforma-politica.html

domingo, 18 de maio de 2014

MST VAI À PORTA DO STF, DESNUDAR JOAQUINZINHO BARBOSA

Talvez o maior movimento social organizado do País, já que o sindicalismo urbano acomoda-se em suas reivindicações corporativas, o MST parte para a denúncia e o enfrentamento contra as arbitrariedades cometidas por Joaquim Barbosa, presidente e "dono" do Supremo Tribunal Federal. O protesto marcado para o dia 25 é fundamental para mostrar que alguns setores da sociedade não se rendem ao ditadorzinho a serviço da extrema-direita e da mídia cartelizada, em seu eterno esforço para derrubar as instituições, inclusive as leis vigentes. O Brasil saberá um pouco mais o que significa esse serviçal do fascismo, chamado Joaquim Barbosa, que envergonha a toga que, em má hora, lhe caiu às indignas costas.



Stédile: Movimentos sociais farão protesto dia 29/05 contra Joaquim Barbosa

17 de maio de 2014 | 20:59 Autor: Miguel do Rosário
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A liderança mais conhecida do Movimento dos Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, um dos palestrantes neste sábado no Encontro Nacional de Blogueiros, anunciou que diversos movimentos sociais acertaram, na última sexta-feira, a realização de uma caminhada até a sede do STF em Brasília, no dia 29 de maio, para protestar contra a decisão de Joaquim Barbosa de proibir o trabalho externo de José Dirceu.
Ele convocou a todos a participarem da manifestação.
“Os movimentos sociais finalmente viraram reacionários, nós vamos fazer uma manifestação para que se cumpra a lei”, ironizou Stédile.
“Faremos uma manifestação para que o imperador Joaquim Barbosa respeite as leis da Constituição Brasileira”.
A decisão dos movimentos sociais serve como um marco divisor para definir Joaquim Barbosa, definitivamente, como um instrumento da direita reacionária.
Não um juiz, mas um marionete de um setor político e midiático que faz oposição não somente ao governo, mas ao interesse nacional, ao povo e, agora, à Constituição.
http://tijolaco.com.br/blog/?p=17482

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

CUT CONTRATOU DELÚBIO POR MÉRITO E EM PROTESTO CONTRA PRISÃO POLÍTICA

Contratação do Delúbio é ato político contra julgamento de exceção, diz presidente da CUT

Contratação de Delúbio é gesto de solidariedade, mas também é ato político contra julgamento de exceção do STF, afirma presidente da CUT.





Najla Passos
Foto: CUT
CUT



Brasília - Em entrevista à Carta Maior, Vagner Freitas, presidente da maior central sindical brasileira, afirmou que a contratação do ex-presidente do PT, Delúbio Soares, condenado pela Ação Penal 470 a seis anos e oito meses de prisão em regime semiaberto, é um reconhecimento da expertise dele em relação à pauta política e sindical, é um ato de solidariedade ao companheiro que foi um dos fundadores da CUT, mas também é um ato político contra um julgamento de exceção, que a central teme que possa abrir precedentes jurídicos que prejudiquem a luta dos trabalhadores.
 
Na entrevista, Freitas também explicou porque as centrais sindicais se contrapuseram ao projeto de regulação do trabalho de curta duração, apresentado pelo governo para regulamentar as relações trabalhistas durante a Copa do Mundo.
 
“Da forma como o dispositivo está colocado, ao invés de regulamentar o trabalho de curta duração em benefício dos trabalhadores, ele irá permitir que empresários inescrupulosos possam legalizar as irregularidades que já praticam hoje”, justifica.
 
O presidente da CUT ainda falou da pauta sindical do período e das expectativas do mundo sindical para o último ano do primeiro mandato da presidenta Dilma Rousseff, cuja principal bandeira é o fim do que ele chama de “herança maldita do governo FHC”: o fator previdenciário. “Nós defendemos que o governo Dilma tem que ser lembrado como aquele que permitiu aos trabalhadores reaver seu direito de se aposentar com salário digno”, disse.
 
Confira a íntegra da entrevista:
 
Carta Maior – As centrais sindicais, incluindo a CUT, abriram a pauta sindical do ano se contrapondo ao projeto do governo para regulamentar o trabalho de curta duração, com vistas à Copa do Mundo, apresentado este mês. Por quê?
 
Vagner Freitas – No Brasil, há um grande número de empresários sérios, mas também há uma parte de empresários inescrupulosos. E nós avaliamos que a proposta de trabalho de curta duração para a Copa do Mundo e para as Olimpíadas não pode dar brechas para que alguns empresários a utilizem para burlar a lei contra os trabalhadores. O que nós estamos alertando o governo é que, da forma como o dispositivo está colocado, ao invés de regulamentar o trabalho de curta duração em benefício dos trabalhadores, ele irá permitir que empresários inescrupulosos possam legalizar as irregularidades que já praticam hoje.
 
CM – Então, a avaliação das centrais é que o projeto pode ter um efeito contrário ao anunciado pelo governo?
 
VF - Ele pode ter um efeito mais ou menos parecido com o que teve o projeto apresentado pelo finado deputado Adão Preto, do Rio Grande do Sul, importante companheiro nosso de luta, para regulamentar o trabalho das cooperativas. A intenção era correta, de regulamentar o cooperativismo internacional que a CUT defende, forjado e constituído pelos trabalhadores, onde eles não são empregados, mas cooperativários, com o mesmo ideal e usufruindo do fruto coletivo do trabalho. Só que, no dia a dia do Brasil, o projeto acabou propiciando a farra das “cooper rádios” que são empresas não cooperativas que se aproveitam dessa legislação para explorar ainda mais os trabalhadores. Com o trabalho de curta duração pode acontecer algo parecido.
 
CM – E qual alternativa a CUT apresenta?

VF –
 A CUT vai construir outro projeto, a partir daquele apresentado para as centrais. Nos já estamos com a nossa equipe jurídica aqui pensado sobre isso, e vamos discutir com o governo algo que seja absolutamente focado apenas na copa do Mundo. Algo que, depois, não vire legislatura para tudo no Brasil.
 
CM – O governo se mostrou aberto ao diálogo?
 
VF – O governo precisa estar aberto ao diálogo. Ao mesmo tempo em que apresentou seu projeto para as centrais sindicais para ter apoio, a CUT tá dizendo que vai procurar o governo, com boa vontade, para apresentar uma alternativa. Se o governo tem a pretensão de que não haja burla, a CUT também tem. Então, vamos tentar construir um projeto a partir da visão da CUT que, esperamos, seja absorvido pelas demais centrais. E, depois, discuti-lo com o governo. Nós não somos contra a regulamentação, mas dependendo da forma com que se regulamenta, se coloca a perder e não a ganhar para os trabalhadores. Como nós queremos fazer um sindicalismo propositivo, como nós acreditamos que o Brasil vive um momento de diálogo e concertação, com a possibilidade que você tem de conversa entre patrão, empregado e governo, nós vamos apresentar uma proposta.
 
CM – Quais as outras pautas sindicais importantes para o período?
 
VF - Não é possível que nós acabemos o mandato da presidenta Dilma sem o fim do fator previdenciário, uma herança maldita do governo Fernando Henrique Cardoso que prejudica os trabalhadores, penaliza quem começa a trabalhar mais cedo, faz o trabalhador trabalhar mais tempo e se aposentar ganhando menos. Nós precisamos extingui-lo ou discutir uma fórmula  intermediaria que venha devolver aos trabalhadores o que lhes foi tirado por essa política equivocada.
 
Em abril, provavelmente, termos um ato público para discussão da nossa pauta de reivindicação e uma das questões centrais será o fator previdenciário, além da redução da jornada sem redução do salário, a questão da regulamentação dos direitos de negociação do serviço público, a questão da educação pública, gratuita, renovadora e transformadora, a pauta dos trabalhadores do campo, familiares e da reforma agrária.
 
Mas, sem dúvida nenhuma, o fim do fator previdenciário é a atitude política que nós queremos que marque o governo Dilma. O governo Lula ficou marcado pela construção de uma regulação perene de valorização do salário mínimo. Nós defendemos que o governo Dilma tem que ser lembrado como aquele que permitiu aos trabalhadores reaver seu direito de se aposentar com salário digno.
 
CM – O que ainda emperra o fim do fator previdenciário?

VF –
 É a discussão sobre o financiamento da previdência. O que nós colocamos é que a previdência é um patrimônio dos trabalhadores e nós jamais colocaríamos em pauta uma proposta que representasse riscos para ela. Nós não queremos que se arrebente a previdência. E acreditamos que acabar com o fator previdenciário ou criar uma regra intermediária não acabará com o custeio da previdência. Com isso, nós não temos concordância. Por isso, queremos sentar à mesa e apresentar nossas argumentações para que o governo tenha segurança de que isso não prejudica a questão previdenciária. Outras medidas, sim. Se o país continuar, por exemplo, com a isenção de uma parcela do empresariado, obviamente vai ter dificuldade para mantar o sistema previdenciário. Mas fazer o trabalhador trabalhar mais e ganhar menos não pode ser a política social para manutenção da previdência. A previdência deve existir justamente para o contrário: para propiciar que o trabalhador ingresse no sistema, colabore com o sistema, faça que ele seja plural com todos contribuindo e se beneficiando e, por fim, tenha uma aposentadoria digna e decente.
 
CM – O senhor não falou na reforma política e no marco regulatório da mídia. Estas bandeiras continuam entre as prioridades da CUT? 
 
VF – São duas questões fundamentais. A CUT é uma central sindical de transformação, que trabalha seus trabalhadores e sindicatos filiados para que sejam agentes de transformação da sociedade, através da valorização do trabalho. Então, nós não podemos, e nem é da nossa característica, fazer apenas reivindicações pontuais na área do direito do trabalho. Nós precisamos transformar a sociedade em benefício do trabalhador, com mais direitos e mais democracia. Nós participamos do Fórum Nacional pela Reforma Política. Inclusive, concordamos com a proposta da presidenta Dilma de fazer uma constituinte específica para a reforma política, porque entendemos que este congresso Nacional, da forma que é constituído, terá dificuldades de fazê-la.
 
Nós precisamos mudar o modelo eleitoral do Brasil, acabar com o financiamento privado de campanha, criando o financiamento público, para acabar com essa história da população achar que está votando no candidato que ela escolheu, quando na verdade ela está votando no candidato que o sistema determinou que ela votasse, a partir do dinheiro empregado em sua campanha. Essa questão da reforma política é a mãe das reformas, para que você tenha no Congresso Nacional, por exemplo, uma representação democrática do que pensa toda a sociedade brasileira. E não como acontece hoje, em que essa representação é hegemonizada pelos empresários, que são quem financiam as campanhas eleitorais.
E nós queremos também que não seja reformada só a questão eleitoral. Que a sociedade tenha direito a instrumentos de participação democrática direta, como referendo, plebiscito. Nós não entendemos que, quando você elege um dirigente, seja para o Executivo ou para o Parlamento, ele tenha, a partir daí, tutela absoluta da sua vida para fazer o que ele bem entende com o voto que você lhe deu. Há assuntos de relevância que têm que ser deliberado pela sociedade.
Nós defendemos também a questão de reforma da mídia. Não queremos de maneira nenhuma estabelecer uma política de censura, mas que o Brasil tenha, de fato, liberdade de expressão. Porque hoje não temos. No Brasil, quem tem liberdade de expressão é quem comanda os meios de comunicação. E com isso você concentra toda a tentativa de construção da opinião do povo brasileiro nas mãos de um empresário que só visa ter lucro individual, como se fosse um banqueiro ou um industrial. Nós queremos um marco regulatório das comunicações. Existe em outras partes do mundo, na Inglaterra e nos Estados Unidos, que procura civilizar o direito à comunicação, e não monopolizar a desinformação a serviço do capital. Esta é uma luta constante da CUT.
 
CM – Você falou da concentração dos meios, do monopólio da mídia. Agora, por exemplo, a central têm recebido muitas críticas da imprensa por conta da contratação do Delúbio Soares, condenado pela ação penal 470. Como a CUT está lidando com isso? Há desacordos internos ou a iniciativa foi consensual?
 
VF – O Delúbio Soares é um cidadão brasileiro que foi condenado por um julgamento que a CUT considera político, e não jurídico. Não foi apresentada prova nenhuma contra o Delúbio, ou contra o José Dirceu, o José Genoino, o João Paulo Cunha e outros mais. Mas independentemente da opinião da CUT, o próprio julgamento determinou que o Delúbio Soares tem condições de cumprir sua pena em liberdade condicional. E, para que essa liberdade condicional exerça a possibilidade de atenuar a sua pena, ele precisa ter um local de trabalho. A legislação diz isso. Não é a CUT. E para o Delúbio Soares e qualquer outro condenado a mesma pena.
 
A CUT não concorda com o julgamento, mas o STF precisa ser respeitado. Então, o que a CUT fez foi oferecer ao Delúbio Soares um local de trabalho. E por que ao Delúbio? Ele é fundador da CUT, é professor do sindicato de Goiás, foi tesoureiro da CUT e exercerá funções na CUT que ajudarão na área de formação sindical, de formação profissional, repassando sua experiência para dirigentes sindicais mais novos. Portanto, é um companheiro que tem trajetória e que está trabalhando no que ele entende. Não há nenhum absurdo: a CUT é legalmente constituída, paga a ele um salário que paga a outros assessores que fazem a mesma coisa que ele. A diferença é que o estado brasileiro colocou o Delúbio numa outra condição, de ser hoje um preso, com restrição de liberdade, que precisa arrumar emprego em algum local. É a CUT é um local que ele entende. Não tem nada de excepcional em relação a isso.
 
Esta é a questão mais óbvia. Mas também nós entendemos que é importante, para deixar claro para a nossa militância e para o Brasil de maneira geral, que nós temos que lutar para que este tipo de julgamento de exceção não contamine toda a democracia brasileira. Nós estamos muito preocupados que o que aconteceu neste julgamento da ação penal 470, em especial a aplicação da teoria do domínio do fato. Você pode ser punido, preso e condenado sem que nada seja provado nada contra você. E isso, com certeza, será usado contra os movimentos sociais brasileiros, contra a CUT, contra o MST e outros movimentos mais que questionam as leis. Porque uma coisa é o Delúbio, o Dirceu, o Genoino, pessoas de grande expressão nacional, que de alguma forma conseguem encontrar formas de se defender, de fazer até campanhas de arrecadação, inclusive pedindo para que a militância partidária pague as multas impostas. Mas nem todos no Brasil têm esta possibilidade.
 
Então, se você não lutar contra um julgamento de exceção que criminaliza sem ter provas, o que pode acontecer é que outros que não tem essa mesma expressão sejam criminalizados e presos, sem ter como reagir ou como se defender. Então, além de nós ofertarmos um emprego legal e de nós termos uma relação de companheirismo com o Delúbio, por ele ser  um dos fundadores da CUT e uma pessoa altamente gabaritada, também tem esse nosso grito, esse brado de alerta pela democracia, pelo estado democrático de direito, contra a judicialização da política.
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