Batuque de negão no Senegal
sábado 5 de fevereiro de 2011, por
Relato da vivência dos cirandeiros Vanessa Silva, Nelson Pombo Jr e Michele Torinelli nos dias que precedem o FSM 11 em Dacar
Influência árabe e cultura afro amalgamadas. Colonização e língua oficial francesa (mas o idioma corrente é o wolof). Em Dacar, capital do país, o clima é seco e o mar nos cerca. As pessoas não hesitam em se comunicar, não importa em qual língua, em qual mímica.
Muitos vendedores insistentes. Baobás. Trânsito caótico. Assim como no Brasil, pobreza e riqueza contrastam – mas aqui parece haver menos medo e violência. E menos tecnologia.
Falta luz em grande parte da cidade durante a noite. A internet é precária. Os carros, em geral, são mais antigos. A informalidade prevalece e tudo se negocia. “Eu dei o meu preço, agora dê o seu”, insistem os vendedores.
Batucada no mercado
Na sua primeira andada pela cidade, três brasileiros – Michele, Vanessa e Nelsinho – descobriram que a melhor forma de interagir em Dacar não se dá por meio de palavras, mas por batucadas.
Nelsinho comprou um djambe (um tipo de tambor) no mercado e começou a batucar lá mesmo. Os vendedores deixaram suas barracas e foram se somando, pegaram seus instrumentos, e o comércio parou para dar lugar à batucada. As mulheres que vendem artesanato chegaram para dançar. As moças brasileiras, na pegada da comunicação compartilhada, se empenharam em registrar o encontro.
O rapaz senegalês que nos levou ao mercado, El Hadji, nos ligou algumas horas depois, quando já estávamos de volta ao hotel. Disse que estava “fucking happy”, algo como “feliz pra caralho”, por tudo o que vivenciamos nesse dia e pela troca que houve.
Nós também ficamos felizes pra caralho. É muito legal ser negão no Senegal.
Influência árabe e cultura afro amalgamadas. Colonização e língua oficial francesa (mas o idioma corrente é o wolof). Em Dacar, capital do país, o clima é seco e o mar nos cerca. As pessoas não hesitam em se comunicar, não importa em qual língua, em qual mímica.
Muitos vendedores insistentes. Baobás. Trânsito caótico. Assim como no Brasil, pobreza e riqueza contrastam – mas aqui parece haver menos medo e violência. E menos tecnologia.
Falta luz em grande parte da cidade durante a noite. A internet é precária. Os carros, em geral, são mais antigos. A informalidade prevalece e tudo se negocia. “Eu dei o meu preço, agora dê o seu”, insistem os vendedores.
Batucada no mercado
Na sua primeira andada pela cidade, três brasileiros – Michele, Vanessa e Nelsinho – descobriram que a melhor forma de interagir em Dacar não se dá por meio de palavras, mas por batucadas.
Nelsinho comprou um djambe (um tipo de tambor) no mercado e começou a batucar lá mesmo. Os vendedores deixaram suas barracas e foram se somando, pegaram seus instrumentos, e o comércio parou para dar lugar à batucada. As mulheres que vendem artesanato chegaram para dançar. As moças brasileiras, na pegada da comunicação compartilhada, se empenharam em registrar o encontro.
O rapaz senegalês que nos levou ao mercado, El Hadji, nos ligou algumas horas depois, quando já estávamos de volta ao hotel. Disse que estava “fucking happy”, algo como “feliz pra caralho”, por tudo o que vivenciamos nesse dia e pela troca que houve.
Nós também ficamos felizes pra caralho. É muito legal ser negão no Senegal.
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