Os clientes brasileiros, que pagam as maiores taxas bancárias do mundo, além dos juros elevadíssimos, sustentam os lucros dos principais bancos internacionais.
Aqui na Europa, ninguém entende como o Brasil permite taxas e juros tão extorsivos, inimagináveis em países sérios. É difícil explicar a europeus - que, aliás, contam com muito mais serviços, desconhecem filas em agências, encontram caixas eletrônicos quase a cada esquina, e não pagam metade ou mais dos serviços que nós pagamos - que no Brasil os bancos são santuários, intocáveis, acima das leis, e reverenciados pelo governo e pelo povo.
Leia o que informa a Folha de S. Paulo desta sexta-feira (09.02):
Lucro do Santander cai 8,5% no mundo, mas sobe 34% no Brasil
DE SÃO PAULO - Maior banco da zona do euro, o espanhol Santander terminou 2010 com queda de 8,5% no lucro mundial, que somou 8,181 bilhões (R$ 18,617 bilhões), por conta da retração do crédito e da desaceleração na Europa.
O resultado mundial contrasta com o da filial brasileira, unidade de maior crescimento e que reportou ganho líquido de R$ 7,382 bilhões -alta de 34% em relação a 2009.
No Brasil, o bom desempenho do banco se deve à expansão do crédito e à queda geral na inadimplência, que reduz a necessidade de separar recursos para cobrir perdas.
O Brasil já contribui com 25% do resultado global do Santander, superando os 15% da Espanha, sede mundial onde o banco trabalha com duas redes de agência -Banesto e Santander.
"De longe, o Brasil é o que mais contribuiu com o resultado; até pela valorização da moeda, que tem impactado positivamente o resultado", disse Fábio Barbosa, presidente do Santander Brasil.
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