quarta-feira, 16 de março de 2011

AMERICANO DESMENTE A DIREITA...NA CASA DA DIREITA !!!

O "Instituto Millenium ficou conhecido no ano passado quando promoveu um encontro em São Paulo, onde donos de meios de Comunicação e alguns de seus empregados denunciaram a "ditadura" vigente no Brasil, e se comprometeram a fazer todo o possível para derrotarem Dilma Roussef e elegerem José Serra. Entre os participantes do "pacto" estavam Roberto Civita, da Editora Abril e revista veja, e Otavinho Frias Filho, herdeiro e dono da Folha de S. Paulo.
Entre os empregados, Reinaldo Azevedo, mais conhecido como "Rei do Esgoto", e Judith Brito, executiva do Grupo Folhas e presidente da ANJ, Associação Nacional dos Jornais (aquela que disse que a mídia era o verdadeiro partido de oposição a Lula). 
Aquela reunião desmascarou a mídia cartelizada brasileira (onde seis ou sete famiglias controlam toda a informação disponível, menos a blogosfera) e sua luta, embora usasse de todas as armas mais baixas, foi em vão. Dilma venceu, enquanto as tiragens dos "grandes" jornais e revistas cai, assim como a audiência das principais redes de TV, como a Globo. 
Neste ano os golpistas resolveram mudar de cenário - já que não podem mudar de caráter - e fizeram seu encontro no Rio de Janeiro. Foi divertido ver os principais oradores e debatedores combatendo as advertências obrigatórias nos produtos que acarretam riscos ao consumidor. Para eles, divulgar na embalagem a fórmula de um produto ou medicamento, bem como advertir de efeitos colaterais e riscos inerentes ao uso, é uma agressão à Liberdade do sagrado Mercado. Alegam que isso inibe a iniciativa empresarial e viola a liberdade que o consumidor deve ter até de se suicidar, sem quiser. Ninguém tem nada com isso: o Mercado resolve tudo. Parece coisa de dois séculos atrás, mas acontece hoje no Brasil - a direita-burra só gosta do Estado quando pega uma grana do governo, para nunca mais pagar...
O mais divertido, porém, foi quando o convidado especial, norte-americano é claro, fez um discurso meio fora do tom desejado pelos seus anfitriões. Leiam abaixo um resumo, publicado no próprio site do Millenium, e imaginem a cara com que ficaram nossos grandes "liberais" , ao ouvirem que no Brasil há plena liberdade política e de expressão: 

(do site do Instituto Millenium)
Em cerca de uma hora e meia de palestra, o acadêmico e escritor americano David Harsanyi expôs suas ideias para um mundo livre que, segundo ele, ainda é “regido pelas elites que decidem o que é certo e errado para os indivíduos”.
Criado em Nova York, o autor cita a proibição de ingredientes como gordura trans e foie gras naquela cidade como radical para os seus moradores. Em São Francisco, lembra ele, quem é dono de animais de estimação deve dar uma determinada quantidade diária de ração para o bicho. Tudo regulado pelo governo. São exemplos de comportamento babá.  Regulações, isoladamente, não parecem ruins, “mas esse ataque à liberdade tem a ver com infantilizar o outro para justificar esse tipo de comportamento paternalista. Não tem a ver com esquerda ou direita. Seria como uma bola de neve que vai aumentando à medida que desce a montanha”, avalia.
Para o acadêmico, o presidente Obama é pai desse estado babá: “Obama quer que as pessoas não tenham mais liberdade de escolha”.  Harsanyi acredita que o Estado babá começa quando se faz uso da coerção. “Tenho 41 anos e me lembro que quando era criança brincava nas ruas e voltava para casa machucado. Quando fui morar em Denver, levei meus filhos para brincar no parque e fiquei preocupado que se ferissem no meio da brincadeira. Mas como colocar uma placa, com os dizeres ‘Não corra no parque’? Acho que devemos considerar como proteger nossas crianças, mas sem vetar o direito de escolha e a própria natureza das crianças”.
“Eu não gosto de movimentos populistas porque eles são antiéticos num certo nível, mas gosto da ideia central de que as pessoas devem ser livres. Isso tem a ver com vida coletiva. Acho que não estamos indo para o caminho certo”. Vivemos a era do elogio da liberdade, diz. “Viramos uma sociedade muito mais controlada do que imaginamos nos anos 60. Mas, curiosamente, temos mais liberdade ainda. Temos um bom fluxo de informação através da internet e o direito de expressão”.
O escrito admite que há um exagero nos Estados Unidos nessa questão do controle e diz que o Brasil não deve copiar o modelo americano. “Acho que nós copiamos os europeus, da mesma forma que você nos copiam. De todo modo, somos um país muito livre e vocês tambem. Os brasileiros são muito abertos e acho que não precisam copiar outro país. Não sabemos o que é uma ditadura, por exemplo. Temos nossos problemas culturais particulares e uma forma muito nossa de resolvê-los”.

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