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terça-feira, 30 de setembro de 2014
BLOG HOLANDÊS TRAZ BELAS FOTOS, COM VÁRIOS TEMAS
Fotos como esta, da nova Willemsbrug, em Roterdã, estão neste belo Blog holandês.
Try-out: A walk along the river.....: The large port of Rotterdam in the Netherlands is situated on the "Nieuwe Maas" (New Maas) The city has some impressive bridges....
quarta-feira, 3 de setembro de 2014
CINEASTA JORGE FURTADO JUSTIFICA SEU VOTO EM DILMA
Voto contra tudo isso que está aí.
por Jorge Furtado em 30 de agosto de 2014
Se alguém me dissesse, em 2004 - quando o primeiro governo Lula sofria a oposição feroz de toda a mídia brasileira e tinha pouco ou nada para mostrar de resultados - que em dez anos o segundo turno da eleição presidencial seria disputado entre duas ex-ministras do governo Lula, uma pelo Partido dos Trabalhadores e uma pelo Partido Socialista Brasileiro, eu diria ao meu suposto interlocutor que a sua fé na democracia era um comovente delírio. A provável ausência, pela primeira vez no segundo turno das eleições presidenciais, de candidatos da direita autêntica, do PSDB, do DEM e do PTB, é mais uma boa notícia que a democracia nos traz. Imagina-se que, vença quem vença, muitos dos derrotados voltarão correndo para os braços confortáveis do novo governo, esta é a má notícia.
Tenho familiares e bons amigos que vão votar na Marina e também no Aécio. Eu vou votar na Dilma. Acho que foi o Todorov quem disse (mais ou menos assim) que a democracia nos reúne para que a gente resolva qual é a melhor maneira de nos separar. Não sou nem nunca fui filiado a qualquer partido, já votei em vários, tenho amigos em alguns. Neste que é o maior período democrático da nossa história (25 anos, sete eleições consecutivas), o Brasil não parou de melhorar e não há nada que indique que vá parar de melhorar agora.
Votei no Lula, desde sempre até ajudar a elegê-lo em 2002, com o palpite de que um governo popular, o primeiro em 502 anos, talvez pudesse enfrentar com mais vigor o grande problema brasileiro: a desigualdade social. Achei que, talvez, substituindo a ideia de que o bolo deve primeiro crescer para depois ser divido pela ideia de incentivar o crescimento do país com melhor distribuição de farinha, ovos, manteiga, fogões, casas com luz elétrica, empregos e vagas nas escolas e nas universidades, finalmente poderíamos começar a nos livrar da nossa cruel e petrificada divisão entre a casa grande e a senzala. Meu palpite estava certo. A desigualdade brasileira continua grande e cruel mas está, finalmente, diminuindo.
Voto, ainda, primeiro contra a desigualdade social, ainda o maior problema do país, um dos mais injustos do planeta, em poucos lugares há uma diferença tão grande entre pobres e ricos. A elite brasileira (sim, ela existe, esta aí), fundada e perpetuada no escravismo, luta para manter seus privilégios a qualquer custo. Eles são donos dos bancos, das grandes construtoras, fábricas e empresas, das tevês, rádios, jornais e portais da internet e defendem ferozmente sua agradável posição. A única maneira de enfrentar seu enorme poder é no voto.
Voto contra o poder crescente do capital sobre as políticas públicas. Quem vive de rendas pensa sempre mais no centro da meta da inflação e menos nos níveis de emprego, mais na taxa dos juros e menos no poder aquisitivo dos salários. O poder do capital especulativo, rentista, é gigante, mora na casa dos bilhões de dólares. Voto contra, muito contra, a autonomia do Banco Central, que tira do governante, eleito pelo nosso voto, o poder de guiar o desenvolvimento segundo critérios sociais, protegendo o país do ataque de especuladores e garantindo renda e empregos, e entrega este poder ao tal mercado, hereditário e eleito por si mesmo, sempre predador e zeloso em garantir a sua parte antes de lamentar os danos sociais causados por seus lucros. (Ver Espanha, Grécia, EUA, Finlândia, etc.)
Voto contra submeter os critérios de uso dos nossos recursos naturais não renováveis, como o petróleo, ao interesse de grandes empresas estrangeiras. O petróleo brasileiro e seu destino é o grande assunto não mencionado nas campanhas eleitorais. Os ataques contra a Petrobras, que acontecem invariavelmente às vésperas de cada eleição, atendem interesses das grandes empresas petroleiras, especialmente as americanas, que querem a volta do velho e bom sistema de concessões na exploração dos campos de petróleo, sistema que, na opinião delas, deveria ser extensivo às reservas do pré-sal. Aqui o interesse chega na casa do trilhão. Garantir que o uso da riqueza proveniente da exploração de nossos recursos não-renováveis tenha critérios sociais, definidos por governantes eleitos, me parece uma ideia excelente da qual o país não deveria abrir mão.
Voto contra o poder crescente das religiões sobre a vida civil. Respeito inteiramente a fé e a religião de cada um, gosto de muitos aspectos de várias religiões, sei do importante trabalho social de várias igrejas, mas não aceito o uso de argumentos ou critérios religiosos na administração pública. Mesmo para os que professam alguma fé religiosa a divisão entre os poderes da terra e do céu deveria ser clara. Diz a Bíblia, em Eclesiástico, XV, 14: “Deus criou o homem e o entregou ao poder de sua própria decisão”. (Esta é a versão grega, a versão latina fala em “de sua própria inclinação” ou “ao seu próprio juízo”.) Erasmo faz uma boa síntese desta ideia: “Deus criou o livre-arbítrio”. Ele, se nos criou a sua imagem e semelhança e criou também as árvores, haveria de imaginar que, criadores como ele, criaríamos o serrote, e com ele cadeiras, mesas e casas, e ainda, Deus queira!, a ciência que nos permita usar com sabedoria os recursos naturais e viver bem, com saúde. O poder crescente das igrejas, com suas tevês e bancadas no congresso, deve ser contido por um estado laico.
Voto contra o preconceito contra os homossexuais. O estado não tem nada a ver com o desejo dos indivíduos. Ninguém (seriamente) está falando que o sacramento religioso do casamento, em qualquer igreja, deva ser definido por políticas públicas, mas os direitos e deveres sociais devem ser iguais para todos, ponto. Os preconceituosos e mistificadores, que vendem a cura gay ou bradam sua lucrativa intolerância contra os homossexuais, devem ser combatidos sem vacilação ou mensagens dúbias.
Voto contra a criminalização do aborto. A hipocrisia brasileira concede às filhas da elite o direito ao aborto assistido por bons médicos, em boas condições de higiene, e deixa para as filhas dos pobres os métodos cruéis e o risco de vida, milhares de meninas pobres morrem de abortos clandestinos todos os anos. A mulher deve ter direito ao seu corpo, independente de vontades do estado ou de dogmas religiosos.
Voto contra o obscurantismo que impede avanços científicos. Há quem se compadeça com os embriões que serão jogados no lixo das clínicas de fertilização e ignore o sofrimento de milhares de seres humanos, portadores de doenças graves como a distrofia muscular, a diabetes, a esclerose, o infarto, o Alzheimer, o mal de Parkinson e muitas outras, cuja esperança de cura ou melhor qualidade de vida está na pesquisa com as células tronco.
Voto contra palavras vazias. Nossa era da mídia transformou a oralidade num valor em si, esquecendo que há canalhas articulados e bem falantes e pessoas de bem e muito competentes que são de pouca conversa, ou até mesmo mudas. Tzvetan Todorov: “A democracia é constantemente ameaçada pela demagogia, o bem-falante pode obter a convicção (e o voto) da maioria, em detrimento de um conselheiro mais razoável, porém menos eloquente”. (1) Há quem diga de tudo e também o seu oposto, dependendo do público ouvinte a quem se pretende agradar, há quem decore frases feitas repetíveis em qualquer ocasião, há quem não fale coisa com coisa. Prefiro julgar os governantes e aspirantes a cargos públicos menos por suas palavras e mais por seus atos, seus compromissos e sua capacidade de trabalho em equipe, ninguém governa sozinho.
Voto contra os salvadores da pátria. Pelo menos em duas ocasiões o Brasil apostou em candidatos de si mesmos, filiados a partidos nanicos, sem base parlamentar, surfando numa repentina notoriedade inflada pela mídia e alimentada pelo discurso “contra a política”, prometendo varrer a corrupção e as “velhas raposas”. No primeiro caso, a aventura personalista de Jânio Quadros acabou num golpe militar e numa ditadura que durou 25 anos. No segundo, a aventura personalista de Fernando Collor, sem base parlamentar e passada a euforia inicial, terminou em impeachment, bem antes do fim de seu mandato. (atualizado em 01.09.14: A trajetória pessoal de Marina - muitos anos de boa luta democrática e defesa de grandes causas - é incomparável com a de Fernando Collor, um autêntico herdeiro da senzala, e Jânio Quadros, um doido. Espero que em nome de uma suposta nova política ela não jogue fora sua bela história de vida, toda construída na velha. )
Voto na Dilma e contra tudo isso que ainda está aí: a desigualdade social, o poder crescente do capital, a cobiça sobre nossos recursos naturais, o preconceito contra os homossexuais, a criminalização do aborto, o obscurantismo que impede avanços científicos, a criminalização da política, as palavras vazias, os salvadores da pátria. Com a direita autêntica fora do jogo podemos, sem grandes riscos de voltar ao passado, debater o melhor caminho para seguir avançando. Ponto para a democracia.
(1) Tzvetan Todorov, Os inimigos íntimos da democracia, tradução Joana Angelica DÁvila Melo, Companhia das Letras, 2012.
http://www.casacinepoa.com.br/o-blog/jorge-furtado/voto-contra-tudo-isso-que-est%C3%A1-a%C3%AD
Tenho familiares e bons amigos que vão votar na Marina e também no Aécio. Eu vou votar na Dilma. Acho que foi o Todorov quem disse (mais ou menos assim) que a democracia nos reúne para que a gente resolva qual é a melhor maneira de nos separar. Não sou nem nunca fui filiado a qualquer partido, já votei em vários, tenho amigos em alguns. Neste que é o maior período democrático da nossa história (25 anos, sete eleições consecutivas), o Brasil não parou de melhorar e não há nada que indique que vá parar de melhorar agora.
Votei no Lula, desde sempre até ajudar a elegê-lo em 2002, com o palpite de que um governo popular, o primeiro em 502 anos, talvez pudesse enfrentar com mais vigor o grande problema brasileiro: a desigualdade social. Achei que, talvez, substituindo a ideia de que o bolo deve primeiro crescer para depois ser divido pela ideia de incentivar o crescimento do país com melhor distribuição de farinha, ovos, manteiga, fogões, casas com luz elétrica, empregos e vagas nas escolas e nas universidades, finalmente poderíamos começar a nos livrar da nossa cruel e petrificada divisão entre a casa grande e a senzala. Meu palpite estava certo. A desigualdade brasileira continua grande e cruel mas está, finalmente, diminuindo.
Voto, ainda, primeiro contra a desigualdade social, ainda o maior problema do país, um dos mais injustos do planeta, em poucos lugares há uma diferença tão grande entre pobres e ricos. A elite brasileira (sim, ela existe, esta aí), fundada e perpetuada no escravismo, luta para manter seus privilégios a qualquer custo. Eles são donos dos bancos, das grandes construtoras, fábricas e empresas, das tevês, rádios, jornais e portais da internet e defendem ferozmente sua agradável posição. A única maneira de enfrentar seu enorme poder é no voto.
Voto contra o poder crescente do capital sobre as políticas públicas. Quem vive de rendas pensa sempre mais no centro da meta da inflação e menos nos níveis de emprego, mais na taxa dos juros e menos no poder aquisitivo dos salários. O poder do capital especulativo, rentista, é gigante, mora na casa dos bilhões de dólares. Voto contra, muito contra, a autonomia do Banco Central, que tira do governante, eleito pelo nosso voto, o poder de guiar o desenvolvimento segundo critérios sociais, protegendo o país do ataque de especuladores e garantindo renda e empregos, e entrega este poder ao tal mercado, hereditário e eleito por si mesmo, sempre predador e zeloso em garantir a sua parte antes de lamentar os danos sociais causados por seus lucros. (Ver Espanha, Grécia, EUA, Finlândia, etc.)
Voto contra submeter os critérios de uso dos nossos recursos naturais não renováveis, como o petróleo, ao interesse de grandes empresas estrangeiras. O petróleo brasileiro e seu destino é o grande assunto não mencionado nas campanhas eleitorais. Os ataques contra a Petrobras, que acontecem invariavelmente às vésperas de cada eleição, atendem interesses das grandes empresas petroleiras, especialmente as americanas, que querem a volta do velho e bom sistema de concessões na exploração dos campos de petróleo, sistema que, na opinião delas, deveria ser extensivo às reservas do pré-sal. Aqui o interesse chega na casa do trilhão. Garantir que o uso da riqueza proveniente da exploração de nossos recursos não-renováveis tenha critérios sociais, definidos por governantes eleitos, me parece uma ideia excelente da qual o país não deveria abrir mão.
Voto contra o poder crescente das religiões sobre a vida civil. Respeito inteiramente a fé e a religião de cada um, gosto de muitos aspectos de várias religiões, sei do importante trabalho social de várias igrejas, mas não aceito o uso de argumentos ou critérios religiosos na administração pública. Mesmo para os que professam alguma fé religiosa a divisão entre os poderes da terra e do céu deveria ser clara. Diz a Bíblia, em Eclesiástico, XV, 14: “Deus criou o homem e o entregou ao poder de sua própria decisão”. (Esta é a versão grega, a versão latina fala em “de sua própria inclinação” ou “ao seu próprio juízo”.) Erasmo faz uma boa síntese desta ideia: “Deus criou o livre-arbítrio”. Ele, se nos criou a sua imagem e semelhança e criou também as árvores, haveria de imaginar que, criadores como ele, criaríamos o serrote, e com ele cadeiras, mesas e casas, e ainda, Deus queira!, a ciência que nos permita usar com sabedoria os recursos naturais e viver bem, com saúde. O poder crescente das igrejas, com suas tevês e bancadas no congresso, deve ser contido por um estado laico.
Voto contra o preconceito contra os homossexuais. O estado não tem nada a ver com o desejo dos indivíduos. Ninguém (seriamente) está falando que o sacramento religioso do casamento, em qualquer igreja, deva ser definido por políticas públicas, mas os direitos e deveres sociais devem ser iguais para todos, ponto. Os preconceituosos e mistificadores, que vendem a cura gay ou bradam sua lucrativa intolerância contra os homossexuais, devem ser combatidos sem vacilação ou mensagens dúbias.
Voto contra a criminalização do aborto. A hipocrisia brasileira concede às filhas da elite o direito ao aborto assistido por bons médicos, em boas condições de higiene, e deixa para as filhas dos pobres os métodos cruéis e o risco de vida, milhares de meninas pobres morrem de abortos clandestinos todos os anos. A mulher deve ter direito ao seu corpo, independente de vontades do estado ou de dogmas religiosos.
Voto contra o obscurantismo que impede avanços científicos. Há quem se compadeça com os embriões que serão jogados no lixo das clínicas de fertilização e ignore o sofrimento de milhares de seres humanos, portadores de doenças graves como a distrofia muscular, a diabetes, a esclerose, o infarto, o Alzheimer, o mal de Parkinson e muitas outras, cuja esperança de cura ou melhor qualidade de vida está na pesquisa com as células tronco.
Voto contra palavras vazias. Nossa era da mídia transformou a oralidade num valor em si, esquecendo que há canalhas articulados e bem falantes e pessoas de bem e muito competentes que são de pouca conversa, ou até mesmo mudas. Tzvetan Todorov: “A democracia é constantemente ameaçada pela demagogia, o bem-falante pode obter a convicção (e o voto) da maioria, em detrimento de um conselheiro mais razoável, porém menos eloquente”. (1) Há quem diga de tudo e também o seu oposto, dependendo do público ouvinte a quem se pretende agradar, há quem decore frases feitas repetíveis em qualquer ocasião, há quem não fale coisa com coisa. Prefiro julgar os governantes e aspirantes a cargos públicos menos por suas palavras e mais por seus atos, seus compromissos e sua capacidade de trabalho em equipe, ninguém governa sozinho.
Voto contra os salvadores da pátria. Pelo menos em duas ocasiões o Brasil apostou em candidatos de si mesmos, filiados a partidos nanicos, sem base parlamentar, surfando numa repentina notoriedade inflada pela mídia e alimentada pelo discurso “contra a política”, prometendo varrer a corrupção e as “velhas raposas”. No primeiro caso, a aventura personalista de Jânio Quadros acabou num golpe militar e numa ditadura que durou 25 anos. No segundo, a aventura personalista de Fernando Collor, sem base parlamentar e passada a euforia inicial, terminou em impeachment, bem antes do fim de seu mandato. (atualizado em 01.09.14: A trajetória pessoal de Marina - muitos anos de boa luta democrática e defesa de grandes causas - é incomparável com a de Fernando Collor, um autêntico herdeiro da senzala, e Jânio Quadros, um doido. Espero que em nome de uma suposta nova política ela não jogue fora sua bela história de vida, toda construída na velha. )
Voto na Dilma e contra tudo isso que ainda está aí: a desigualdade social, o poder crescente do capital, a cobiça sobre nossos recursos naturais, o preconceito contra os homossexuais, a criminalização do aborto, o obscurantismo que impede avanços científicos, a criminalização da política, as palavras vazias, os salvadores da pátria. Com a direita autêntica fora do jogo podemos, sem grandes riscos de voltar ao passado, debater o melhor caminho para seguir avançando. Ponto para a democracia.
(1) Tzvetan Todorov, Os inimigos íntimos da democracia, tradução Joana Angelica DÁvila Melo, Companhia das Letras, 2012.
http://www.casacinepoa.com.br/o-blog/jorge-furtado/voto-contra-tudo-isso-que-est%C3%A1-a%C3%AD
segunda-feira, 1 de setembro de 2014
BOICOTE A BIENAL DE SÃO PAULO, FINANCIADA POR ISRAEL!!!
Artistas rejeitam Israel na Bienal
Por Altamiro Borges
Um manifesto assinado por 55 artistas foi divulgado nesta quinta-feira (28) exigindo que a fundação responsável pela 31ª Bienal de São Paulo recuse o apoio e devolva o dinheiro doado pelo governo de Israel ao evento. “Enquanto o povo de Gaza retorna aos escombros de suas casas destruídas pelo Exército israelense, nós achamos inaceitável receber o apoio de Israel... Ao aceitar esse financiamento nosso trabalho artístico mostrado na exposição está sendo usado para limpar as continuadas agressões conduzidas por Israel e suas violações da lei internacional e de direitos humanos. Recusamos a tentativa de Israel de normalizar sua presença no contexto deste importante evento cultural”, afirma o texto.
O documento foi assinado por 55 dos 86 artistas participantes da mostra, entre eles israelenses, palestinos e libaneses. Entre os signatários estão artistas influentes, como o libanês Walid Raad, que liderou boicote à filial do museu Guggenheim em Abu Dhabi, e a israelense Yael Bartana, que já foi à Bienal de Veneza. Um dos curadores da mostra, Charles Esche, até manifestou apoio à reivindicação. “Em princípio, nós apoiamos os artistas", afirmou. Já o presidente da Fundação Bienal, Luis Terepins, garantiu à Folha que “não existe a possibilidade de devolver o dinheiro – cerca de R$ 90 mil de um orçamento total de R$ 24 milhões – a Israel. ‘Nós somos uma instituição plural, não tomamos partido’, diz Terepins”.
O cônsul de Israel em São Paulo, Yoel Barnea, também foi procurado pelo jornal e disse que estava ciente do manifesto. “A arte é uma linguagem que aproxima os povos. Mas a atitude destes artistas não é construtiva para a paz no Oriente Médio”, afirmou. No maior cinismo, ele também alegou que “se os artistas têm críticas ao Estado de Israel, nós também temos críticas às ações terroristas dos palestinos”. A Folha, porém, não ouviu os representantes da comunidade árabe no Brasil e nem as centenas de entidades da sociedade civil que denunciam o genocídio em Gaza. A 31ª Bienal de São Paulo começa nesta semana e ainda não se sabe se vários artistas boicotarão o evento bancado pelos terroristas de Israel.
Um manifesto assinado por 55 artistas foi divulgado nesta quinta-feira (28) exigindo que a fundação responsável pela 31ª Bienal de São Paulo recuse o apoio e devolva o dinheiro doado pelo governo de Israel ao evento. “Enquanto o povo de Gaza retorna aos escombros de suas casas destruídas pelo Exército israelense, nós achamos inaceitável receber o apoio de Israel... Ao aceitar esse financiamento nosso trabalho artístico mostrado na exposição está sendo usado para limpar as continuadas agressões conduzidas por Israel e suas violações da lei internacional e de direitos humanos. Recusamos a tentativa de Israel de normalizar sua presença no contexto deste importante evento cultural”, afirma o texto.
O documento foi assinado por 55 dos 86 artistas participantes da mostra, entre eles israelenses, palestinos e libaneses. Entre os signatários estão artistas influentes, como o libanês Walid Raad, que liderou boicote à filial do museu Guggenheim em Abu Dhabi, e a israelense Yael Bartana, que já foi à Bienal de Veneza. Um dos curadores da mostra, Charles Esche, até manifestou apoio à reivindicação. “Em princípio, nós apoiamos os artistas", afirmou. Já o presidente da Fundação Bienal, Luis Terepins, garantiu à Folha que “não existe a possibilidade de devolver o dinheiro – cerca de R$ 90 mil de um orçamento total de R$ 24 milhões – a Israel. ‘Nós somos uma instituição plural, não tomamos partido’, diz Terepins”.
O cônsul de Israel em São Paulo, Yoel Barnea, também foi procurado pelo jornal e disse que estava ciente do manifesto. “A arte é uma linguagem que aproxima os povos. Mas a atitude destes artistas não é construtiva para a paz no Oriente Médio”, afirmou. No maior cinismo, ele também alegou que “se os artistas têm críticas ao Estado de Israel, nós também temos críticas às ações terroristas dos palestinos”. A Folha, porém, não ouviu os representantes da comunidade árabe no Brasil e nem as centenas de entidades da sociedade civil que denunciam o genocídio em Gaza. A 31ª Bienal de São Paulo começa nesta semana e ainda não se sabe se vários artistas boicotarão o evento bancado pelos terroristas de Israel.
http://altamiroborges.blogspot.com.br/2014/08/artistas-rejeitam-israel-na-bienal.html#more
sábado, 26 de julho de 2014
MUSEU DE NASSAU REABRIU COM MOSTRA QUE FALA DO BRASIL
Depois de dois anos fechado para importantes reformas, que incluíram uma nova entrada e várias instalações subterrâneas, com um túnel ligando o prédio original a um edifício vizinho que será usado para exposições temporárias, o Mauritshuis (Casa de Maurício de Nassau), em Haia, na Holanda, foi reaberto no mês passado. E traz uma exposição temporária, até o dia 4 de janeiro, que tem muito a ver com o Brasil.
Algumas fotos que tirei hoje, e algumas reproduções de obras, já que é muito difícil tirar boas fotos internamente pelos reflexos e condições de iluminação. Aliás, as fotos são proibidas, mas eu sou brasileiro e dou meu "jeitinho"....
A fachada é a mesma, mas antes a entrada era pela lateral do Mauritshuis.
Provavelmente o último dos cerca de 80 auto-retratos que Rembrandt pintou desde jovem.
Quem atrai mais atenção é a "Garota com Brinco de Pérola", de Johanes Vermeer, de 1665. Durante a reforma ela esteve emprestada a vários museus, inclusive dos Estados Unidos. Finalmente, em casa novamente.
"A Garota com Brinco de Pérola" é chamada de "a Mona Lisa do Norte", e uma das imagens femininas mais conhecidas do mundo.
A entrada do museu foi construída abaixo do núvel da rua, com mais conforto.
Famosíssima, a "Lição de Anatomia do Dr. Nicolaes Tulp, de 1632, lançou Rembrandt no mercado de arte de Amsterdam, quando ele chegava de Leiden, aos 29 anos.
"Paisagem de Delft", de Vermeer, o gênio da luz. Delft é a cidade onde moro na Holanda, e ainda conserva as torres das igrejas Nova e Velha, aqui retratadas.
"Menino rindo", de 1625, foi apenas um estudo de Frans Hals, outro grande mestre de Leiden, terra de Rembrandt e outros gênios.
Um dos que mais me impressiona é este quadro de Peter Paul Rubens, "Velha com menino e velas". Nenhuma das reproduções aqui ou em livros dá a exata noção de vida e intensiddade que as telas nos proporcionam de perto. E esta me paralisa e emociona demais.
Tratando da história do edifício, que foi construído por Maurício de Nassau enquanto ele era governador da colônia holandesa no Nordeste brasileiro, a mostra apresenta documentos raríssimos, como o primeiro livro ilustrado sobre a natureza e os indígenas brasileiros publicado na Europa. Há também originais da portaria que nomeou Nassau para governar o "Brasil holandês" e uma carta escrita a mão e assinada por ele em 1641. Nas paredes e textos explicativos, o Brasil é citado várias vezes. Frans Post, o pintor que veio para o Brasil na comitiva de Nassau, tem paisagens de Pernambuco incluídas na rica coleção do Mauritshuis, considerado um dos principais museus da Europa.
Hoje passei algumas horas revendo o museu que já visitei quatro ou cinco vezes, mas que não pude percorrer nesses dois anos de fechamento. A reforma foi boa, o acesso ficou melhor e mais moderno, mas a coleção principal continua exposta nas pequenas salas do palacete. Quando o público é grande como hoje, o trânsito fica meio prejudicado, e é preciso paciência para ver as maravilhosas obras de alguns dos maiores mestres do Século de Ouro da pintura flamenga, como Rubens, Hals, Vermeer, Van Steen e Rembrandt, entre outros.Algumas fotos que tirei hoje, e algumas reproduções de obras, já que é muito difícil tirar boas fotos internamente pelos reflexos e condições de iluminação. Aliás, as fotos são proibidas, mas eu sou brasileiro e dou meu "jeitinho"....
sexta-feira, 18 de julho de 2014
DE VOLTA AO BATENTE...
Meu hotel em Florença, um antigo Pallazzo bem no centro da cidade. Não poderíamos ter escolhido melhor, pois estávamos a dois quarteirões do Palazzo Vecchio e a uns quatro da Catedral (Duomo).
Agora de volta à Holanda, posso recomeçar este convívio para mim tão enriquecedor. Nos próximos dias tentarei descrever um pouco do que vi na Toscana, em cidades maravilhosas como Lucca, Siena, Poggibonsi, San Donato, Pistóia, Pienza, e Florença, entre muitas outras. A Toscana nos mergulha num curso intensivo de História da Arte e também da História Política da Europa. Aprendi muito, e voltei cansado mais muito feliz. Se minhas postagens e fotos despertarem a curiosidade dos que ainda não conhecem esta região da Itália, ou matarem a saudade de quem já a conhece, ficarei gratificado.
Pietá inconclusa de Michelângelo, na Galleria dell'Accademia, Florença.
E vamos em frente, porque agora, depois do sucesso da Copa das Copas, temos outro campeonato ainda mais importante a vencer: é Dilma e Padilha, com maioria no Congresso e na Assembléia Legislativa. Este o nosso desafio. Vamos à luta!
quinta-feira, 29 de maio de 2014
EXPOSIÇÃO REAPRESENTA PORTINARI A PARIS
ARTES PLÁSTICAS
Portinari, um ilustre desconhecido em Paris
Por Leneide Duarte-Plon em 27/05/2014 na edição 800
Esta é sua quarta viagem a Paris, mas é a primeira em que as obras o representam. Nas outras três, Cândido Portinari (1903-1962) veio em carne e osso. Em 1929, com bolsa de estudos, em 1946, para uma exposição na galeria Charpentier e, em 1957, para uma grande exposição de 136 obras.
Mas, desde então, Paris não viu mais nenhuma exposição do maior pintor brasileiro do século 20. Agora, os dois painéis monumentais, “Guerra e Paz”, que Portinari realizou para a ONU, de 1952 a 1956, são o centro da magnífica exposição inaugurada com grande pompa dia 6 de maio no Grand Palais, um dos museus mais prestigiosos de Paris.
A mostra foi fruto da vontade de dois presidentes socialistas, François Hollande e Dilma Rousseff, que quiseram, assim, lembrar a mensagem humanista de Portinari. Essa é a primeira vez que essa obra monumental sai da América e atravessa o oceano Atlântico, depois de ter sido exposta com enorme sucesso no Rio e em São Paulo. Os painéis haviam voltado ao Brasil para serem restaurados por uma equipe de restauradores dirigida por Edson Motta Filho e Claudio Valério Teixeira.

Chance única
Portinari aderiu ao Partido Comunista Brasileiro em 1945. Por isso, não pôde entrar nos Estados Unidos para a colocação de seus painéis. O país estava mergulhado na caça às bruxas do macartismo, a patrulha anticomunista vivia seu apogeu. Por ser comunista, o artista nunca viu sua maior obra no local para o qual fora destinada.
O jornal Libération apresentou Portinari como “um dos maiores artistas da América Latina, o Michelangelo brasileiro”, cuja obra é marcada pela luta contra o racismo e a miséria. Mas o brasileiro ainda é um artista pouco conhecido na França, o que lamenta o jornalista Vincent Noce, que fez em sua reportagem uma apaixonada defesa da obra de Portinari, também comparado a Diego Rivera, o grande pintor mexicano, a quem foi dedicada uma grande exposição no ano passado, em Paris.
Se depender do Libé, que dedicou quatro páginas centrais em cores e repletas de fotos dos deslumbrantes painéis e de outras obras do pintor, Portinari já não será mais um ilustre desconhecido dos franceses.
Em outro artigo no mesmo jornal, o curador do Centro Pompidou, Nicolas Liucci-Goutnikov, assinala o caráter mestiço e multicultural da sociedade brasileira, perfeitamente representada na arte do Modernismo, do qual Portinari foi o maior representante na pintura.
O fato de ter sua obra praticamente escondida dos olhos do público explica o precário conhecimento do artista no estrangeiro. Seu filho, João Cândido, informa que 95% da enorme obra de Portinari não é visível por estar em casas de colecionadores. Segundo ele, das 5.100 obras inscritas no catálogo raisonné do artista, apenas 200 estão no estrangeiro.
Agora, é preciso aproveitar a chance rara de ver Portinari no Grand Palais onde, além dos impressionantes e magníficos painéis, outros quadros e dezenas de estudos para “Guerra e Paz” podem ser vistos, além de vídeos que descrevem o processo de restauração e mostram o sucesso das exposições no Rio e em São Paulo.
A exposição de Portinari em Paris termina no dia 9 de junho.

***
Leneide Duarte-Plon é jornalista, em Paris
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed800_portinari_um_ilustre_
desconhecido_em_paris
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terça-feira, 11 de março de 2014
ME EMPRESTEM ALGUM: HÁ UM VAN GOGH EM LEILÃO, NA HOLANDA!
Um dos quadros mais significativos de Vincent van Gogh, o "Moulin de la Gallete", estará à venda nos próximos dias, em Masstricht, deliciosa cidade da Holanda, na divisa com Alemanha. Nessas horas em gostaria de ser milionário, comprar uma obra como essa e doar ou colocar à visitação pública num museu brasileiro... Van Gogh, una obra emblemática en la feria TEFAF Maastricht | 3 marzo 2014 |

'Moulin de la Galette' desempeñó un papel clave en proporcionar fama internacional a Vincent van Gogh. El artista la pintó en París en abril de 1887 y va a ser, sin duda, una de las grandes atracciones de esta edición de TEFAF Maastricht, que se celebrará del 14 al 23 de marzo
Moulin de la Galette será exhibido por Dickinson, una prestigiosa galería con sede en Londres y Nueva York. Su precio de venta no ha sido aún comunicado. En opinión de James Roundell, de Dickinson, «esta pintura lo tiene todo. La obra fue pintada en París durante un periodo de enorme importancia en la vida de Van Gogh, cuando pasó de pintar sombrías escenas de la vida campesina holandesa a crear paisajes post impresionistas de brillantes colores.
No es habitual encontrar una firma tan prominente en una obra de esta época. Se trata, además, de una de las dos únicas pinturas pertenecientes a su serie de obras representando molinos de Montmartre que aún se conservan en una colección privada. Se mostró por última vez al público en 1965».
Durante los dos años siguientes a su llegada a París en 1886 para vivir con su hermano Theo, Van Gogh experimentó una impresionante evolución artística. Alentado por Theo para emular a los impresionistas y conseguir así que su trabajo se pudiera vender mejor, Vincent Van Gogh dejó de producir escenas rurales holandesas y comenzó a pintar algunas de las obras más innovadoras, coloristas y expresivas de todos los tiempos.
Van Gogh pintó Moulin de la Galette en abril de 1887, en la cima de este proceso de transición, y forma parte de su serie de pinturas de molinos del animado barrio artístico de Montmartre. Esta vibrante obra lleva la firma de Van Gogh, lo que es poco frecuente. Theo van Gogh no sobrevivió mucho tiempo a la muerte de su hermano Vincent, acaecida en julio de 1890, y falleció el siguiente mes de enero, de forma que la vivienda de Theo y todas las cartas y pinturas de Vincent, incluida Moulin de la Galette, pasó a ser propiedad de su viuda, Johanna van Gogh-Bonger.
Decidida a conseguir fama póstuma para Vincent, a lo largo de los siguientes años Johanna se dedicó a organizar una serie de exposiciones, de las cuales la celebrada en 1905 en el Stedelijk Museum de Ámsterdam, fue de importancia crucial. Esta exposición consolidó la reputación de Van Gogh como una fuerza vital dentro de la pintura post-impresionista, y una etiqueta en el dorso de Moulin de la Galette pone de manifiesto que esta obra estuvo incluida en dicha exposición.
En 1906 Johanna entregó el cuadro al pintor Isaac Israëls, que había sido su amante durante tres años tras la muerte de Theo, a cambio de un retrato. Más adelante pasó a ser propiedad del millonario americano en el que Ian Fleming se basó para crear al malvado Goldfinger de la serie de novelas de James Bond.
http://www.descubrirelarte.es/2014/03/03/van-gogh-una-obra-emblematica-en-la-feria-tefaf-maastricht.html
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
UMA SALA DE BRASIL NO MAIOR MUSEU DA HOLANDA!
Paisagem de Olinda, Frans Post, mostrando a antiga catedral, onde hoje está sepultado Dom Helder Câmara.
Todo brasileiro já ouviu falar em Maurício de Nassau, o nobre holandês que governou Pernambuco e parte do Nordeste entre 1637 e 1644, durante a ocupação holandesa daqueles territórios portugueses. Não cabe aqui relembrar o que foi a "Nova Holanda", projeto da Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais, pela qual Nassau foi contratado para ser o Governador, Almirante e Comandante-Geral do projeto.
Maurício andava mal de finanças, endividado com a construção de sua casa-palácio em Haia, onde hoje funciona um dos melhores museus da Europa, o Mauritshuis (Casa de Maurício). Aceitou o emprego por um salário altíssimo, e ainda pela participação em 2% dos lucros que viessem da colônia no Nordeste.
O que eu quero frisar aqui é a presença com Maurício de Nassau de artistas e cientistas que se tornaram importantes para que o mundo conhecesse algo sobre o Brasil, ainda uma terra remota, que os próprios portugueses mantiveram abandonada durante décadas depois do "Descobrimento". Entre eles estava o jovem pintor Frans Post, primeiro europeu a pintar paisagens das Américas que se tornaram conhecidas e valorizadas. Mesmo depois de seu retorno à Holanda, Post continuou produzindo telas sobre o Brasil, e viveu disso até morrer.
Nas visitas que fiz ao Rijks Museum, o Museu Real, em Amsterdã, o enorme edifício estava em obras que duraram quase sete anos. Só estava aberta uma pequena parte, com cem obras-primas do acervo. Reaberto em abril, hoje pude finalmente conhecê-lo quase inteiro, enquanto as pernas aguentaram... E vi uma sala inteiramente dedicada ao Brasil!
São seis quadros de Frans Post, dois deles grandes que eu não conhecia, e um de Albert Eckhout, colega da mesma missão Nassau.
Trago essas fotos para os amigos e amigas que apreciam Arte e, principalmente, que ficarão felizes de ver o Brasil como uma seção de um dos museus mais importantes do mundo.
Quatro paisagens de Frans Post e uma tela maior de Albert Eckhout.
Detalhe da tela de Albert Eckhout, com frutas do Brasil (ele pintou várias sobre o tema). E sem o caipira na frente prá atrapalhar...rsrsrs
Esta "Vista de Itamaracá" é a pintura de paisagem mais antiga das Américas (1637).
De Frans Post.
Uma tela grande Frans Post, que eu não conhecia antes da reabertura do Rijks Museum
Sobre a administração de Maurício de Nassau encontrei este resumo na Wikipedia:
"O seu governo está associado ao planejamento urbano do Recife, que o historiador da Arte estadunidense Robert Chester Smith iria considerar "a primeira cidade digna desse nome na América portuguesa", (…) caracterizada pela liberdade de circulação por meio de pontes e de ruas pavimentadas e traçadas geometricamente, mercados e praças bem plantadas. A descrição da vida em Recife nos tempos de Nassau foi feita por cronistas neerlandeses e por frei Manuel Calado que vivia em Alagoas em seu engenho com 25 escravos mas foi chamado por Nassau ao Recife, onde se ligou especialmente a João Fernandes Vieira.
Seus êxitos inegáveis foram a defesa do Brasil holandês contra o ataque da armada luso-espanhola em 1640 e a conquista de Angola, São Tomé e do Maranhão em 1641, graças ao poder naval.2
Para o historiador Charles Boxer foi sobretudo um "administrador de primeira categoria".
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
JORNAL SOBRE CULTURA NO VALE DO PARAÍBA
Será lançado em meados de outubro o jornal ValePensar, bimestral, e inteiramente dedicado aos temas da Cultura, das Artes e do Turismo no Vale do Paraíba. A primeira edição trará reportagens e entrevistas sobre Literatura, teatro, Dança, Artes Plásticas, Patrimônio Histórico, além de programação de eventos artístico-culturais e informações sobre atrações turísticas das cidades no eixo Jacaré a Lorena.
Além das reportagens o jornal terá colunas assinadas por colabores fixos e convidados, com grande projeção na intelectualidade regional, como Ocílio Ferraz, líder do kovimento tropeirista, João Carlos Faria, sobre Turismo Rural, e Thereza Maia, sobre História e Patrimônio Histórico.
Pedimos aos amigos que nos ajudem a divulgar a iniciativa nas redes sociais e outros meios, pois o propósito é criarmos um veículo de expressão da riqueza cultural de nossa região. O editor-chefe será o jornalista e escritor Antonio Barbosa Filho, que retornou da Europa para coordenar o empreendimento.
Além das reportagens o jornal terá colunas assinadas por colabores fixos e convidados, com grande projeção na intelectualidade regional, como Ocílio Ferraz, líder do kovimento tropeirista, João Carlos Faria, sobre Turismo Rural, e Thereza Maia, sobre História e Patrimônio Histórico.
Pedimos aos amigos que nos ajudem a divulgar a iniciativa nas redes sociais e outros meios, pois o propósito é criarmos um veículo de expressão da riqueza cultural de nossa região. O editor-chefe será o jornalista e escritor Antonio Barbosa Filho, que retornou da Europa para coordenar o empreendimento.
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sábado, 26 de março de 2011
ARGENTINO DESAFIA EMPRESÁRIOS BRASILEIROS
Eis aí um desafio fascinante! Será que os
empresários brasileiros - a maioria dos quais
jamais lucrou tanto como nos últimos oito anos
- estaria disposta a doar para um grande Museu
de Arte Latino-Americana? Espero que sim, o
que seria motivo de orgulho para o Brasil e
amadurecimento cultural de nossas elites.
Empresário propõe criação de museu da
América Latina em SP
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DA EFE, EM BUENOS AIRES
O empresário argentino Eduardo Costantini, fundador do Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires (Malba), propôs à presidente Dilma Rousseff criar um espaço cultural semelhante em São Paulo com a obra "Abaporu", de Tarsila do Amaral, como atração principal.
A proposta foi realizada durante a visita do empresário ao Brasil por ocasião da inauguração da exposição de arte "Mulheres, artistas e brasileiras", entre as quais se destaca a tela da pintora brasileira Tarsila do Amaral, que foi cedido pelo Malba para esta mostra, informa nesta sexta-feira o jornal argentino "Clarín".
A obra faz parte da exposição permanente do museu argentino, que conta com mais de 200 quadros do século XX e XXI, incluindo pinturas dos artistas Frida Kahlo, Diego Rivera, Fernando Botero, Joaquín Torres-García e Antonio Berni, entre outros.
"Disse (a Dilma) que se conseguissem empresários brasileiros que doassem US$ 200 milhões para fazer um Malba em São Paulo, o 'Abaporu' ficaria no Brasil", explicou Costantini ao jornal argentino.
O empresário, criador da fundação que dirige o Malba, deseja que esse dinheiro seja destinado a construir o museu, à aquisição de obras de arte latino-americanas e ao financiamento de despesas dos dois museus.
Costantini doou ao museu portenho sua significativa coleção de obras de artistas da região.
Se o projeto avançar para um museu paulista, que também seria administrado pela Fundação Costantini, o empresário cederia a esse espaço parte da coleção do museu argentino que atualmente não se encontra em exibição por falta de espaço, acrescentou o "Clarín".
"A ideia pareceu interessante a Dilma. Ela disse que iria analisá-la", assinalou.
A exposição "Mulheres, artistas e brasileiras" foi inaugurada por Dilma na última quarta-feira no Palácio do Planalto, por ocasião das celebrações do Dia da Mulher.
A mostra, que inclui cerca de 80 obras de artistas brasileiras do século XX, foi vista previamente, no sábado passado, pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e sua esposa, Michelle, durante a visita oficial do líder ao Brasil.
sexta-feira, 4 de março de 2011
CULTURA TEM PLANO NACIONAL COM METAS PARA DEZ ANOS
PLANO NACIONAL DE CULTURA DEFINE POLÍTICAS CULTURAIS PARA OS PRÓXIMOS 10 ANOS
0TV Câmara-DF, em 06/01/2011
Editado em 2007, o projeto que cria o Plano Nacional de Cultura foi transformado em lei em dezembro. A lei define princípios e objetivos para a área cultural para os próximos dez anos; discrimina os órgãos responsáveis pela condução das políticas para a área; e aborda aspectos relativos ao financiamento de espetáculos e produtos culturais.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
LOBÃO DETONA LUCIANO HUCK, O BOM-MOÇO
Em entrevista ao portal iG, o cantor e compositor Lobão detonou Luciano Huck, aquela gracinha...
Tá lá no meio da sua fala:
"Blá Blá Blá
"O Brasil está muito alegrinho, essa alegria politicamente correta, essa coisa teletubbie é de uma violência pra mim. Nada mais violento que você se higienizar socialmente, o Brasil está sofrendo uma fase de higienização social da pior espécie. Isso é um blábláblá. Todo mundo elogia todo mundo, isso pra mim é uma claustrofobia, o pior tipo de violência. O nosso País vive um momento muito ridículo, uma 'lucianohuckzação' do Brasil".
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
FILME BRASILEIRO CONCORRE EM ROTERDÃ

Com o título em inglês "The Sky Above", o filme brasileiro é descrito como uma ruptura entre ficção e documentário, retratando a intimidade de três personagens de classe média em Belo Horizonte: uma transexual que exerce a prostituição e a vida acadêmica; um atendente de telemarketing que participar de uma torcida organizada de futebol; e um escritor desiludido que é sustentado pela mãe.
Em Brasília, a obra, de 72 minutos, recebeu os prêmios de melhor filme, melhor direção, prêmio especial do jurí, melhor roteiro e melhor montagem. No badalado Festival de Roterdã, o filme brasileiro compete com representantes da Índia, México, Coréia do Sul, Espanha, Rússia, Japão, Colômbia, Irã, entre outros países. Pelo que vi rapidamente num noticiário de TV, há vários artistas na cidade, inclusive Jackie Chan, que está rodando cenas de mais uma de suas comédias de lutas marciais.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
JOHN HERBERT, O ATOR
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