Artistas rejeitam Israel na Bienal
Por Altamiro Borges
Um manifesto assinado por 55 artistas foi divulgado nesta quinta-feira (28) exigindo que a fundação responsável pela 31ª Bienal de São Paulo recuse o apoio e devolva o dinheiro doado pelo governo de Israel ao evento. “Enquanto o povo de Gaza retorna aos escombros de suas casas destruídas pelo Exército israelense, nós achamos inaceitável receber o apoio de Israel... Ao aceitar esse financiamento nosso trabalho artístico mostrado na exposição está sendo usado para limpar as continuadas agressões conduzidas por Israel e suas violações da lei internacional e de direitos humanos. Recusamos a tentativa de Israel de normalizar sua presença no contexto deste importante evento cultural”, afirma o texto.
O documento foi assinado por 55 dos 86 artistas participantes da mostra, entre eles israelenses, palestinos e libaneses. Entre os signatários estão artistas influentes, como o libanês Walid Raad, que liderou boicote à filial do museu Guggenheim em Abu Dhabi, e a israelense Yael Bartana, que já foi à Bienal de Veneza. Um dos curadores da mostra, Charles Esche, até manifestou apoio à reivindicação. “Em princípio, nós apoiamos os artistas", afirmou. Já o presidente da Fundação Bienal, Luis Terepins, garantiu à Folha que “não existe a possibilidade de devolver o dinheiro – cerca de R$ 90 mil de um orçamento total de R$ 24 milhões – a Israel. ‘Nós somos uma instituição plural, não tomamos partido’, diz Terepins”.
O cônsul de Israel em São Paulo, Yoel Barnea, também foi procurado pelo jornal e disse que estava ciente do manifesto. “A arte é uma linguagem que aproxima os povos. Mas a atitude destes artistas não é construtiva para a paz no Oriente Médio”, afirmou. No maior cinismo, ele também alegou que “se os artistas têm críticas ao Estado de Israel, nós também temos críticas às ações terroristas dos palestinos”. A Folha, porém, não ouviu os representantes da comunidade árabe no Brasil e nem as centenas de entidades da sociedade civil que denunciam o genocídio em Gaza. A 31ª Bienal de São Paulo começa nesta semana e ainda não se sabe se vários artistas boicotarão o evento bancado pelos terroristas de Israel.
Um manifesto assinado por 55 artistas foi divulgado nesta quinta-feira (28) exigindo que a fundação responsável pela 31ª Bienal de São Paulo recuse o apoio e devolva o dinheiro doado pelo governo de Israel ao evento. “Enquanto o povo de Gaza retorna aos escombros de suas casas destruídas pelo Exército israelense, nós achamos inaceitável receber o apoio de Israel... Ao aceitar esse financiamento nosso trabalho artístico mostrado na exposição está sendo usado para limpar as continuadas agressões conduzidas por Israel e suas violações da lei internacional e de direitos humanos. Recusamos a tentativa de Israel de normalizar sua presença no contexto deste importante evento cultural”, afirma o texto.
O documento foi assinado por 55 dos 86 artistas participantes da mostra, entre eles israelenses, palestinos e libaneses. Entre os signatários estão artistas influentes, como o libanês Walid Raad, que liderou boicote à filial do museu Guggenheim em Abu Dhabi, e a israelense Yael Bartana, que já foi à Bienal de Veneza. Um dos curadores da mostra, Charles Esche, até manifestou apoio à reivindicação. “Em princípio, nós apoiamos os artistas", afirmou. Já o presidente da Fundação Bienal, Luis Terepins, garantiu à Folha que “não existe a possibilidade de devolver o dinheiro – cerca de R$ 90 mil de um orçamento total de R$ 24 milhões – a Israel. ‘Nós somos uma instituição plural, não tomamos partido’, diz Terepins”.
O cônsul de Israel em São Paulo, Yoel Barnea, também foi procurado pelo jornal e disse que estava ciente do manifesto. “A arte é uma linguagem que aproxima os povos. Mas a atitude destes artistas não é construtiva para a paz no Oriente Médio”, afirmou. No maior cinismo, ele também alegou que “se os artistas têm críticas ao Estado de Israel, nós também temos críticas às ações terroristas dos palestinos”. A Folha, porém, não ouviu os representantes da comunidade árabe no Brasil e nem as centenas de entidades da sociedade civil que denunciam o genocídio em Gaza. A 31ª Bienal de São Paulo começa nesta semana e ainda não se sabe se vários artistas boicotarão o evento bancado pelos terroristas de Israel.
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