A presidente Dilma fez nesta terça-feira um surpreendente discurso durante a convenção do PMDB que renovou o apoio do partido à aliança governistas na esfera federal. Mesmo com a voz prejudicada pela gripe, a petista se exaltou como se estivesse em um palanque e acusou a oposição de "surrupiar" programas de governo do PT, no mais duro discurso dos últimos meses.
"Quando tiveram a oportunidade de fazer [ações de inclusão social], não só não fizeram, como foram contra!" - declarou, referindo-se à atitude da oposição ante os programas implementados desde Lula e que foram desenvolvidos, segundo Dilma, "sem eles [os oposicionistas] e apesar deles".
A presidente também adiantou parte das armas que usará durante a campanha. Listou os programas e ações de governo, hoje consolidados, e que foram atacados por uma oposição, que "sempre tentou excluir os pobres". Mencionou especificamente o Prouni, Enem, Mais Médicos, Bolsa Família, Escolas Técnicas, Minha Casa Minha Vida, e anunciou: "Temos o que apresentar e vamos apresentar!"
Dilma ainda acusou a oposição de defender uma "agenda do retrocesso" e deu mostras de que vai investir na polarização política: "Eu não fui eleita para desempregar ninguém, para encolher o salário do trabalhador, para pôr o Brasil de joelhos" - numa referência às propostas de mudanças na gestão econômica, feitas por adversários.
A convenção pemedebista acabou servindo como ensaio da campanha e permitiu que Dilma deixasse de lado por alguns instantes a liturgia do cargo de presidente para dar uma amostra de seu poder de fogo e do tom que adotará nos palanques e na tv. Basta cutucar.
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