247 – Chegando à reta final, a campanha que arrecada dinheiro para
pagar a multa do ex-ministro José Dirceu, condenado na Ação Penal
470, teve doadores renomados, que têm um discurso para explicar a
motivação da solidariedade. Até as 12h desta quinta-feira 20, a
iniciativa havia arrecadado R$ 825.529,40, já inclusa a transferência
de R$ 143 mil feita pelo excedente de Delúbio Soares. Ontem, Dirceu
foi notificado pela Justiça a pagar a multa de R$ 971.128,92, sob risco
de ter seu nome inscrito na Dívida Ativa da União.
Ao 247, o advogado José Roberto Batochio, ex-presidente da OAB
(Ordem dos Advogados do Brasil), contou ter doado R$ 1 mil a Dirceu.
"A solidariedade aos perseguidos é um valor a ser defendido na
sociedade brasileira, que vive dias tão difíceis, quando muitos cultivam
o ódio, sentimento típico de regimes fascistas", disse Batochio. Outro
doador renomado foi o jornalista e escritor Fernando Morais, que foi
taxativo ao justificar sua doação ao ex-ministro: "O dinheiro é meu. E
com o meu dinheiro eu faço o que eu quiser".
Também jornalista, Paulo Moreira Leite, da revista IstoÉ – autor do
livro "A outra história do mensalão", acredita que as doações são um instrumento para tornar inútil o esforço de realizar a "execução social"
dos condenados na Ação Penal 470. "O que se quer é a execução social
dos prisioneiros, que devem ser reduzidos a condição de seres
manipuláveis e disponíveis, sem consciência nem vontade própria. As
doações mostram que esse esforço é inútil".
Em entrevista recente ao jornal O Globo, o ator José de Abreu também declarou ter doado R$ 1 mil ao amigo Dirceu, que conheceu enquanto
cursava a Faculdade de Direito. A intenção: "dividir a pena com ele".
Crítico ferrenho da forma como foi julgada a Ação Penal 470, Zé de
Abreu
disse considerar "legítima" a iniciativa da militância, amigos e
familiares em fazer a campanha de arrecadação (leia mais
aqui).
Na última terça-feira, o PPS, presidido pelo deputado Roberto Freire
(SP), protocolou representação na Procuradoria da República do Distrito
Federal pedindo o bloqueio do dinheiro arrecadado por José Dirceu. O argumento do líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno, autor
do documento, foi de que, como o petista também responde no
Ministério Público a ação por improbidade administrativa, todo o seu patrimônio – incluindo a quantia da 'vaquinha' – precisaria ser tornado indisponível, a fim de que fosse garantido futuro ressarcimento ao
http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/131022/Doadores-explicam-
sua-solidariedade-a-Dirceu.htm
Uma pergunta: - Esse dinheiro da multa extipulado em R$ 971.128,92 vai para os cofres de quem? Do Supremo? É como o Supremo fosse uma delegacia onde o delegado libera algum preso sob fiança?
ResponderExcluirVocês não acham que o Roberto Freire é um "quinta coluna"? A sigla do partido dele, pps, é partido popular socialista mesmo? O pior é que ele sabe quase tudo sobre socialismo, comunismo, cristianismo...fascismo. Tomara que eu esteja errado.