Por Antonio Barbosa Filho
Reinaldo Azevedo é uma das figuras mais perniciosas que jamais existiram no jornalismo brasileiro. Seu papel é tão execrável quanto o de um Cláudio Marques, jornalista que pedia em seu programa de TV que o exército prendesse os responsáveis pelo jornalismo da TV Cultura, em outubro de 1975. O canalha sabia que havia gente sendo torturada e morta no Doi-Codi do então II Exército, mas dizia que o pessoal da Cultura deveria passar uma temporada no "Tutóia Hilton" em alusão à Rua Tutóia, onde ficava o centro de torturas.
Cláudio foi merecidamente esquecido, deve ter deixado de exercer a profissão, pois nenhum colega aceitaria sentar-se ao seu lado numa redação.
O mesmo discurso de ódio é adotado pelo Reinaldo da veja, que tem facilidade em escrever aquilo que seus patrões queiram, em textos entremeados de jactâncias e auto-elogios a cada dez linhas. Parece um menino carente, deve ter sofrido humilhações na infância.
É covarde: quando suas opiniões chocam-se de frente com os fatos, muda de assunto e arranja outro tema. Um exemplo? Ele passou dois meses dizendo que era o único ser vivo que havia lido a Constituição de Honduras, e que a derrubada do presidente Zelaya não tinha sido um golpe de Estado. Até que os próprios golpistas declararam que tinham, sim, dado um golpe de Estado; imediatamente o Rei do Esgoto esqueceu-se de Honduras, que nunca mais apareceu em seus textos, com raras e superficiais menções não autocríticas.
Aliás, no mesmo episódio, o Rei do Esgoto xingou repetidamente o então ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, chamando-o, na sua mais gentil qualificação, de "anão moral". Quando Amorim assumiu o Ministério da Defesa, o covarde esqueceu-se deste nome, uma vez que Reinaldo tem um fetiche quase sexual por milicos: onde houver soldados, sejam policiais ou das Forças Armadas, ele logo prostra-se de quatro para lamber os coturnos. Para ele, toda polícia, todo exército regular (até o de Israel com suas armas químicas e bombas para matar crianças palestinas) estão sempre certos. Antigamente chamava-se certas prostitutas que ofereciam seus serviços ao redor dos quartéis, onde a clientela deve ser grande, de "Maria-Batalhão". Pois o Reinaldo Azevedo é uma "Maria-Batalhão", sempre oferecida a quem usar farda e um cassetete bem grande...
Teria muito a dizer sobre a canalhice deste péssimo profissional e péssimo caráter. Mas não quero estimular, ainda que sem nenhum peso significativo, a sua imensa vaidade. Ele pensa que trabalha na veja, Folha, Jovem Pan e esporadicamente é convidado por seu parceiro de falange Augusto Nunes para aquele programa "Roda Morta", da TV Tucana de São Paulo (ex-TV Cultura), porque é um grande comunicador, um multimídia. Coitado, ele só está em tantos espaços porque não é fácil para os patrões direitistas encontrar alguém com a coluna vertebral tão flácida, capaz de prestar-se ao serviço sujo que requerem. Como bem sabe o José Serra, o Rei do Esgoto é "pau-prá-toda-obra"...
Agora o pilantra resolveu "matar" Caetano Veloso, que publicou n'O Globo um artigo defendendo o deputado carioca Marcelo Freixo, do Psol, acusado de ligações com os black bostas que mataram o cinegrafista Santiago Andrade. Posso, e acontece sempre, discordar do que o Caetano disser sobre Política, mas é inegável que sua importância para a Cultura brasileira é um milhão de vezes maior do que a de um Reinaldinho da veja. Caetano será sempre lembrado por suas belas canções, algumas delas obras-primas da MPB. O Rei do Esgoto, se tiver netos, será uma vergonha que seus descendentes carregarão. É um Cláudio Marques fora do tempo...
Eis a sentença de morte assinada pelo Rei do Esgoto contra o, muitas vezes, genial Caetano Veloso:
"Eu achava que Caetano estava apenas decadente e que ninguém, à sua volta, por medo de perder o emprego, tinha coragem de dar um toque. Mas vejo que ele já morreu faz tempo.
Estou respondendo ao texto de um defunto moral. Vejam as duas imagens lá do alto. Caetano, nos últimos anos, vinha provocando em mim algo como repulsa intelectual. Desta feita, santo Deus!, é nojo físico mesmo. Não é assim que se lida com a morte de pessoas. Não é assim que se lida com sangue humano.
Seu irresponsável!"
(os negritos são meus)
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