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quinta-feira, 10 de setembro de 2015

ADVOGADO AVISA SOBRE ABUSOS NA LAVA-JATO



FOLHA de SÃO PAULO

Que país queremos?

"Só uso a palavra para compor meus silêncios." Manoel de Barros

Triste o país que precisa de pretensos heróis, salvadores da pátria e pregadores da moralidade. É inadmissível que alguém, um juiz, um membro do Ministério Público ou da polícia, venha dizer que detém o monopólio do combate à corrupção. Todo cidadão de bem –jornalista, advogado, dona de casa– quer um país sem o flagelo da corrupção, que degenera o tecido social e leva a mais desigualdades.

Ninguém detém o monopólio da virtude de ser honesto. Cada um de nós tem um papel importante no processo de amadurecimento democrático, no aperfeiçoamento do Estado de Direito.

Diante do momento que vivemos, são estas algumas das perguntas que tenho feito Brasil afora: que tipo de país queremos depois desse enfrentamento? Queremos um país em que o processo se dê a qualquer custo? E, ainda, sem as garantias do devido processo legal? Sem o respeito ao amplo direito de defesa e à presunção de inocência? Onde a prisão seja a regra, não a exceção, como em todo país civilizado?

Queremos um país em que um juiz tenha jurisdição nacional e diga que tem bônus de muitas prisões ainda, pois na Itália decretaram 800 prisões na Operação Mãos Limpas? Onde um procurador da República tem a ousadia de confessar que a prisão é uma forma de obter a delação e que, mesmo assim, nada tenha sido feito contra ele?

Queremos um país em que o Ministério Público e a Polícia Federal incentivem a espetacularização do processo penal ao promoverem coletivas de imprensa a cada fase da operação, com exposição cruel, desumana, desnecessária e ilegal das pessoas investigadas?

Queremos um país no qual a acareação entre delatores seja permitida sem que um ou outro seja preso ou perca os benefícios da colaboração premiada? Ora, se foi necessária a acareação, significa que um dos delatores mentiu e que a verdade, a base de toda delação, tem que ser restabelecida. A acareação significa, portanto, que nem o próprio Ministério Público acredita na versão que sustenta a acusação.

Que país queremos? Um país em que a delação seja feita, na maioria das vezes, sob absurda pressão, sem prestigiar o ato voluntário previsto na lei? Um país no qual o processo penal esteja sendo levado a efeito sem que o advogado tenha o direito mínimo de conhecer a plenitude das provas? Até mesmo com a criminalização da defesa, como se esta fosse um mal necessário?

Fica a reflexão: que país queremos que saia desse oportuno confronto? Um país com a preservação das garantias individuais e dos direitos constitucionais? Com o devido processo legal como regra das ações da Polícia Federal, do Ministério Público e do Poder Judiciário?

Um país com o princípio constitucional da ampla defesa efetivamente garantido, e não sob o prisma formal? Com o respeito ao direito de não exposição do investigado e de não condenação prévia?

Queremos um país sem heróis, mas onde se cumpram as leis e a Carta? Um país unido, onde as pessoas saibam que hão de se combater as mazelas e que a forma de combatê-las é o que distingue um país civilizado da barbárie institucionalizada? Eu quero o bom combate!

Como diria Fernando Pessoa, "arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo?".

ANTÔNIO CARLOS DE ALMEIDA CASTRO, o Kakay, 57, é advogado criminalista. Defendeu Alberto Youssef na Operação Lava Jato

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

DIA DO ADVOGADO VIRA ATO PELA DEMOCRACIA E CONTRA GOLPE!



DIA DO ADVOGADO

Ato no Largo São Francisco marca defesa do Estado de direito

Data também foi mote de jantar promovido por Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada, para o qual convidou ministros do STF, presidentes de tribunais e o presidente da OAB, entre outros
por Eduardo Maretti, da RBA
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© ERNESTO RODRIGUES/FOLHAPRESS
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Aula pública no Largo S. Francisco também foi marcada por vigília pela defesa da normalidade democrática
São Paulo – A Frente #TodosPelaDemocracia realizou na noite de ontem, diante da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), no Largo São Francisco, no centro da capital paulista, uma “Aula Magna pública sobre Democracia”. Participaram inúmeros representantes de movimentos sociais, juristas, advogados, militantes partidários e sem partido, sindicatos, centrais sindicais (CUT e CTB) e coletivos. A reunião, aberta ao público na calçada em frente à faculdade, foi realizada em comemoração ao Dia do Advogado. A data marca 188 anos da fundação da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em 11 de agosto de 1827.
Os oradores usaram a efeméride para fazer a defesa do Estado democrático de direito, ameaçado pelo que consideram articulações golpistas disfarçadas de legalidade. “Eles não querem aceitar o jogo democrático, querem dar um golpe travestido com o nome de impeachment. Não aceitam a derrota nas urnas”, disse o presidente do Sindicato dos Advogados de São Paulo, Aldimar de Assis,
O presidente do diretório paulistano do PCdoB, Jamil Murad, afirmou que a reunião no centro de São Paulo foi suprapartidária. A frente, disse, aglutinou representantes da sociedade civil comprometidos com a democracia em oposição a “golpistas que se articulam para derrubar a presidenta legitimamente eleita”. “Faz mais de um ano que procuram um motivo (para inviabilizar o governo e a reeleição de Dilma) e não acham.”
A presidenta da União Estadual dos Estudantes (UEE) de São Paulo, Flavia Stefanny, disse que as pessoas se esquecem o que foi o movimento de 1964. “A gente sabe quantos companheiros morreram para que a gente possa fazer essa manifestação em praça pública. Nós não temos medo da ofensiva que estão fazendo. Nossa resposta vai ser mais gente na rua.”
A data também foi o mote de jantar promovido pela presidenta Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada, na noite de ontem, para o qual convidou os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal, os presidentes de tribunais, o presidente da OAB, Marcus Vinícius Furtado Coêlho, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, e outros operadores do Direito.
Segundo a Agência Brasil, compareceram ao jantar o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e os ministros do Supremo Ricardo Lewandowski (presidente da corte), Luis Roberto Barroso, Rosa Weber e Edson Fachin. Participaram do jantar o vice-presidente da República, Michel Temer, e Cardozo.
No Largo São Francisco, a estudante Ana Lidia Cavalli, ligada ao Centro Acadêmico 11 de Agosto, se manifestou para falar que a sociedade civil “não está feliz com o ajuste fiscal”, mas que os movimentos sociais estão se mobilizando contra “quem está organizando o impeachment” de Dilma Rousseff.
“Esse é um momento que exige muita unidade e muita força. O que a direita quer não é acabar com a corrupção, é acabar com um projeto de 30 anos de construção de esquerda”, disse Diego Pandullo, do coletivo Contraponto.
A ativista Carmem Silva Ferreira, da Frente de Luta por Moradia (FLM), declarou: “Democracia é o que a gente está fazendo aqui. Querem romper um projeto popular, o nosso projeto por qualidade de vida, pelo Minha Casa Minha Vida. Não vamos aceitar golpe. Nós somos a maioria e não podemos deixar isso (um golpe) acontecer. Nós somos mais de 50 milhões de pessoas que votaram (em Dilma)”.
http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2015/08/ato-no-largo-sao-francisco-marca-defesa-do-estado-democratico-de-direito-490.html

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

QUEM DENUNCIA PETISTA É SOLTO; QUEM ENTREGA O PSDB, FICA PRESO

terça-feira, 18 de novembro de 2014

ADVOGADO DO DOLEIRO É FUNCIONÁRIO DO PSDB: TUDO DOMINADO!

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

AMIGO DE GILMAR MENDES RIDICULARIZA A INCOMPETÊNCIA DE JOAQUIM BARBOSA

O prato frio da vingança de Gilmar Mendes?

6 de agosto de 2014 | 10:12 Autor: Fernando Brito

Se alguém não sabe  quem é Marcio Chaer, editor do site Consultor Jurídico, transcrevo abaixo a descrição que faz dele o jornalista Rubem Valente, da Folha, autor do livro “Operação Banqueiro”:
Chaer tem ou teve como clientes de suas empresas alguns dos principais escritórios de advocacia do país, muitos dos quais receberam recursos da companhia telefônica Brasil Telecom na época em que ela era comandada por pessoas indicadas pelo grupo Opportunity. Márcio Chaer é amigo íntimo do ministro do Supremo Gilmar Mendes, devidamente referido em meu livro.
Dito isso, ficamos livres para pensar que o artigo publicado por Marcio Chaer, ontem, insinuando de maneira nada indireta que o ex-Ministro Joaquim Barbosa é, em matéria de conhecimento jurídico, algo próximo do nada, possa ter uma espécie de identidade de avaliação de Gilmar Mendes, pelo intenso convívio de ambos,   mesmo que não  uma “coautoria espiritual”.
Diz de Joaquim o amigo de Gilmar:
(…)cada voto era um suplício. Até a leitura da decisão, preparada pela assessoria, a coisa ia bem. Mas quando chegava a hora dos costumeiros questionamentos dos demais ministros ao relator, complicava. Atônito, sem respostas, ele se punha a reler o voto — que não contemplava a informação solicitada. Uma nova pergunta se seguia de nova leitura do voto.
Até que um ou outro colega mais paciente, ou menos cruel, passou a vir em seu socorro. “Vossa Excelência, então, quanto à preliminar suscitada, acolhe os embargos, certo?” Ao que Joaquim murmurava algo em sentido positivo. Outro completava: “Quanto ao mérito, o relator considera prejudicado o pedido, é isso?”. Com uma variação ou outra, os votos iam sendo acochambrados até se dar formato a uma decisão inteligível ou minimamente satisfatória.
Chaer descreve que, numa roda de ministros,  alguém comentou, jocosamente:
“Olha o que ouvi agora: sugeriram ao Joaquim mostrar sua contribuição técnica no Supremo”. E todos caíram na risada.”
Não tenho, é claro, elementos para julgar com tanta severidade as luzes jurídicas de Barbosa e muito menos duvido que Chaer, que frequenta aqueles tapetes há anos, possa de fato não estar distante do juízo que fazem dele os demais ministros.
Mas há, no texto, duas coisas gravíssimas.
A primeira é a afirmação de que a Ação Penal 470 foi o tablado em que Joaquim Barbosa fez sua exibição de poder ante seus próprios pares, criando um clima em que divergir dele seria ser conduzido ao “matadouro” diante da mídia e da opinião pública por ela insuflada.
“As poucas vozes que ousaram “chutar a santa” canonizada pela opinião pública, sedenta de vingança contra a comunidade política em geral e contra o PT em particular, enfrentaram o risco aventado por Nelson Rodrigues e as vaias da plateia.”
Boa razão para a frase do Ministro Luiz Roberto Barroso, logo em suas primeiras manifestações no STF:
“Não estou almejando ser manchete favorável. Sou um juiz constitucional, me pauto pelo que acho certo ou correto. O que vai sair no jornal no dia seguinte, não me preocupa”. “Eu cumpro o meu dever. Se a decisão for contra a opinião pública é porque este é o papel de uma Corte constitucional”
Mas, para os demais, uma vergonha em acompanhar situações que só recebiam a desabrida defesa de quem, por razões políticas, simpatizava com os atropelos de Joaquim Barbosa, como o próprio Ministro Gilmar Mendes e o “ministro” Merval Pereira.
O segundo fato grave está bem lá em cima, antes de iniciar-se o artigo: a data.
Dias após a aposentadoria de Joaquim Barbosa, torna-se meramente vingança covarde fazer aquilo  que seria, antes,  um ato de informar a população e a comunidade jurídica de algo da maior gravidade – um ministro ser incapaz tecnicamente na avaliação de seus próprios colegas e estar usando uma ação penal como instrumento de sua afirmação em um tribunal que o desprezava.
Assim é que Joaquim Barbosa tornou-se, ele próprio, alvo das vilanias que praticou e até de seus próprios arroubos, como aquele em que perguntou a Gilmar Mendes se estava falando “com os seus capangas lá do Mato Grosso”.
Não, não estava.
Até porque os capangas do Mato Grosso, mesmo pacientes em suas tocaias, usam outras armas e não têm tanta paciência para esperar.
http://tijolaco.com.br/blog/?p=19801

quinta-feira, 12 de junho de 2014

CONSCIÊNCIA JURÍDICA REPUDIA SHOW "DEGRADANTE" DE JOAQUIM BARBOSA