247 - O ministro Celso de Mello, decano do Supremo
Tribunal Federal, falou a apenas uma jornalista,
com exclusividade, antes da decisão sobre a
admissibilidade dos embargos infringentes. Foi
Mariângela Galucci, do Estado de S. Paulo, quem o
entrevistou e publicou uma reportagem especial
neste domingo (leia aqui a íntegra).
A ela, o decano afirmou não se sentir pressionado.
"Absolutamente não. Eu leio o noticiário e,
a despeito do que se fala, não sinto nenhum tipo
de pressão", afirmou, em entrevista por telefone.
"Após 45 anos, seja como promotor ou juiz, é uma
experiência que você tem e supera tranquilamente."
A chicana do ministro Joaquim Barbosa, que o impediu
de votar na última quinta-feira, não o abalou.
"O adiamento da sessão, longe de significar qualquer
possibilidade de pressão externa, aprofundou ainda
mais minha convicção", afirmou o ministro, sinalizando
que o tiro do presidente do STF pode ter saído pela culatra.
Em 2 de agosto do ano passado, Celso de Mello se
pronunciou de forma enfática, na própria Ação Penal 470,
em defesa dos embargos infringentes. Segundo ele,
sua convicção se aprofundou. "O que acho importante é
que tenho a minha convicção. Aprofundei-a muito.
Li todas as razões das diferentes posições. E cada vez
mais estou convencido de que fiz a opção correta."
Embora não tenha antecipado seu voto, parece claro
que ele aceitará os recursos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários são bem-vindos, desde que não contenham expressões ofensivas ou chulas, nem atentem contra as leis vigentes no Brasil sobre a honra e imagem de pessoas e instituições.