SINDICÂNCIA CONCLUI QUE NÃO HOUVE
FRAUDE DA CPI
Comissão de sindicância instalada no Senado para
apurar manipulação de depoimentos prestados à
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da
Petrobras, conforme afirmou a revista Veja, concluiu
que "não houve qualquer indício de vazamento de
informações privilegiadas, de documentos internos"
e decidiu arquivar o processo.
12 DE SETEMBRO DE 2014 ÀS 14:27
Karine Melo - Repórter da Agência Brasil
A comissão de sindicância instalada no Senado para apurar denúncia publicada pela revista Veja de manipulação dos depoimentos prestados à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras concluiu que "não houve qualquer indício de vazamento de informações privilegiadas, de documentos internos" e decidiu arquivar o processo.
Segundo a revista, a presidenta da estatal, Graça Foster; o ex-presidente José Sergio Gabrielli e o ex-diretor da Área Internacional Nestor
Cerveró "tiveram acesso antecipado" e foram treinados para
responder perguntas dos senadores que investigam a existência
de irregularidades na Petrobras.
A nota da Assessoria de Imprensa da Casa informa ainda que a
comissão de sindicância funcionou por 37 dias, tomou 14
depoimentos, investigou as caixas-postais de correio eletrônico
dos envolvidos, verificou o controle de acesso aos arquivos
eletrônicos confidenciais, examinou os documentos consultados
nas reuniões da CPI e analisou os vídeos dos depoimentos, por
diferentes câmeras, bem como o vídeo que originalmente
fundamentou a denúncia.
Entre as pessoas ouvidas pela sindicância está Paulo Argenta,
assessor especial do ministro da Secretaria de Relações
Institucionais, Ricardo Berzoini, além de três funcionários da
Petrobras: o chefe do escritório em Brasília, José Eduardo
Barrocas; o advogado Bruno Ferreira e o chefe do Departamento
Jurídico do escritório em Brasília, Leonan Calderaro Filho. Eles
aparecem em um vídeo, mostrado por Veja, conversando sobre
as perguntas que seriam formuladas.
A solicitação de abertura de sindicância foi feita pelo presidente
da CPI da Petrobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB). À época –
no ofício encaminhado ao presidente da Casa, senador Renan
Calheiros, e o ao diretor-geral, Luiz Fernando Bandeira de Mello –,
ele pediu a "instauração de sindicância com a finalidade de apurar
a ocorrência de irregularidade administrativa".
O senador também pediu investigação pela Polícia Federal. Três
servidores de carreira do Senado foram designados, pela Diretoria-
Geral da Casa, para fazer parte da comissão de sindicância: o
consultor legislativo especialista em direito penal Tiago Ivo Odon,
o analista da Secretaria-Geral da Mesa e especialista em direito
eleitoral Marcelo Inácio de Aranha Menezes e o analista da primeira-
secretaria, especialista em direito legislativo e processual, José
Mendonça de Araújo Filho.
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