Não o conheço pessoalmente, mas leio suas matérias há vários anos. Aqui na Holanda, e como não entendo o dutch, compro diariamente jornais e revistas em francês, espanhol, inglês, idiomas que domino. Marianne me traduz o que vejo em holandês e alemão, um pouco de sueco e dinamarquês, que ela conhece.
Ël País"tem dado uma excelente cobertura ao Brasil, sem preconceitos. Elogiou Lula, criticou Lula, criticou Fernando Henrique e Serra, etc. Muito melhor do que qualquer jornal brasileiro que eu conheça.
Quando o Rei Juan Carlos foi grosseiro com o presidente Hugo Chávez, numa reunião no Chile, a imprensa brasileira inteira, total, unânime, ficou de joelhos perante o trono. Viva meu Rei!
E pau no nosso vizinho, parceiro e mulato Hugo Chávez! Guardo nos meus arquivos a maior demonstração de colonialismo cultural que jamais assisti. Posso provar.
Atenção: isso jamais foi publicado pela mídia brasileira: o Rei Juan Carlos acabava de chegar de uma visita a uma ex-colônia espanhola na África, onde foi vaiado e quase agredido. A polícia local teve que agredir manifestantes.
Dentro da Espanha, o Rei teve cartazes e bandeiras da Realeza queimadas, e arrancadas de cidades que ele pretendia visitar.
Na semana que ele veio o Chile, sua filha anunciou que estave se divorciando. Este foi o ponto máximo de emocão de Sua Majestade, porque o genro queria parte da fortuna da Princesa, entrou na Justiça (lógico que um acordo de alguns bilhões resolve as mágoas...).
Tudo isso precedeu a frase "Por qué no te callas?"
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