sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O REI DO ESGOTO NA DESCICLOPÉDIA

O site humorístico www.desciclo.pedia.ws é uma sátira da wikipédia.com, um dos sites mais buscados da internet, já que traz tópicos sobre todos os assuntos, elaborados pelos próprios visitantes. Neste texto (do qual publico apenas uma pequena parte) o blogueiro da veja, conhecido como "Rei do Esgoto" por suas baixarias e ofensas, é tratado como merece: uma piada infame que ocupa espaço na mídia antiga brasileira.

Vejam se não é engraçado, leiam o restante no site original, e notem que, apesar do humor, 90% do que está escrito abaixo é verdade!



Reinaldo "Tio Rei" Azevedo nasceu na cidade de Doscórgos (pronuncia-se "dois córregos", o que significa, em Língua Portuguesa, "par de pequenos rios com fluxo de água bastante tênue" ou "par de ribeiros de pequeno caudal"). Tal fato é negado peremptoriamente por todos habitantes decentes desta desconhecida cidade do mal estado de São Paulo. É filho de dona Sméagol Gollum Azevedo, uma beldade hobbit de quem herdou a beleza física, e de E. T. de Varginha Azevedo. É irmão quase-gêmeo-univitelino-cara-de-um-bunda-doutro de Quico Villagrán, conhecido menino mimado e amigo do Chaves. Os irmãos foram separados ainda pequenos quando a Universidade Nacional do México resolveu estudar as mutações genéticas induzidas pelo consumo excessivo de pamonhas de Piracicaba em Doscórgos. Foi com Tio Rei que Quico Villagrán aprendeu a xingar os outros de "petralha! petralha!" (no sotaque mexicano soa como "gentalha! gentalha!").

Desde criança Tio Rei sentiu que era uma pessoa diferente pois não se interessava pelas brincadeiras imbecis dos moleques de rua. Entre jogar bolar e ler um livro, preferia brincar de boneca com as meninas da rua.

Aos nove anos sua vida mudou. Os estudos de catecismo na sacristia com o padre Manuelzão fizeram com que descobrisse o amor divino em sua plenitude. A experiência foi tão marcante que o jovem Reinaldo ficou uma semana sem poder sentar-se. Desde então, é fielmente Católico.

Aos 12 anos, sensibilizou-se ao ler o clássico "O Jovem Toerless" ("Die Verwirrungen des Zöglings Törleß") de Robert Musil. Ao ler as agruras do personagem Bassini teve a primeira ereção que ele escondeu colocando o livro na frente das calças enquanto a bibliotecária enrubecia pensando que aquilo era por ele ter olhado as pernas dela. A partir de então decidiu dedicar a sua vida às artes da literatura e do teatro gay da praça da República em São Paulo, capitá. Como homenagem, ao iniciar seu blog no site da VEJA, mantinha sempre um texto esclarecedor para os entendidos copiado d'"O Homem sem Qualidades" ("Der Mann ohne Eigenschaften"), também do Robert Musil.

Deixou sua cidade natal aos 17 anos para estudar na capitá São Paulo. Influenciada pelo seu mais famigerado habitante, Doscórgos criou um concurso literário famoso em todo o Brasil pela indiscutível qualidade artística de seus concorrentes.

Tio Rei entrou no curso de letras da USP onde, em uma classe composta somente por mulheres, destacou-se por ser o único com careca precoce. Fez sucesso entre as mulheres do curso como exemplo daquele "sujeito que eu nunca xavecaria mesmo sendo o único do sexo masculino na minha turma".

Reinaldo Azevedo mostra o tamanho ideal para aquilo que ele gosta de esconder.

A vida do estudante pobre do interior na cidade grande revelou-se difícil. Para se sustentar, Reinaldo Azevedo tentou sem sucesso trabalhar como michê e em shows eróticos de boates gays. As coisas melhoraram quando com o lançamento do filme E.T. passou a ser convidado para representar o personagem principal em espetáculos ao ar livre na praça da Sé. Foi nesta época, influenciado por marreteiros, trombadinhas e putas de rua que se decidiu tornar corintiano.

Durante sua vida estudantil, flertou brevemente com o trotsquismo do grupo estudantil Libelu. Deixou o esquerdismo decepcionado depois que aquele bofe lindo não lhe deu bola. Desde então passou a ser um ferrenho defensor da ideologia política de quem pagar o maior salário.

Reinaldo Azevedo, apesar da aparência, é um terráqueo.

Depois de se formar em letras, Reinaldo estudou jornalismo na Universidade Metodista com o objetivo de conhecer mais pessoas do sexo masculino. Logo se decepcionou, mas ainda ficou conhecido nas assembleias estudantis por começar discursando a favor do status quo e no final, todo mijado, defender os ensinamentos do Livro Vermelho de Mao.

Enquanto estudava jornalismo, Tio Rei trabalhou como professor no colégio Anglo. Conta-se que era professor de Português, embora nenhum de seus alunos tenha nascido em Portugal. Suas aulas ficaram famosas pela motivação que dava aos alunos: estes, logo que saíam de suas aulas, escreviam longas redações nas portas dos banheiros dizendo o que sentiam pelo professor que chamavam de "tia Rei".

A seguir, a vida pessoal de Reinaldo Azevedo deu uma virada de 180 graus, quando ele deixou de ficar fisicamente de quatro e casou-se, para surpresa de todos, com uma ... mulher. Entrou no armário, trancou a porta com cadeado, engoliu a chave e, lá de dentro, começou a xingar todos os desafetos de "ratos de sauna". Então descobriu-se com sangue de gaúcho, pois apesar de ter dado muito, embora menos do que desejasse, era muito macho. Passou por experiências extremamente desagradáveis e traumatizantes quando resolveu ter filhos e não pode pagar pela inseminação artificial de sua esposa, tendo que optar pelos tradicionais métodos naturais.

No jornalismo, começou a carreira profissional como repórter da Folha, mas de tão puxa-saco que era, logo o mandaram para cobrir Brasília. Sempre afável com os poderosos, Tio Rei conseguiu se tornar amiguinho do Mendonção (ui!), aliás, Luis Carlos Mendonça de Barros, na época, ministro do então imperador do Brasil, Fernando II, o Boca de Caçapa. Tornou-se editor-chefe das revistas do seu amiguinho Mendonção(ui!): a "Bravo!", que falava de cultura e a "República", puxa-saquismo político-partidário, uma espécie de "Caros Amigos" do PSDB. Depois de algum tempo, o "amigão" Mendonção(ui!) vendeu-lhe a revista "República" com a garantia de farta verba publicitária a ser repassada pelo governo do PSDB do mal estado de São Paulo. Reinaldo mudou o nome da revista para o muito apropriado "Primeira Leitura", já que ninguém quis fazer uma segunda leitura da revista. Atingiu então o ápice da vida profissional como editor-jornalista-repórter-empresário-senhor absoluto de holerites e contra-cheques. Seu maior prazer nesta época era recusar os pedidos de empregos de ex-colegas de trabalho desempregados. Imprimiu à revista "Primeira (e última) Leitura" um forte tom crítico e imparcial pró-PSDB demonstrando em seus artigos como a atividade empresarial livre é a base das liberdades democráticas, dos bons costumes e da Civilização Ocidental. Em uma campanha famosa convenceu seus 91 assinantes de que se aquele petralha nojento e apedeuta assumisse o governo do Brasil, a inflação chegaria a 1.449,347820 % ao mês e todos teriam que abandonar seus apartamentos na Vieira Souto para viver na comuna popular da Cidade de Deus.

A revista "Primeira (e última) Leitura", graças ao seu conteúdo diferenciado e ao tino empresarial de seu editor-jornalista-repórter-empresário-senhor supremo Reinaldo Azevedo foi um grande sucesso empresarial. Sob sua gestão, a quantidade de assinantes aumentou exatos 535,7142857142857142% passando de 14 para 89. O lucro exorbitante foi garantido pela propaganda de empresas como o banco estadual Nossa Caixa (o "nossa" nesta palavra é sempre seja excludente, isto é, não inclui você, leitor; a "nossa" é "deles") cujo departamento de marketing elegeu a revista "Primeira (e última) Leitura" como o veículo principal para se comunicar com os segmentos populares que moram Jardim Ângela e compram fogão em 120 prestações mensais sem juros nas Casas Bahia. Segundo dizem as revistas de fofocas e os rumores dos salões de cabelereiras e termas de São Paulo, o amiguinho Mendonção(ui!) foi trocado nesta época pelo acunpunturista-governador de São Paulo e sócio-atleta da Opus Dei, Geraldo Alckmin. Entretanto, a inveja, o mau-caráter, a falta de escrúpulos fizeram com que os jornalistas petralhas daFolha de São Paulo dedurassem a próspera e desinteressada associação comercial entre a "Primeira (e última) Leitura" e o banco Nossa Caixa. Isto obrigou o acupunturista-governadorGeraldo Alckmin a cancelar as verbas publicitárias da Nossa Caixa, asfixiando assim o fluxo de caixa da próspera empresa de Reinaldo Azevedo e rompendo traiçoeiramente os acordos de sangue firmados pelo Mendonção(ui!).

Ao perder a garantia de verbas publicitárias da Nossa Caixa, Reinaldo Azevedo não culpou a falta de colaboração do PSDB nem julgou mal o negócio que lhe foi passado com garantias de lucro pelo "amigão" Mendonção(ui!). Logo tentou um teste para ser dublê do seu irmão "Quico" no seriado Chaves, mas foi recusado por não ser tão belo quanto o original. Consciente de que, ao contrário da Mônica Veloso, não receberia uma proposta da Playboy, Sexy, G Magazine ou mesmo do Globo Rural para posar exibindo seus portentosos atributos físicos, Reinaldo percebeu que sempre haverá lugar no mercado lugar para um jornalista que saiba vender o seu trabalho. Pediu emprego no grupo Abril que então passava por uma mudança editorial chefiada por Eurípedes Alcântara, notável jornalista científico que se distinguiu ao divulgar no Brasil a surpreendente combinação de genes do boi e do tomate, o famoso boimate (bem, isto não é piada...).

A sempre benevolente editora Abril da famiglia Civita comprou as revistas do "Tio Rei", mas fechou a "Primeira Leitura" para economizar papel).

"Tio Rei" assumiu o posto de pit bull antipetralha na revista Veja capaz de dizer corajosamente tudo o que o patrão pensa mas não tem coragem de falar. O seu blog tornou-se famoso pela quantidade e qualidade dos comentaristas, inclusive alguns que editam do mesmo computador utilizado por Reinaldo Azevedo.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os comentários são bem-vindos, desde que não contenham expressões ofensivas ou chulas, nem atentem contra as leis vigentes no Brasil sobre a honra e imagem de pessoas e instituições.