A revista IstoÉ, em sua edição 2151, traz reveladora matéria sob o título "Os detetives de Alckmin". Assinada por Alan Rodrigues, a reportagem mostra mais detalhes da briga de foice dentro do PSDB e das oposições, especialmente as medidas que o governador Alckmin toma para desconstruir o que resta da liderança de José Serra.
Conheço bem Geraldo Alckmin (fomos companheiros no MDB-PMDB, e dirigimos o partido ao mesmo tempo em Pindamonhangaba e Taubaté), e afirmo há tempos que ele e seu grupo não perdoam as traições e perseguições de Serra. Quando Alckmin disputou a Prefeitura da capital paulista, o então governador Serra o traiu vergonhosamente, apoiando o candidato de outro partido, o poste Gilberto Kassab. Depois tentou atrair Geraldinho com um importante cargo no seu governo, como se Alckmin fosse um desses políticos que se acomodam com um emprego.
Serra enganou-se (também) com Alckmin, e agora está tendo o troco. Se depender de Alckmin e de Aécio Neves (os dois tucanos com mais votos, isto é, força) Serra deixou de ser figura nacional: terá sempre uma vaga para disputar a vereança ou até um mandato no Congresso. E tá bom demais.
Se o ex-governador paulista José Serra tivesse como sucessor um adversário de partido, talvez sua vida hoje fosse mais tranquila. Apesar das juras públicas de mútua admiração, Serra e o atual governador Geraldo Alckmin, ambos do PSDB, são, no mínimo, “desafetos”, como se costuma chamar dois tucanos que não se suportam. Serra não perdoa Alckmin, que não perdoa Serra. Pelo lado do ex-governador, pesa na conta negativa a candidatura à Presidência da República que Alckmin assegurou em 2006, tomando sua frente. Pelo lado de Alckmin, o passivo passa pelo apoio que lhe faltou na candidatura à prefeitura da capital, em 2008, quando Gilberto Kassab, do DEM, catalisou as simpatias serristas. Mais do que isso, o atual governador e seus correligionários ainda amargam o desprezo com que teriam sido tratados depois que Serra sucedeu Alckmin em 2006, anunciando revisão de contratos, suspensão de projetos e caça a funcionários fantasmas. A auditoria jamais foi divulgada. Agora vem o troco.
Logo depois da posse, sem alterar seu estilo manso de político interiorano, Alckmin ordenou a sua equipe que investigasse todos os contratos diretos e indiretos da administração Serra (2007-2010). A operação pente-fino foi entregue à chefia de Vicente Falconi, do Instituto de Desenvolvimento Gerencial (Indg), um especialista indicado pelo senador mineiro Aécio Neves. Sua missão é virar pelo avesso os contratos, concorrências e licitações, principalmente de obras, foco de denúncias nunca comprovadas de superfaturamento e tráfico de influência no governo Serra. Para a plateia, Alckmin justifica q
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