Rendimento médio do trabalhador é o maior desde 2003
PUBLICIDADE
DE SÃO PAULO E RIO
O IBGE revelou que o rendimento do trabalhador atingiu em 2010 o seu maior patamar dos últimos sete anos. A cifra de R$ 1.490,61, a média calculada para todo o ano passado, representa um ganho de 3,8% em relação a 2009 e de 19% desde 2003.
Veja a página de classificados de empregos
Desemprego em 2010 fica em 6,7%, menor taxa desde 2002
Desemprego no país fecha 2010 em 10,1%, segundo Seade/Dieese
Para Cimar Azeredo Pereira, gerente de pesquisa do instituto, a inflação maior no ano passado inibiu uma expansão maior da renda neste ano, já que era esperada por economistas uma recuperação maior após a crise.
"A inflação tem certamente um peso no progresso do rendimento mais tímido do que o esperado", disse ele.
Em 2010, a inflação estimada foi de 5,91% (maior alta desde 2004), conforme a leitura do IPCA, também calculado pelo IBGE. Desde 2003, a inflação acumulada foi de 44% (de dezembro a dezembro).
A massa de rendimento real dos trabalhadores ocupados atingiu a cifra de R$ 34,5 bilhões em dezembro, em um número 0,5% abaixo do resultado de novembro, mas é quase 10% superior À cifra registrada em dezembro de 2009.
DESOCUPADOS
A massa de trabalhadores desocupados foi calculada em 1,6 milhão, em média, para o ano de 2010. O número é 15% inferior à cifra registrada em 2009 e retoma uma tendência de queda registrada em 2008 e 2009. Em relação a 2003, quando foram estimados 2,6 milhões de desocupados, houve um decréscimo de 39% nos últimos sete anos. Em outros termos, 1 milhão de pessoas saíram da condição de desocupados.
Já a ocupação cresceu 2,9% em dezembro ante o mesmo mês de 2009 e totalizou 22,5 milhões de pessoas. Já o contingente de desempregados caiu 8% em relação a novembro e 21,4% na comparação com dezembro do ano anterior e fechou o ano passado em 1,3 milhão de pessoas.
Na média de 2010, a ocupação subiu 3,5%, contra uma queda de 15% do número de desempregados. O emprego com carteira aumentou 8,1% em dezembro ante o mesmo mês de 2009.
Com esse cenário, houve uma formalização do mercado de trabalho em 2010, que passou a contar com 46,3% de empregados formais no setor privado, ante 44,7% em 2009. Trata-se da maior proporção da série histórica do IBGE.
E o rendimento teve queda de 0,7% em dezembro ante novembro e encerrou o ano a R$ 1.515,10. Na comparação com dezembro de 2009, houve crescimento de 5,9%. Em 2010, a média ficou em R$ 1.490,61, com alta de 3,8% ante 2009. Trata-se da maior cifra registrada desde 2002.
FORMALIZAÇÃO
Um dos principais destaques do mercado de trabalho em 2010 foi o crescimento da formalização, segundo o gerente da pesquisa do IBGE, Cimar Azeredo Pereira. De 2009 para 2010, o total de trabalhadores com carteira assinada subiu 7,2%. Entre 2003 e 2010, a expansão acumulada ficou em 38,7%.
Nesse intervalo de tempo, mais do que dobrou o número de trabalhadores com carteira em Recife e Belo Horizonte. Em São Paulo, houve expansão de 39,2%.
Já o total de empregados por conta própria, informais em sua maioria, caiu de 20% em 2003 dos ocupados para 18,4% em 2010.
Para Azeredo Pereira, mesmo diante da crise, em 2009, o número de empregados com carteira continuou a crescer, apesar da freada na ocupação média (alta de apenas 0,7%, contra 3,5% em 2010).
Isso mostra que a formalização é um processo contínuo e está ligado à maior fiscalização do Ministério do Trabalho, à expansão da economia nos últimos anos e ao aumento da oferta de trabalho em setores mais formais.
+ CANAIS
O texto acima é da Folha de S. Paulo.
ResponderExcluir