Na próxima terça-feira (1º), o Brasil assume a presidência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Em fevereiro, o comando será brasileiro. O posto é rotativo e sempre ocupado por um dos 15 membros do órgão. Há anos, o Brasil tenta ocupar um assento permanente no conselho e defende sua reforma. Ao assumir o comando, o objetivo é ampliar os debates para as áreas de conflito nas regiões mais pobres do mundo.
As informações são confirmadas pelas Nações Unidas. No dia 11 de fevereiro, o Brasil promove um debate sobre as questões paz, segurança e desenvolvimento. O ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, deverá participar das discussões.
Na ONU, o Brasil é representado pela embaixadora Maria Luiza Ribeiro Viotti. De acordo com diplomatas que acompanham as discussões nas Nações Unidos, o momento é para observar com atenção o que ocorre no Kosovo, no Congo e em Guiné Bissau, além dos efeitos do plebiscito no Sudão.
O Conselho tem cinco membros permanentes - EUA, Rússia, Grã-Bretanha, França e China. Decisões mais graves do órgão, como sanções econômicas ou ações militares contra algum país só podem ser tomadas com nove votos, no mínimo, incluindo todos os votos dos membros permanentes. Ou seja: se um dos permanentes votar contra, ou se abstiver, a decisão estará automaticamente "vetada".
O que o Brasil pretende, há vários governos, é tornar-se um membro permanente de um Conselho ampliado, no qual entraraim também como permanentes um país emergente da Ásia, como a Índia, um da África como a África do Sul e, talvez, a Alemanha e o Japão, potências militares e políticas relevantes no mundo de hoje. Com mais vozes o Conselho seria mais representativo do que o atual, criado depois da II Guerra Mundial, numa conjuntura totalmente diferente.
Além dos problemas citados acima, que são objeto da atenção do Conselho, surge a rebelião no Egito, agora exigindo acompanhamento e apoio da comunidade internacional.