Paulo Emílio, Pernambuco 247 - A denúncia veiculada pelo
jornal Folha de São Paulo de que lideranças do PP e do Pros
teriam oferecido dinheiro para que o PROS-PE apoiasse o
PSB na disputa pelo Governo de Pernambuco virou uma briga
que parece longe de terminar. Após o candidato socialista
Paulo Câmara conseguir obter, na última sexta-feira (25),
uma liminar determinando que o jornal publique em até
48 horas o direito de resposta e a retirada da matéria com
as denúncias do seu site, a Folha de São Paulo anunciou,
neste sábado, que irá recorrer da decisão do desembargador
José Ivo de Paula Guimarães, do Tribunal Regional Eleitoral
de Pernambuco (TRE-PE).
As denúncias veiculadas pela Folha, na última quarta-feira,
foram feitas pelo deputado federal José Augusto Maia
(Pros-PE). Segundo o parlamentar, que exerceu o cargo de
presidente da legenda em Pernambuco, o líder do PP na
Câmara Federal, Eduardo da Fonte, e o presidente nacional
do Pros, Eurípedes Júnior, teriam oferecido dinheiro para
que o Pros pernambucano apoiasse a postulação de Paulo
Câmara – cuja coligação conta com 21 partidos – e não
a candidatura de Armando Monteiro Neto (PTB).
A denúncia atingiu em cheio a campanha de Câmara que
ingressou com uma ação na Justiça pedindo direito de
resposta a retirada da matéria do site do jornal. A decisão
judicial favorável a Câmara saiu nesta sexta-feira e o jornal
entrou com uma medida cautelar junto ao Plenário do TRE-PE
para tentar conseguir um efeito suspensivo.
Em sua decisão, o juiz José Ivo de Paula Guimarães,
considerou que a publicação divulgou "matéria de conteúdo
calunioso, difamatório e injurioso que atinge o representado,
apesar de o denunciante ter asseverado não ter provas de
suas afirmações" .
"É uma decisão que comete uma grave inversão de valor. A
Justiça Eleitoral, em vez de apurar o conteúdo da informação
jornalística, que é grave, prefere exercer um ato que equivale
a um ato de censura", afirmou o advogado da Folha de São
Paulo, Luís Francisco Carvalho Filho. "O candidato nem é
acusado de nada na matéria, portanto não há nenhuma
referência ofensiva a ele, razão pela qual esse pedido de
resposta é absolutamente descabido. O jornal cumpriu o
dever de transmitir uma informação de interesse público e
a concessão do direito de resposta ao candidato viola a
Constituição brasileira”, disse.
"Não entendemos como censura, de forma alguma. O jornal
pode divulgar o que bem entender, tem liberdade de
expressão. Mas também é legítimo ao candidato fazer esse
pedido", disse ao jornal o coordenador jurídico da campanha
de Câmara, Carlos Neves Filho.
http://www.brasil247.com/pt/247/pernambuco247/
148079/Den%C3%BAncia-de-propina-vira-guerra-entre-
PSB-e-Folha.htm
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários são bem-vindos, desde que não contenham expressões ofensivas ou chulas, nem atentem contra as leis vigentes no Brasil sobre a honra e imagem de pessoas e instituições.