247 – A presidente Dilma Rousseff aproveitou a abertura do encontro
promovido pela ONG do ex-presidente americano Bill Clinton, nesta
segunda-feira 9, no Rio de Janeiro, para assinalar que a taxa de infla-
ção vai fechar 2013 "em patamar de estabilidade", assim como acon-
teceu em 2012. Dilma fez o destaque após Clinton, em entrevista ao
jornal O Globo, ter elogiado o desempenho da economia brasileira e
as atitudes da presidente frente as manifestações populares de ju-
nho.
Abaixo, notícias de 247 e da Agência Brasil:
247 – O presidente Barack Obama ganhou mais um adversário de
peso em relação à posição dos EUA de realizarem espionagem sobre
cidadãos, governos e empresas em diferentes partes do mundo, entre
as quais o Brasil. É ninguém menos que o ex-presidente Bill Clinton,
que está no Brasil para o primeiro encontro de sua ONG – a Fundação
Clinton Global Initiative – na América Latina.
"Não deveríamos levantar informação econômica sobre o pretexto da segurança", disse Clinton em entrevista ao jornal o Globo. No caso do
Brasil, o incômodo maior foi com o acompanhamento das conversas
telefônicas da presidente Rousseff. E também da Petrobras", reconhe-
ceu. "Não deveríamos levantar informação econômica sob o pretexto
de segurança. Não com um aliado".
Clinton elogiou a economia brasileira – "achei importante vir ao Brasil
pelo progresso que houve aqui" – e, também, a postura da presidente
Dilma Rousseff diante das manifestações de massa em junho deste
ano. "Tanto as manifestações quanto a maneira como o governo res-
pondeu a elas são, a longo prazo, indícios positivos", afirmou o ex-pre-
sidente.
Ele comparou as reações do presidente da Síria e da presidente brasi-
leira sobre as reivindicações populares. "O presidente Bashar al-Assad
enviou o exército e, de repente, tinha uma guerra civil com a qual li-
dar. A presidente Dilma Rousseff, por sua vez, disse 'vocês têm razão,
vamos tentar descobrir como resolver os problemas'", sublinhou Clinton.
Em um forte elogio às administrações do PT, Clinton foi enfático na
defesa dos programas de bolsas de estudo e financiamentos a alunos
carentes para cursarem o ensino superior. "Os governos Lula e Rousseff
tentam fazer algo que nós jamais tentamos: dar às universidades par-
ticulares incentivos fiscais proporcionais ao número de alunos de baixa-
renda. Isso funciona porque, por um lado, aumenta o número de matrí-
culas e, por outro, não incentiva o aumento das mensalidades.", ava-
liou o democrata.
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