domingo, 15 de dezembro de 2013

CHAVISMO GANHOU DE NOVO E VENEZUELA SUMIU DA GLOBO!

Max Altman: Notaram que o noticiário sobre a 

Venezuela desapareceu da grande imprensa?

15/12/2013 | Publicado por Renato Rovai 

Por Max Altman
Crucial vitória de Nicolás Maduro, do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e da 
Revolução Socialista Bolivariana; contundente derrota de Henrique Capriles, da MUD 
e dos setores golpistas de oposição; agora a atacar e resolver os problemas da econo-
mia e avançar nas conquistas sociais.
“Dedicaram-se, durante todo o ano de 2013 e, principalmente, após a morte de Chávez, 
a sabotar a economia, a sabotar o sistema elétrico, à desestabilização, ao caos, à guerra 
psicológica. Trataram de converter eleições municipais em plebiscito. E o que ocorreu: o 
triunfo da Revolução Socialista Bolivariana derrotou os planos golpistas da direita.”  Nico-
lás Maduro
Notaram, meus caros amigos e amigas, que o noticiário sobre a Venezuela desapareceu 
da grande imprensa quando antes do 8 de dezembro enchiam suas páginas vaticinando 
a ‘débâcle’ do governo Maduro pelos inúmeros enviados especiais e correspondentes?
Disseram que era um plebiscito e foram com tudo. Os oligarcas são sempre insolentes. Ain-
da mais se são apoiados pelos Estados Unidos. Contavam que o empurrão definitivo para 
derrocar Maduro viria com o 8 de dezembro. Estavam cuidando dessa tarefa fazia meses. Re-
marcação de preços de todos os produtos muito acima da inflação, provocando desespero 
na população, desabastecimento induzido, sabotagem elétrica, açambarcamento, inseguran-
ça. (E mais erros do próprio governo, que as manchetes gritantes dos jornais, rádios e televi-
são punham em evidência). O mesmo cenário que se havia preparado para Salvador Allende 
antes do golpe de 1973. Desde os Estados Unidos, Roger Noriega escreveu e descreveu a te-
se do colapso total, que seria arrematado oportunamente, quando a situação ficasse insusten-
tável, pelo exército norte-americano. Que a Venezuela tem demasiado petróleo. Parte importante 
da oposição estava de pleno acordo com esse roteiro. Por fim, o chavismo aniquilado. Fim do 
pesadelo. Malditos vermelhos.
Disseram que as eleições eram um plebiscito. E estavam disso plenamente convencidos. E o 
repetiram El País,  ABC,  El Mundo, Clarín, The New Yor Times, Newsweek, a CNN, Fox News, 
RAI, Excelsior, Miami Heral, Folha de S. Paulo, O Globo, TV Globo, o Estado de S. Paulo… Toda-
via eram apenas eleições municipais, com suas características próprias, conhecidas em todo 
o mundo político. Apresentavam-se candidatos a prefeito, vereador que iriam dar conta da pres-
tação de serviços, asfaltamento de ruas, tráfego, varrição de lixo …, coisas de município. Mas 
que importância tinha tudo isso? Para que perder a ocasião? Eram as primeiras eleições muni-
cipais sem Chávez. Disseram que eram mais que urnas municipais, que o chavismo sem Chá-
vez estava ferido de morte, que o ilegítimo e incompetente Maduro ganhara a presidencial por di-
ferença mínima e por meio de fraude, e que agora sim, agora teria que abandonar o Palácio Mira-
flores, por bem ou expulso pela força. Ah, se resistisse por que não envolto num saco de lona.
Porém eis o que o 
povo falou:
Fonte: www.aporrea
.org (Clique na ima-
gem para ampliá-la)
Comparecimento na-
cional de 58.92%. (Re-
corde nacional em 
eleições similares. Na Venezuela o voto não é obrigatório.)
1. As 335 prefeituras ficaram assim distribuídas:
242 (72,24%) para o PSUV e aliados;
75 (22,32%) para a MUD e aliados;
18 (5,44%) para independentes.
2. Das 40 cidades mais populosas, o PSUV ganhou em 30.
3. Das 25 capitais, o PSUV conquistou 15 e a MUD 10. Se a oposição venceu em Barinas, capital 
do estado Barinas, governado pelo irmão de Chávez, Adan Chávez – o que foi intensamente alar-
deado – a Revolução conquistou Los Teques, Guaicaipuro, estado Miranda, gobernado por Ca-
priles – o que foi escondido.
4. PSUV e aliados obtiveram um total nacional de 5.277.491 votos; a MUD e aliados, 4.423.897. Di-
ferença: 853.594 votos. (Cumpre lembrar que a diferença a favor de Maduro nas eleições presiden-
ciais foi de cerca de 230 mil votos ou 1,6%.).
5. Se levarmos em conta apenas os votos da Revolução e da Oposição teremos, respectivamente, 
54,40% e 46,60. (Vale destacar, por exemplo, que entre as agremiações políticas que concorreram independentemente está o Partido Comunista, firme aliado da Revolução, e que obteve 9 prefeituras, 
sendo 2 sem aliança, e cerca de 1,6% dos votos ou cerca de  175 mil votos. Se acrescentarmos so-
mente esses votos à Revolução, a diferença ultrapassa os 10 pontos percentuais.)
6. No Estado Miranda, governado pelo líder da oposição, Henrique Capriles, o Psuv e aliados obtive-
ram 560.826 votos (52,1%) contra 514.796 votos (47,9%)  da Mud e aliados.

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