Ato pró-Barbosa recolhe pedidos como
direito a armas e menos impostos
DE SÃO PAULO
Atualizado às 22h24.
O evento foi convocado por maçons e por uma entidade da sociedade civil
como um ato em apoio a Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribu-
nal Federal, pela condução do processo do mensalão. Mas não ficou nisso.
Os 29 manifestantes que compareceram ao Parque do Povo, em São Paulo,
bem como os visitantes do local, podiam registrar pedidos em filipetas dis-
tribuídas por um Papai Noel, que, entre uma badalada de sino e uma risada
forçada, suava debaixo da roupa vermelha. Já no início da manhã, a tempe-
ratura era de 27°C no Itaim Bibi, zona oeste.
Depositados em uma urna acrílica, os pedidos davam o tom do protesto:
foram solicitados "um país justo de impostos" e a Lei do Armamento, para
a "plena defesa do cidadão: poder portar armas".
Os papéis seriam todos encaminhados ao gabinete de Dilma Rousseff, infor-
mava, no megafone, o líder do ato, o empresário Joe Diwan.
Os organizadores do protesto ressaltaram que os visitantes do parque tive-
ram liberdade de escrever o que quisessem, e que os pedidos depositados
na urna não representam os ideais do movimento.
Um dos participantes sugeriu o seguinte: os políticos deveriam se fiar à lista
de reclamações do Procon para conhecer as necessidades do povo. "Estão
lá: celular e banco", disse Jose Chehembar.
Com faixas, cartazes e apitos- -e ladeado por quatro guardas-civis metropo-
litanos-- o grupo se postou no gramado central do parque para cantar o hi-
no nacional.
A associação envolvida no ato, Movimento Brasil Merece Mais, causou polêmi-
ca recente ao organizar uma rede de segurança privada em Higienópolis (cen-
tro), em que moradores podem "denunciar" a presença de algum "andarilho
ou pedinte" no bairro.
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