OPOSIÇÃO TEM DISCURSO PRONTO CONTRA ROSA
Caso ela transforme em réus três secretários do
governo de São Paulo, Edson Aparecido, José Aní-
bal e Rodrigo Garcia, será acusada de agir assim
por ter sido nomeada pela presidente Dilma Rous-
seff para o cargo
15 DE DEZEMBRO DE 2013 ÀS 08:00
SP 247 - Os tucanos de São Paulo já prepararam o discurso que
será usado, caso a ministra Rosa Weber transforme três secretá-
rios do governo estadual – Edson Aparecido, da Casa Civil, José
Aníbal, de Energia, e Rodrigo Garcia, do Desenvolvimento – em
réus no Supremo Tribunal Federal. Quem avisa é o jornalista Elio
Gaspari:
ROSA WEBER
Se as decisões da ministra Rosa Weber no caso do cartel das for-
Se as decisões da ministra Rosa Weber no caso do cartel das for-
necedores de equipamentos e de seus vínculos com os governos
do PSDB paulista contrariarem o tucanato, virá a grita de que foi a
doutora Dilma quem a nomeou.
Tudo bem, mas quem nomeou Joaquim Barbosa foi Lula.
Tudo bem, mas quem nomeou Joaquim Barbosa foi Lula.
Leia, abaixo, reportagem anterior do 247 sobre o caso:
DESTINO DE TUCANOS PAULISTAS RECAI SOBRE ROSA
Inquérito do escândalo Alstom-Siemens-PSDB-SP chega às mãos,
por sorteio, da ministra Rosa Weber, no Supremo Tribunal Federal;
ela poderá tornar réus os secretários do governador Geraldo Al-
ckmin (PSDB) Edson Aparecido e José Aníbal, e o deputado Arnaldo
Jardim, do PPS, caso acate a investigação encaminhada pela Justiça
Federal; esquema indica pagamento de propina a personagens do
primeiro escalão do partido; Alckmin, que disse nesta quinta-feira
ver "objetivo político" nas denúncias, irá manter seus homens de
confiança mesmo na condição de réus no Supremo?
12 DE DEZEMBRO DE 2013 ÀS 19:13
247 – Esta nas mãos da ministra Rosa Weber, do STF, o destino de
figurões do PSDB e da investigação sobre o escândalo de cartel e pro-
pina no metrô paulista envolvendo três governos tucanos. Ao todo,
são dez citados no inquérito encaminhado pela Justiça Federal e que
chegou hoje ao Supremo.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), demonstrou on-
tem que não pretende afastar seus secretários envolvidos no caso an-
tes de qualquer julgamento. "Não se pode agir sem ser justo. O que
nós precisamos é investigar", disse ele. Hoje, disse ver "objetivo po-
lítico" nas denúncias. Caso a denúncia seja acatada pelo STF, irá o go-
vernador manter seus homens de confiança na equipe, mesmo na con-
dição de réus?
Leia abaixo reportagem da Agência Brasil:
Inquérito que investiga cartel em licitações do Metrô de SP
chega ao Supremo
André Richter*
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O inquérito da Justiça Federal que investiga o suposto es-
quema de fraudes em licitações no sistema de trens e metrô de São
Paulo chegou hoje (12) ao Supremo Tribunal Federal e será relatado
pela ministra Rosa Weber. A investigação foi remetida ao Supremo
devido à inclusão do nome do deputado federal Arnaldo Jardim
(PPS-SP) no inquérito.
Como o parlamentar tem foro privilegiado, as acusações só podem
ser analisadas pelo STF. Além de Jardim, pelo menos nove envolvi-
dos são investigados, entre eles três secretários do estado de São
Paulo. A ministra Rosa Weber terá que decidir se há indícios para
abertura da investigação no Supremo.
Constam também no inquérito os nomes de José Anibal (secretário
de Energia de São Paulo); Edson Aparecido dos Santos (secretário
da Casa Civil do governo de São Paulo) e Rodrigo Garcia (secretário
de Desenvolvimento Social de São Paulo). Todos são deputados fe-
derais licenciados.
Os nomes de três ex-diretores da Companhia Paulista de Trens Me-
tropolitanos (CPTM) também aparecem na investigação: João Roberto
Zaniboni, Ademir Venâncio de Araújo e Oliver Hossepian Salles de
Lima. Duas pessoas ligadas a Zaniboni também tiveram os nomes in-
cluídos, assim como Arthur Gomes Teixeira.
No processo, são apurados os crimes de corrupção, evasão de divi-
sas e lavagem de dinheiro. As investigações apontam que as empre-
sas que concorriam nas licitações do transporte público paulista com-
binavam os preços, formando um cartel para elevar os valores cobra-
dos, com a anuência de agentes públicos.
Em novembro, atendendo a uma solicitação da Polícia Federal (PF),
a Justiça Federal determinou o bloqueio de cerca de R$ 60 milhões
em bens de suspeitos de participar do esquema, como forma de ga-
rantir o ressarcimento dos valores desviados. Foram afetadas pela
decisão três pessoas jurídicas e cinco pessoas físicas, incluindo três
ex-diretores da CPTM. A solicitação foi feita após a PF após tomar
conhecimento de que autoridades suíças, que também investigam as
suspeitas de corrupção, encaminharam um pedido de cooperação in-
ternacional ao Brasil.
A combinação de preços entre as empresas que participaram de lici-
tações para obras, fornecimento de carros e manutenção de trens e
do metrô também é alvo de investigação do Conselho Administrativo
de Defesa Econômica (Cade), do Ministério Público Federal e do Mi-
nistério Público Estadual.
O cartel é investigado pela Operação Linha Cruzada, feita pelo Cade
em conjunto com a Polícia Federal. A investigação teve início a partir
de um acordo de leniência da empresa Siemens com o conselho, que
permitiu que a empresa denunciasse as ilegalidades. Documentos e
cópias de e-mails trocados entre funcionários da Siemens estão sen-
do analisados pelo Cade e pela Justiça.
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