quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

CUBA ANULA A ÚLTIMA PENA DE MORTE


O Tribunal Supremo de Cuba acaba de comutar a pena capital imposta a Humberto Eladio Real Suárez, preso em 1994 quando entrou na ilha à frente de um comando armado e matou uma pessoa. É a terceira decisão deste tipo nas últimas semanas, e com ela esvaziou-se o "corredor da morte"- já não há nenhum preso consenado à execução em Cuba.
Em dezembro o Tribunal anulou também as penas de morte impostas a dois cidadãos salvadorenhos, autores de vários atos de terrorismo contra hotéis e instalações turísticas que causaram a morte de um turista italiano. Ao tomar posse como presidente, em 2008, Raúl Castro já havia comutado todas as penas de morte existentes, restando apenas essas três, agora transformadas em penas de prisão (no caso de Humberto Eládio, a 30 anos).
Membros da oposição cubana saudaram o fato como muito positivo, mas lembraram que a pena de morte continua existindo na legislação, e pode voltar a ser aplicada em novos casos graves. O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional, Elizardo Sánchez, acha que "o que se precisa fazer é abolir a pena capital".
Nos últimos meses, Cuba libertou 56 presos políticos, 41 deles integrantes do chamado "grupo dos 75". A liberação faz parte de acordo entre o governo da ilha e a Igreja católica.
Hemberto real passou 16 anos no corredor da morte. Foi preso e condenado pelo assassinato de um civil durante um tiroteio na zona central de Villa Clara, quando ele e outros membros de uma organização anti-castrista descarregavam o armamento que haviam trazido de Miami, em outubro de 1994.
Na foto, eu na chamada Trilha do Che, na Sierra Maestra, em Cuba, 2008 (foto Marianne Lemmen).

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