quinta-feira, 30 de outubro de 2014

ONU CONDENA ESTÚPIDO BLOQUEIO A CUBA: 188 a 2!!!

Bloqueio a Cuba: Os Estados Unidos contra a vontade do mundo 

José Reinaldo Carvalho *

Cuba acaba de conquistar mais uma vitória política e diplomática em sua luta contra o bloqueio imposto há mais de meio século pelos Estados Unidos.


Na última terça-feira (28), 188 países manifestaram-se a favor da resolução contra o bloqueio, apresentada pela maior das Antilhas na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Apenas os imperialistas estadunidenses e os sionistas israelenses votaram contra e três outros países - Ilhas Marshall, Micronesia e Palau - se abstiveram.

É a 23ª vez que a organização multilateral se pronuncia com clareza irrefutável pelo fim da odiosa medida que prejudica o desenvolvimento do país e afronta as normas de convivência democrática entre as nações.

De nada adiantaram as manobras e pressões sobre a comunidade internacional para impedir a derrota dos Estados Unidos. O resultado põe à mostra uma vez mais o isolamento da superpotência norte-americana nesta questão e o amplo apoio, praticamente unânime, obtido por Cuba.

A primeira vez que semelhante documento foi apresentado na Assembleia Geral da ONU foi em 1992, ocasião em que 59 países votaram a favor de Cuba. O apoio mais significativo à ilha circunscrevia-se à região latino-americana e caribenha e ao continente africano. Não representava ainda um respaldo universal, como ocorre atualmente.

A partir de 1994, com o voto em conjunto da União Europeia, o apoio a Cuba na luta contra o bloqueio se ampliou. De lá para cá, houve um salto no número de países que passaram a acompanhar a posição cubana na Assembleia Geral da ONU. Desde 2005, foi superada a marca dos 180 países e a partir de 2012, portanto há três anos consecutivos, são 188 os Estados nacionais representados na ONU que votam contra o bloqueio.

É importante salientar também que ultimamente o tema tem sido debatido nos grupos regionais da ONU, como o G-77+China, que reúne os países em desenvolvimento, o Caricom, que representa a comunidade caribenha, o Movimento dos Países não Alinhados , a União Africana e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). Em todos esses, há amplo consenso contra o bloqueio dos Estados Unidos a Cuba.

Em toda a história da votação da resolução proposta por Cuba contra o bloqueio, os Estados Unidos nunca alcançaram mais de quatro votos, o que demonstra o isolamento político e diplomático da superpotência nesta matéria e que pode ser constatado nos debates e confrontos sobre outras questões cruciais no cenário internacional. Sinal dos tempos, em que emergem as forças da resistência e da luta contra o hegemonismo e por uma nova ordem mundial.

O bloqueio a Cuba é um anacronismo que precisa urgentemente acabar, sendo contestado crescentemente nos próprios Estados Unidos. É uma medida que afeta econômica e socialmente o país e contraria normas consagradas no direito internacional.

O resultado da votação contra o bloqueio na Assembleia Geral da ONU é uma vitória do povo cubano e de todos os povos do mundo.

* * Jornalista, Diretor do Cebrapaz, membro da Rede de Intelectuais em Defesa da Humanidade e editor do Vermelho.
http://www.vermelho.org.br/coluna.php?id_coluna_texto=6418&id_coluna=71

QUEM É O MENTIROSO? AÉCIO USOU PESQUISA FALSA!

Aécio usou pesquisa com dados enganosos

Postado em 30 de outubro de 2014 

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Informações de uma pesquisa de intenção de voto do instituto Veritá usadas na propaganda de segundo turno do tucano Aécio Neves são comprovadamente enganosas.
Quem confirma é o próprio dono do instituto que fez o levantamento, Adriano Silvoni. E também o estatístico responsável pelas pesquisas do Veritá, Leonard de Assis.
A informação infundada era a liderança de Aécio em Minas Gerais com 14 pontos de vantagem sobre Dilma Rousseff (PT): uma pesquisa que o mostrava com 57% ante 43% da petista.
O enredo que levou o PSDB a propagar esses números começa em 6 de outubro, logo após o primeiro turno, quando o Veritá conclui uma pesquisa nacional para presidente com 5.161 entrevistas, estudo registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o código BR-01067/2014.
Tanto o número de entrevistas quanto os municípios de coleta de dados foram definidos pelo Veritá para retratar a disputa eleitoral no Brasil como um todo.
O total de eleitores ouvidos em Minas era suficiente para compor o quadro nacional, mas insuficiente para retratar a realidade local.
Assim, a pesquisa apontou Aécio com 54,8% em todo o Brasil contra 45,2% para Dilma, diferença de 9,6 pontos.
Segundo Assis, dias após a divulgação desse placar, o publicitário Paulo Vasconcelos, responsável pela propaganda de Aécio, pediu para que o Veritá fornecesse os dados das entrevistas feitas só em Minas.
“O estudo não foi feito com essa finalidade”, diz. Silvoni, o dono do Veritá, confirma: “Para Minas, foram 561 questionários. Não é confiável”.
Mesmo assim, eles acabaram autorizando o envio dos dados. “Eu falei: ‘pode pegar, mas cite, por favor, que não representam a realidade de Minas’”, lembra Assis.
Se fez mesmo o alerta, não adiantou. No dia 14 de outubro, às 17h06, o site do jornal mineiro “Hoje em Dia” publicou que, segundo o Veritá, Aécio tinha 57% dos votos de Minas contra 43% de Dilma, uma vantagem de 14 pontos.
Em seguida, a campanha do PSDB começou a distribuir um release dizendo que o tucano estava 14 pontos à frente no Estado. E na mesma noite, dirigindo-se a Dilma no debate da Band, o próprio Aécio citou: “Pesquisas [em Minas] mostram que estou mais de 10 pontos na sua frente”.
Na época, o PT explorava a derrota do tucano entre os mineiros no primeiro turno. Na TV, a campanha de Dilma repetia: “Quem conhece Aécio não vota em Aécio”.
No dia 15, os números não representativos do Veritá passaram a ser mostrados também na propaganda de TV do PSDB, que atribuiu a informação ao jornal “Hoje em Dia”.
“Eles não podiam usar nesse contexto”, diz Assis. “Nós avisamos [...] Usou na garganta. Não representa Minas. Não é o real cenário do Estado.”
A Lei Eleitoral diz que a comprovação de irregularidade em dados publicados de pesquisa sujeita os responsáveis às penas de seis meses a um ano de detenção e multa.
Assis afirma que, ao entregar uma tabela com percentuais não representativos de cada Estado, fez questão de incluir uma nota sobre a não validade das informações.
No rodapé do documento que ele diz ter enviado, consta: “Resultados apresentados nesta tabela em cada Estado não podem ser considerados como estimativa do mesmo pois a pesquisa não foi planejada com tal objetivo”.
Além do problema dos números enganosos, a pesquisa do Veritá pode ter sido registrada de forma fraudulenta. No TSE, consta que o Veritá é, ao mesmo tempo, o contratado e o contratante do estudo, orçado em R$ 300 mil.
Dias atrás, num fórum de debates na internet que reúne profissionais da área de pesquisa, Leonard de Assis afirmou que o formulário do TSE foi preenchido dessa forma porque “o contratante [real] não quis aparecer”.
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/aecio-usou-pesquisa-com-dados-enganosos/

EM 2013, FORAM 25 ANOS SEM REGULAMENTAÇÃO DA MÍDIA

25 anos sem regulamentação do setor de comunicação

(Artigo publicado no jornal Brasil Econômico em 24.10.2013)
São inegáveis os avanços que a Constituição de 1988 promoveu tanto no 
que se refere 
aos direitos e garantias fundamentais do cidadão, quanto em relação aos 
direitos coletivos. 
Os 25 anos de promulgação da “Constituição Cidadã”, recém completados, 
exacerbam, 
porém, que seguem sem regulamentação as questões relacionadas 
ao setor de 
comunicações.
É flagrante a omissão ao que determinam os artigos 220 e 221 da 
nossa Carta Magna e 
o desrespeito à recomendação da aprovação de lei federal para 
regulamentar o setor, 
disposta no artigo 222. Para esclarecer, o artigo 220 proíbe o monopólio 
e o oligopólio nas 
comunicações e o 221 define as finalidades da programação de rádio e 
TV —educativas, 
artísticas, culturais e informativas— e prescreve a promoção da cultura 
nacional e regional.
Mas 25 anos depois de aprovada a Carta de 1988, os conglomerados 
de comunicação 
brasileiros controlam as concessões de radiodifusão, a mídia impressa 
e os provedores 
de Internet, sem mecanismos efetivos para coibir os excessos da 
concentração de poderes.
Nosso parâmetro mais recente para o setor é a lei que regulamenta 
o segmento de TV a 
cabo, aprovada em 2011. Ainda assim, ao contrário de países 
democráticos liberais e de 
alguns de nossos vizinhos da América Latina, seguimos dominados 
por um monopólio 
que atua sem qualquer limite. Um exemplo clássico: apesar de o 
artigo 5°, inciso V, Capítulo I (Dos Direitos e Deveres Individuais e 
Coletivos) assegurar direito de resposta proporcional ao agravo, 
além da indenização por dano material, moral ou à imagem, as 
lacunas deixadas pela falta de regulamentação permitem que os 
meios de comunicação, 
na prática, descumpram a lei.
Contudo, a omissão aos princípios constitucionais não é a única razão 
pela qual um marco 
regulatório se faz urgente. As comunicações sofrem profundas 
mudanças, tanto do ponto de 
vista tecnológico quanto econômico. A convergência de mídias e a 
concorrência inevitável 
do capital estrangeiro —a partir da entrada de empresas globais na 
exploração dos serviços 
de telefonia, presentes também no mercado de Internet, TV a cabo 
e produção de conteúdo—, 
apesar de não terem impedido que os barões da mídia preservassem 
seus poderes, mudaram 
a configuração do setor. A concorrência do capital estrangeiro e o 
avanço da Internet sobre as 
telecomunicações já colocam em xeque a sobrevivência da TV aberta. 
Nos EUA, a disputa acirrada entre web e emissoras é uma realidade.
Essas mudanças, no entanto, não sugerem que teremos comunicações 
mais democráticas 
ao redor do mundo, tampouco no Brasil, se não existirem regras e 
delimitações. Portanto, é preciso combater a concentração e os 
monopólios que se sustentam por uma concorrência desleal, praticada 
por meio de artifícios diversos —dumping de publicidade, controle da 
distribuição e pressão política, exercida via própria mídia.
O Brasil precisa também enfrentar a questão e estabelecer um marco 
regulatório que promova de fato os princípios da pluralidade, a liberdade 
de expressão, o respeito à imagem, e que 
abarque as mudanças tecnológicas. Trata-se de uma agenda que não 
irá morrer, mas cuja realização depende de empenho político e 
envolvimento da sociedade. Continuar lutando para regulamentar as nossas 
comunicações e democratizar a mídia em nosso país é uma tarefa 
de todos e uma maneira de marcar os 25 anos de nossa Constituição, 
fortalecendo-a.
http://www.zedirceu.com.br/25-anos-sem-regulamentacao-do-setor-de-comunicacao/
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GRÃ-BRETANHA APROVOU REGULAÇÃO DA MÍDIA, INCLUSIVE CONTEÚDO!

Deu no GLOBO: 

LONDRES - Depois de países como Equador e Venezuela lançarem este ano medidas de controle da imprensa, foi a vez de o Reino Unido unir-se à polêmica. Dois dias após o premier David Cameron ameaçar censurar o “Guardian” pela publicação de documentos sigilosos sobre a espionagem no país, a rainha Elizabeth II sancionou nesta quarta-feira um sistema de regulação da mídia, que foi amplamente criticado por jornalistas locais. A iniciativa, apoiada pelos três principais partidos políticos britânicos, vem na esteira do escândalo de escutas telefônicas por jornalistas, e depois de os meios de comunicação verem seus esforços contra o controle rejeitados na Justiça.
A novidade deve sujeitar revistas e jornais britânicos a um órgão de fiscalização do governo com a função de coibir os abusos descobertos com o escândalo dos grampos - que revelou que repórteres do jornal “News of the World”, do magnata Rupert Murdoch, e de outros meios de comunicação, tiveram acesso ilegal a ligações telefônicas de celebridades, políticos e vítimas de crimes. Também torna mais fácil para as pessoas que se sintam atacadas pela imprensa terem suas queixas ouvidas, além de permitir ao órgão federal cobrar multas aos meios de comunicação.
“(A medida) vai proteger a liberdade de imprensa ao oferecer reparação quando erros forem cometidos”, defendeu o Ministério da Cultura, em comunicado.
Jornalistas locais argumentam que o órgão federal poderia ser usado por políticos para punir publicações das quais não gostam. Eles também reclamam que propostas sugeridas por eles foram ignoradas.
Ex-editores supervisionariam grampo
A guerra, porém, ainda não acabou. Várias publicações já ameaçaram boicotar o novo órgão. Outras consideram levar o tema ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos. Os meios de comunicação não são obrigados a se inscrever no novo marco regulatório, mas não está claro, até agora, como o impasse será resolvido.


Read more: http://oglobo.globo.com/mundo/reino-unido-aprova-regulacao-da-midia-10611363#ixzz3HacMvx2L

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

GOLPE DA VEJA SÓ FOI EVITADO PELOS INTERNAUTAS, DIZ AMADEU



GOLPE MIDIÁTICO

'Sem internet, Aécio teria vencido eleição', diz cientista político

Para Sérgio Amadeu, PSDB adota 'estratégia do cinismo'. Ele considera inaceitável que a bandeira de combate à corrupção seja conduzida por 'forças da corrupção'
por Renato Brandão, especial para RBA publicado 28/10/2014 13:29,
JAILTON GARCIA/RBA
Amadeu
Amadeu defende reforma política para se alcançar uma legislação mais democrática dos meios de comunicação
São Paulo – Carro-chefe da editora Abril, a revista Veja lançada na última sexta-feira (24) divulgou como matéria de capa uma acusação de que a presidenta reeleita Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ambos do PT, tinham conhecimento de um esquema de corrupção na Petrobras. Sem apresentar qualquer prova, o conteúdo da reportagem era baseado em suposto depoimento do doleiro Alberto Youssef à Polícia Federal, que foi desmentido por seu advogado logo após a publicação.
Considerada a última “bala de prata” da oposição para tentar impedir uma nova vitória petista sobre os tucanos, a reportagem foi contestada duramente pela presidenta durante seu último programa eleitoral na TV na mesma sexta-feira. Ainda naquele dia, a Justiça considerou a publicidade da revista como “propaganda eleitoral” e também concedeu direito de resposta ao PT no site da revista.
Ainda assim, o estrago já estava feito. A campanha e simpatizantes do PSDB distribuíram panfletos com a capa impressa da revista da Abril em várias cidades do Brasil. Já na madrugada de sábado (25) para domingo (26), circulavam boatos de que Alberto Youssef havia sido envenenado, algo que teve de ser desmentido com rapidez pela Polícia Federal.
“Essa operação da Veja mostra que ela não é um órgão de comunicação, o que ela mostrou claramente é que ela é uma sala do comitê político do PSDB no Brasil. A revista operou de maneira a desinformar. Ela desinformou”, disse o sociólogo Sérgio Amadeu, doutor em Ciência Política pela USP. Comparando o caso à ação midiática que ajudou a decidir o pleito presidencial de 1989, com a eleição de Fernando Collor de Mello, Amadeu acredita que o plano da editora Abril só não se concretizou nas urnas pela existência da internet. “Existe hoje a internet, que não tinha naquela época. Então, se não houvesse a internet, certamente o candidato Aécio Neves tinha ganho a eleição.”
Para o cientista político, as redes sociais apontaram um acirramento muito grande e deixaram claro que “a linha política e o conteúdo discursivo das forças comandadas pelo PSDB” é baseada na “estratégia do cinismo”. Amadeu também defendeu uma reforma política para se alcançar uma legislação mais democrática dos meios de comunicação.
Qual foi a influência da capa da revista Veja às vésperas do segundo turno presidencial entre Dilma e Aécio?
A capa da Veja foi feita justamente para influenciar o resultado eleitoral. Ela normalmente está nas bancas no sábado, mas saiu na sexta-feira. E era uma capa para, inclusive, ser impressa, tanto é que a campanha do candidato Aécio Neves (PSDB) imprimiu essa capa justamente para manter aquele clima que eles criaram no Brasil de demonização do outro. O grupo Abril, em particular a revista Veja, já há muito tempo é organização que defende interesses econômicos a partir da gestão da política. Não há como dizer agora o quanto impactou, mas eles influíram claramente na votação de domingo, porque o Aécio conseguiu, a partir desse tipo de ação, crescer e encostar na candidata Dilma Rousseff no segundo turno das eleições.
Como o sr. avalia o papel da internet nessas eleições?
Uma coisa que chama atenção nesse processo é que essa operação já tinha sido feito nas eleições de 1989, com sucesso, mas não teve desta vez. E por quê? Porque desta vez – além das pessoas já conhecerem a manobra de grupos de comunicação misturadas à elite política econômica no caso da vitória do Collor – também existe hoje a internet, que não tinha naquela época. Então, se não houvesse a internet, certamente, o candidato Aécio Neves tinha ganho a eleição, porque era o candidato preferido pelos grupos econômicos, pelos banqueiros, pelo mercado de capitais. Inclusive oscilava a Bolsa e, se você for ver, é muito curioso, quando as pesquisas davam a Dilma crescendo, a Bolsa caía, o que mostra o humor desses especuladores financeiros. A internet foi decisiva para a garantia de um debate que não existiria se fossem apenas os meios de comunicação de massa atuando nessas eleições. Isso é bastante nítido no processo eleitoral que ocorreu em 2014.
E as redes sociais?
As redes sociais, em particular, tiveram um papel grande e mostraram, na verdade, um acirramento muito grande. Deixou claro, e é importante que tudo fica registrado, qual é a linha política e o conteúdo discursivo das forças comandadas pelo PSDB, que é baseada em preconceito, em mentira e numa estratégia que podemos chamar de “estratégia do cinismo”. Eles chegam a afirmar que nenhum corrupto ligado ao PSDB está preso ou foi julgado por incompetência do PT, o que é uma coisa completamente cínica. Esse tipo de ação, as pessoas não têm clareza de como vão lidar com isso. Agora, minha opinião é bastante clara: é preciso mostrar concretamente o que é o PSDB do ponto de vista da corrupção. É inaceitável que a bandeira da corrupção seja tomada por forças da corrupção. É inaceitável.
Não tenho nenhuma dúvida do aparelhamento que (governador de São Paulo) Geraldo Alckmin faz na Sabesp. Isso ficou nítido nas gravações mostrando que eles são capazes de ganhar a eleição, inclusive se for para deixar uma cidade em situação de calamidade. Nós temos que mostrar que eles são uma junção de descompromisso com a democracia, de má gestão de recursos públicos e de corrupção em larga escala, como foi feito em São Paulo. Réus confessos entregaram as provas e o Ministério Público não faz nada. Então, temos que ir para cima disso.
Temos que ir para cima do crime eleitoral cometido pela revista Veja, temos que exigir o julgamento do mensalão mineiro antes que ele prescreva e temos que mostrar toda a ligação que o PSDB tem com crime, com práticas absurdas. Não podemos aceitar. E não vai ser falando “pessoal, o clima de ódio é ruim”. Não. O clima de ódio só vai ser reduzido com argumentos verdadeiros e racionais. Não é pedindo paz e amor, não, mas colocando claramente para as pessoas, insistentemente, as falácias do discurso que eles reproduzem para o Brasil. A gente tem que ser muito claro com isso, porque disso depende a democracia, né?
O sr. acredita que o novo governo possa mudar artigos que dizem respeito à comunicação?
Eu acho que um dos principais pontos da reforma política para o Brasil é a reforma da comunicação. Essa operação da Veja mostra que ela não é um órgão de comunicação, o que ela mostrou claramente é que é uma sala do comitê político do PSDB no Brasil. A revista operou de maneira a desinformar. Ela desinformou. Ela já havia feito isso se ligando a um criminoso chamado Carlos Cachoeira e não aconteceu nada. O cara continua lá na sucursal de Brasília, não foi preso, não foi condenado. Nós precisamos mexer nessas estruturas de concentração econômica de poder, fazer uma reforma da comunicação, uma lei de meios, como a da Argentina. E nós precisamos também de uma reforma política que retire o poder do capital, que retire o financiamento privado de campanha, mas que permita também à gente avançar em questões cruciais da sociedade brasileira. Com uma Constituinte que não possa ser com estes deputados, que tenha que ser exclusiva. O deputado que quiser fazer essa Constituinte só poderá se candidatar para isso, para discutir as ideias e o futuro do país, e não para vir com esquemas que a gente sabe que eles articulam, de grandes corporações, de forças que bancam campanhas milionárias. Precisamos de uma reforma política com uma Constituinte exclusiva e, nesse contexto, uma reforma das comunicações.
Por que os partidos têm tido certa dificuldade em atingir os jovens na internet?
A internet não é contraposta aos partidos, mas é que a velocidade das comunicações e as relações intensas que existem na internet geram muitas dificuldades para os partidos, principalmente para legendas partidárias que são estruturas mais orgânicas. Por exemplo, o PSDB adotou e atuou como estratégia na internet, e não é de agora, de desconstruir seus opositores, no caso o governo federal e o PT.
E os tucanos fazem isso destilando preconceitos e coisas absurdas. Se for ver o que dizem dos nordestinos, dos gays e das opções políticas das pessoas, beira ao fascismo. Agora temos que ver o que os partidos que são propostas democráticas e de esquerda podem refazer utilizando a internet, mas é muito difícil fazer política só pelas estruturas partidárias. Hoje, está muito claro que não é só o partido o elemento que faz política. Há outras formas de se fazer política, inclusive com conexões, grupos e coletivos de ativistas na internet.
http://www.redebrasilatual.com.br/eleicoes-2014/sem-internet-aecio-teria-vencido-eleicao-diz-sociologo-9159.html

REFORMAS, SÓ COM GRANDE PRESSÃO POPULAR RESPALDANDO A PRESIDENTA

A Conjuntura se acelera. A direita percebe o que está em jogo e ataca por todos os lados a proposta do Plebiscito de uma Reforma Política. E nós? Vamos assistir à história pela televisão?
A Presidente Dilma, que em sua primeira fala à nação priorizou a Reforma Política e falou do Plebiscito Oficial, deu uma longa entrevista para o Jornal Nacional.
Foi inquirida, com insistência, sobre a proposta de Reforma Política. E reiterou corajosamente a proposta.
O presidente do Senado, Renan Calheiros, já anunciou que é contra o Plebiscito e defende um mero referendo depois do Congresso Nacional pasteurizar uma proposta que chamarão de “Reforma Política”.
A mídia já deflagrou a campanha contra a proposta.
Esta semana estamos ingressando com o Projeto de Decreto Legislativo na Câmara dos Deputados e no Senado, propondo o Plebiscito Oficial com a mesma pergunta do Plebiscito Popular: “Você é a favor da convocação de uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político?”.
Rui Falcão, presidente do PT, deu entrevista ao Globo, defendendo esta iniciativa. 
A conjuntura se acelera e não podemos abandonar a Presidente Dilma que corajosamente sustenta a proposta construída pelos movimentos sociais.
Precisamos, com urgência, reunir todos que participaram nos comitês do Plebiscito Popular.
Temos que construir atividades que manifestem o apoio ao Plebiscito da Constituinte.
Se demorarmos nesta resposta seremos novamente atropelados pela direita, como ocorreu em junho de 2013.
Na V Plenária Nacional da Campanha da Constituinte, decidimos construir uma grande ação de lutas em março de 2015. Isso é importante.
Mas, neste momento, temos que nos posicionar, pressionar os parlamentares, defender o Plebiscito Oficial Constituinte.
Estamos todos exaustos dessa vitoriosa campanha em que a militância foi decisiva, mas neste momento temos que nos esforçar para enfrentar mais esta batalha decisiva.
Não podemos deixar que sepultem essa proposta como fizeram em junho de 2013.
Agora é o momento de erguer a bandeira do Plebiscito pela Constituinte.

DIVISÃO DO BRASIL É ENTRE VENCEDORES E PERDEDORES

TESE DA DIVISÃO É CHANTAGEM CONTRA GOVERNO