Não é fácil não ser professor no estado de São Paulo
Esse problema há anos vem se arrastando, sem que o governo consiga equacionar e muito menos solucionar a questão
Por Bia Pardi
Todo final de ano a secretaria da Educação do Estado de São Paulo se vê diante de um problema crônico que interfere na organização das unidades escolares. Trata-se da falta de professores, tragédia anunciada com antecipação ao processo de escolha de aulas pelos profissionais. Esse problema há anos vem se arrastando, sem que o governo consiga equacionar e muito menos solucionar a questão.
Ainda que o número de efetivos cresça, não tem suprido a necessidade da rede. São 251.906 o total de professores e, destes, 55,31% são efetivos, 22,76% são temporários e 21,93% são estáveis. Embora não tenham passado por concurso, tornaram-se estáveis por legislação constitucional.
Os temporários estão espalhados pelo Estado todo num total de 57.329. São 28 mil no interior, 29 mil na Grande São Paulo e 10.700 na capital. Esses números representam mais de 20% de carência de professores, o que provoca uma instabilidade geral no início das aulas.
Vários são os motivos que geram essa situação como, por exemplo, o número de concursados que foram chamados a se efetivar e a resposta de apenas 1.500 que assumiram as aulas. Ou, nesse ano, a chamada para 56 mil profissionais, dos quais somente 29 mil responderam afirmativamente. Resta anunciar duas condições altamente desestimuladoras ao exercício do magistério: a longa maratona dos concursos e as péssimas condições de trabalho e salário a que são submetidos os docentes da rede pública estadual da Educação Básica.
*Bia Pardi é assessora de Educação da Liderança do PT na Assembleia Legislativa de SP
Ainda que o número de efetivos cresça, não tem suprido a necessidade da rede. São 251.906 o total de professores e, destes, 55,31% são efetivos, 22,76% são temporários e 21,93% são estáveis. Embora não tenham passado por concurso, tornaram-se estáveis por legislação constitucional.
Os temporários estão espalhados pelo Estado todo num total de 57.329. São 28 mil no interior, 29 mil na Grande São Paulo e 10.700 na capital. Esses números representam mais de 20% de carência de professores, o que provoca uma instabilidade geral no início das aulas.
Vários são os motivos que geram essa situação como, por exemplo, o número de concursados que foram chamados a se efetivar e a resposta de apenas 1.500 que assumiram as aulas. Ou, nesse ano, a chamada para 56 mil profissionais, dos quais somente 29 mil responderam afirmativamente. Resta anunciar duas condições altamente desestimuladoras ao exercício do magistério: a longa maratona dos concursos e as péssimas condições de trabalho e salário a que são submetidos os docentes da rede pública estadual da Educação Básica.
*Bia Pardi é assessora de Educação da Liderança do PT na Assembleia Legislativa de SP