247 – Os colunistas da grande imprensa que, durante as manifesta-
ções de junho, no ano passado, previam o fim da era do PT no po-
der, parecem ter mudado de posição. Em artigos recentes, nomes de
grandes jornais e revistas, como Veja, Época e Folha de S.Paulo, ad-
mitem o favoritismo da presidente Dilma Rousseff nas eleições de
2014. Até mesmo a revista britânica The Economist analisou, em sua
primeira edição do ano, que Dilma "será difícil de ser batida" na pró-
xima eleição (leia mais
aqui).
O ex-colunista de Veja e hoje apresentador da Globo News Diogo Mai-
publicado no jornal italiano Corriere della Sera na última terça-feira
31 que acredita na reeleição da petista, "apesar de a cúpula do seu
partido ter sido presa por corrupção". Reinaldo Azevedo, da revista da
falta de rumo da oposição e avaliou que a liderança de Dilma Rous-
seff no primeiro turno seria a "vitória da inércia".
Nesta sexta-feira 3, Eliane Cantanhêde, da Folha e da Globo News,
partido governista não pode ficar forte demais, controlando a presi-
dência da República, com Dilma, e tendo candidatos fortes no "triân-
gulo das Bermudas", com os ministros Fernando Pimentel, em Minas,
Alexandre Padilha, em São Paulo, e o senador Lindbergh Farias, no
Rio de Janeiro. Segundo ela, Dilma é "favorita" e o partido está "a
caminho de 16 anos na Presidência". "Antes, ninguém segurava es-
te país. Agora, ninguém segura o PT?", questionou.
Guilherme Fiúza, da revista Época, adotou uma linha de raciocínio
jornalista prevê a tríplice coroa ao PT, com a reeleição de Dilma e
a vitória de Alexandre Padilha em São Paulo, que se somaria à con-
quista recente de Fernando Haddad na capital paulista. "Com o Pa-
lácio do Planalto, a prefeitura e o governo de São Paulo nas mãos,
o PT mostrará ao país o que é bom para a tosse", afirmou Fiúza,
segundo quem "a última coisa séria que se fez no Brasil foi o Plano
Real", em 1994.
Diante de tantas admissões sobre a provável vitória de Dilma e
um novo governo do PT, estariam os conservadores já conforma-
dos com a derrota da oposição, dez meses antes das eleições?
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