247 - Pelo jeito, a carapuça serviu. Em editorial publicado nes-
ta terça-feira, último dia de 2013, o jornal O Globo protesta con-
tra a expressão "guerra psicológica" usada pela presidente Dilma
Rousseff em seu pronunciamento, no último domingo. "Se alguns
setores, seja porque motivo for, instilarem desconfiança, especial-
mente desconfiança injustificada, isso é muito ruim. A guerra psi-
cológica pode inibir investimentos e retardar iniciativas", disse a
presidente.
Guerra psicológica era exatamente a conduta do jornal O Globo,
no início do ano passado, quando "informava" que grandes em-
presas estariam racionando energia – como se sabe, o "apagão"
foi uma peça de ficção criada por jornais como Globo e Folha jus-
tamente para instilar desconfiança na economia e retardar inicia-
tivas empresariais.
No editorial desta terça, O Globo, que poderia ter feito uma auto-
crítica – como fez recentemente, ao admitir seu apoio ao golpe mi-
litar de 1964 –, preferiu dizer que a presidente Dilma não tem au-
tocrítica e comparou sua fala à de presidentes de países autori-
tários.
Eis o texto do jornal dos Marinho:
Autocrítica
A presidente Dilma cometerá o primeiro erro de 2014 se romper
o ano com a ideia de que há uma "guerra psicológica" contra
sua política econômica.
Será grave falha se importar de alguns países latino-americanos
este tipo de explicação, típicas de governos autoritários, prestes
a perder por completo o controle da crise econômica por eles
provocada.
Não a ajudará em nada na campanha eleitoral, tampouco o país.
Melhor é reconhecer os erros cometidos e começar a resolvê-los,
como feito na privatização da exploração de estradas, aero-
portos, etc.
A origem da "guerra psicológica" são falhas do seu próprio go-
verno.
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