Copa do Mundo vai gerar R$ 183 bilhões para
a economia brasileira, prevê estudo
Quantia será gerada em dez anos com investimentos em infraestrutura, turismo, empregos, impostos e consumo
Da Agência Brasil de Notícias
A Copa do Mundo de 2014 vai gerar R$ 183 bilhões para a economia brasileira, num período de
dez anos, a partir de 2010 e até 2019, entre impactos diretos – investimentos em infraestrutura,
turismo, empregos, impostos, consumo – e indiretos, que é a recirculação de todo esse dinhei-
ro no país, o que representa 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) acumulado no mesmo período,
segundo estudo realizado por uma consultoria para oMinistério do Esporte.
Os dados foram apresentados no Encontro Técnico de Segurança para a Copa de 2014, que
começou nesta segunda-feira (10), em Brasília e vai até sexta-feira. Segundo esse estudo, somen-
te em infraestrutura os investimentos projetados chegam a R$ 33 bilhões, incluindo estádios, mobi-
lidade urbana, portos, aeroportos, telecomunicações, energia, segurança, saúde e hotelaria. Isso
equivale ao custo de construção de 24 mil quilômetros de estradas pavimentadas.
Na parte de turismo, a previsão é de que 600 mil turistas estrangeiros assistam a Copa no Brasil e
que 3 milhões de turistas nacionais se desloquem internamente, o que terá um impacto na econo-
mia de R$ 9 bilhões. No consumo, haverá também um fluxo de R$ 5 bilhões, causado pelas obras,
que vão gerar empregos e, por consequência uma massa salarial, entre trabalhadores permanentes
e temporários. Somados, esses impactos devem incrementar o PIB em R$ 47,9 bilhões.
Um dado comparativo levantado pelos autores do estudo é que os R$ 5 bilhões a serem injetados
no consumo pela renda gerada por esses trabalhadores equivale a 1,3 ano de venda de geladeiras
no Brasil ou 7,2 milhões de aparelhos. A expectativa, segundo o estudo é de que a Copa crie mais
de 700 mil empregos entre permanentes e temporários.
Sobre a arrecadação de tributos, a estimativa é de sejam arrecadados R$ 17 bilhões, o que repre-
senta mais de 30 vezes os R$ 500 milhões em isenções fiscais que serão concedidas à Federação
Internacional de Futebol (Fifa) e empresas por ela contratadas para a realização do Mundial. Somen-
te em tributos federais serão arrecadados com a Copa R$ 11 bilhões, um saldo de R$ 3,5 bilhões
em relação aos investimentos federais na realização do campeonato.
Os impactos indiretos da Copa na economia do país com a recirculação do dinheiro são calculados
pelo estudo em R$ 136 bilhões, até 2019, cinco anos depois da Copa. Um impacto pós-Copa, impos-
sível de dimensionar financeiramente transforma-se em turismo futuro. Além disso, as obras que mo-
dernizarão estádios nas 12 cidades-sedes também geram riqueza e impacto no PIB. Este valor, so-
mado aos R$ 47 bilhões dos impactos diretos, leva aos R$ 183 milhões que o estudo calcula que a
Copa vai gerar para o país.
O estudo menciona ainda os benefícios “intangíveis” da Copa de 2014 para o Brasil: visibilidade inter-
nacional, consolidação da imagem do país no exterior pela capacidade de organizar um evento des-
se porte, maior exposição de produtos e serviços para o mundo e maior aproveitamento do potencial
turístico, principalmente com a divulgação de atrações regionais. Na parte de infraestrutura, esses
benefícios serão as grandes obras de mobilidade urbana, portos e aeroportos, que melhorarão a qua-
lidade de vida da população.
O estudo conclui que a Copa também vai fortalecimento o orgulho nacional, como ocorreu nos países
anfitriões das últimas edições. As 12 cidades-sedes da Copa de 2014 são: Belo Horizonte, Brasília,
Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Natal, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
É verdade. Podemos ver o exemplo da Africa do Sul, está até hoje colhendo lucros com o dinheiro gastado em grandes estádios, infraestrutura e melhorias no padrão de vida da população nas cidades que receberam jogos.
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