Já quase ao final da ditadura civil-militar, em 1982, a revista Veja erguia-se contra as críticas de Ulysses Guimarães, presidente do PMDB, ao regime que torturava e matava oposicionistas. O MDB perdeu inúmeros parlamentares, que tiveram seus mandatos cassados, e que nunca aderiram à luta armada. O deputado Rubens Paiva, por exemplo, foi assassinado e nem de longe poderia ser chamado de guerrilheiro ou "terrorista". Nada disso importava à revista da famiglia Civita, que defendia o sistema ilegal, corrupto e violento implantado em 1964.
Portanto, o fato de hoje abrigar um ninho de extremistas de direita, alguns notoriamente fascistas, como Reinaldo Azevedo, e os discípulos do astrólogo Olavo de Carvalho, Lobão e Rodrigo Constantino, não constitui nenhuma novidade. Veja sempre foi anti-democrática, com exceção de seus primeiros anos, quando tinha como editor-chefe o jornalista Mino Carta.
Clique para ampliar e comprovar a virulência do panfleto de extrema-direita:
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