247 – O Jornal Nacional, da TV Globo, noticiou na edição deste
sábado (19), em reportagem de quatro minutos, as denúncias
envolvendo os governos tucanos de São Paulo de Mário Covas,
Geraldo Alckmin e José Serra e a empresa francesa Alstom. A
partir de documentos da Polícia Federal, a reportagem fala em
suspeitas de envolvimento de 20 servidores e 5 empresas em
um esquema de pagamento de propinas para a Alstom, em
licitações para a compra de equipamentos para o Metrô de São
Paulo.
Segundo o telejornal, peritos da Policia Federal, ao cruzar
informações da renda líquida com o patrimônio declarado no
imposto de renda, de 20 pessoas e de cinco empresas, entre
2000 e 2008, descobriram evolução patrimonial incompatível
aos rendimentos de cinco pessoas.
São elas: Celso Sebastião Cerchiari, que entre 1999 e 2006, foi
diretor da Cesp e que hoje permanece na parte que foi privatizada
da empresa; Miguel Carlos Kozma, presidente do Metrô de
outubro de 2001 a abril de 2003, morto em 2011; Romeu Pinto
Júnior, que administrava a consultoria MCA, suspeita de fazer
pagamento de propinas a funcionários do governo; e Sabino
Indelicato, que, segundo a Polícia Federal, é dono da Aqualux,
uma empresa suspeita de intermediar pagamentos de subornos.
O JN cita a discreta reportagem da
revista Veja, que publicou a
cópia da análise das contas de Jorge Fagali Neto, que foi
secretario de Transportes Metropolitanos no governo Luiz Antonio
Fleury Filho (PMDB) e é irmão de José Jorge Fagali, ex-presidente
do Metrô. A PF aponta que, de 2004 a 2007, Jorge Fagali Neto teve
aumento de patrimônio incompatível com seus ganhos.
No mês passado, a justiça determinou a quebra dos sigilos fiscal e
bancário de Jorge Fagali Neto, Romeu Pinto Júnior e Sabino Indelicato
e outras oito pessoas para saber se elas mantêm contas bancárias no
exterior. Os investigados não quiseram gravar entrevista para o JN,
já o governo de São Paulo disse que investiga as denúncias e que, se
for comprovada alguma irregularidade, os servidores responderão pelos
atos, e o PSDB paulista declarou que confia nas investigações
conduzidas pelo governo sobre a possível formação de cartel das
empresas privadas e também na punição exemplar de eventuais
culpados.
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