domingo, 27 de outubro de 2013

KOTSCHO E O SUCESSO DO GOVERNO DILMA

Governo Dilma vive melhor momento desde a posse


Jornalistas no Itaú Cultural, em São Paulo. O segundo é Ricardo Kotscho, 
comigo à sua direita na foto.
Antes mesmo da divulgação da nova pesquisa Ibope nesta quinta-feira, em que a presidente Dilma Rousseff seria reeleita já no primeiro turno em três dos quatro cenários avaliados, mesmo se Marina for candidata, o clima no Palácio do Planalto já 
era tão bom como faz tempo não se via. "Acho que esta é nossa melhor semana desde 
a posse", disse-me um dos principais interlocutores da presidente.
Uma vez por semana tenho o hábito de fazer uma ronda entre meus amigos no governo para saber como andam as coisas e já me habituei a ouvir um rosário de queixas sobre a vida difícil de quem lá trabalha, os tiros no pé, as trombadas, a incompreensão da imprensa e dos empresários, e tudo aquilo que faz parte da rotina do poder.
Desta vez, antes mesmo de fazer a primeira pergunta, notei um ambiente mais descontraído e nenhuma preoucupação com a pesquisa que seria divulgada poucas 
horas depois. Não que eles tivessem alguma informação antecipada do Ibope, mas os fatos dos últimos dias justificavam o otimismo.
De fato, a palavra crise sumiu do noticiário nas últimas semanas e deu lugar a sucessos do governo como o leilão do pré-sal e a aprovação do programa Mais Médicos.  Hoje mesmo, os palacianos tinham boas notícias a dar: Dilma anunciou que vai liberar para mais de 1.000 prefeituras recursos da ordem de R$ 13,5 bilhões para investimentos em saneamento básico e asfaltamento.
Os índices de intenção de votos em Dilma oscilaram entre 39% e 41%. No cenário mais provável, quando seus adversários são o tucano Aécio Neves (14%) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (10%), a presidente tem 17 pontos a mais do que a soma dos dois.
Na verdade, quem ficaria em segundo lugar neste caso seriam os votos brancos, nulos, nenhum deles e não sabe, com impressionantes 35%
Dilma só não ganha no primeiro turno, se os adversários forem Marina (21%), pelo PSB, 
e Serra (16%), pelo PSDB, que somados teriam 37% contra 39% de Dilma, em situação 
de empate técnico. Neste caso, temos um [índice de 25% de eleitores que votariam 
em branco, nulo, em nenhum deles ou ainda não sabem em quem votar.
Quando Marina aparece no lugar de Campos, a ex-ministra do governo Lula teria mais 
do que o dobro dos votos de Eduardo Campos, por enquanto o candidato que está "colocado" pelo PSB. Da mesma forma, com Marina candidata e Serra no lugar de Aécio, 
o ex-governador paulista chegaria a 18%, quatro pontos a mais do que seu colega de partido.
Pode ser que com estes números aumente a pressão sobre Eduardo e Aécio para que abram mão das candidaturas em favor das suas sombras, Marina e Serra. No momento, isto parece muito pouco provável. Até abril, no entanto, quando PSDB e PSB prometeram anunciar quem será cabeça de chapa, tudo pode mudar.
Por enquanto, tanto faz quem será o adversário. Se houver segundo turno, Dilma também se reelege contra qualquer dos candidatos. Contra Serra, que Dilma derrotou nas eleições de 2010, a presidente ganharia por 44% a 23%, ou seja, com 21 pontos de vantagem. Se o segundo turno for contra Marina, a diferença diminui: 42% a 29%.

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