ONU CONDENA EUA PELO BLOQUEIO A CUBA; 188 VOTOS CONTRA

Visitei Cuba em 2008

Pela vigésima-segunda vez, os Estados Unidos foram condenados pela comunidade internacional por manterem um estúpido bloqueio econômico a Cuba, que dura desde 1962. Por mais de 60 anos, o bloqueio impede Cuba de negociar bilhões de dólares e a sofrer graves restrições na sua Economia. 

O bloqueio é estúpido, inclusive, porque fortalece o regime comunista de Fidel Castro, que os EUA tentam derrubar via ações terroristas e tentativas de invasão, sem falar nos mais de 600 atentados fracassados contra o líder cubano.
Quem mantém o bloqueio no Congresso norte-americano são lobistas da colonia cubana na Flórida, que elegem candidatos a seu favor, e têm peso considerável nas eleições presidenciais. Dinheiro de cassinos, drogas e prostituição, mas também doado por direitistas milionários de todo o mundo sustenta os líderes da comunidade cubana em Miami. Expulsa de Cuba e desapropriada de seus bordéis, cassinos e do crime organizado que dominava a Ilha até a Revolução de 1959, esta quadrilha possui campos de treinamento de terroristas, com tropas, armas e aviões, e vem prometendo derrubar o governo cubano há décadas. O livro do meu amigo Fernando Morais, "Os Últimos Soldados da Guerra Fria", demonstra com documentos e testemunhos como funciona esta indústria que vive do fantasma do Comunismo e enriquece seus donos.
Esta é mais uma guerra que os Estados Unidos perderam: o Socialismo continua vivo em Cuba, e o bloqueio é rejeitado pelo mundo todo, 188 países dos 200 e poucos que integram a ONU. 
Hoje mesmo, por coincidência, eu li no New York Review of Books, uma frase de ex-presidente John Kennedy, sobre a postura que os EUA deveriam ter no seu diálogo com outros países: "não enxergar apenas um lado distorcido e desesperado olhar do outro lado; não ver o conflito como inevitável, a acomodação como algo impossível, e a comunicação como nada mais do que uma troca de ameaças". Uma grande lição que, infelizmente, os Estados Unidos ainda não aprenderam.
E um texto de um portal cubano prevê o futuro das relações cubano-americanas e mostra que o bloqueio passará à História como exemplo de mesquinhez e prepotência:


"En  algún momento las relaciones cubano –norteamericanas se normalizarán. Será entonces cuando se haga un análisis más objetivo y veraz del freno que  significó el bloqueo  para el desarrollo económico y social de Cuba y saldrá a la luz el enorme esfuerzo de la isla para sobrevivir muchas veces aislada durante tantos años.

Y cada una de las apuestas que Estados Unidos perdió en la ONU tratando de imponer su voluntad al mundo, quedarán solo como ejemplos de la mezquindad, prepotencia y contumacia de los sucesivos gobiernos norteamericanos que protagonizaron esta historia."
(texto A. Barbosa Filho)