247 - "A Folha erra. Contratou o Demétrio e o Magnoli, quando até as ratazanas do rio Tietê sabem que O CARA é o gordinho carioca, o Rodrigo Constantino. Quem não leu, leia. Com ele não tem conversa: é mercado, mercado, mercado", postou o escritor Fernando Morais, um dos mais respeitados intelectuais da esquerda brasileira, na sua página no Facebook, neste sábado.
Morais, evidentemente, ironizava a decisão editorial da Folha, que assumiu sua posição à direita, mas deixou de fora o candidato a representante maior do novo conservadorismo brasileiro: o economista Rodrigo Constantino, capaz de enxergar um comunista até em Arnaldo Jabor.
Veja, no entanto, decidiu falar sério neste fim de semana. E dedicou uma resenha generosa ao livro "Esquerda Caviar", que será lançado por Costantino na próxima semana. Para a revista, que o abriga como blogueiro, ele diz "coisas tão espetacularmente corretas que nem precisava gritar".
Entre as "coisas corretas" ditas recentemente por Constantino, consta um pedido para que médicos cubanos peçam asilo no Brasil, um texto em que afirmava que as eleições de 2014 colocam o País diante de Aécio Neves ou da Venezuela e uma comparação entre Dilma Rousseff e João Goulart.
No circuito da nova direita, os personagens são todos figuras carimbadas. A orelha do livro de Constantino é escrita pelo "filósofo" Luiz Felipe Pondé. "Este livro de Rodrigo Constantino é urgente. Uma pérola em meio ao mar de obviedades e mentiras comuns na literatura “intelectual” nacional", diz ele.
Neste domingo, Constantino será entrevistado por Lobão, autor do Manifesto do Nada na Terra do Nunca e outro sério candidato a representante da turma.