segunda-feira, 7 de outubro de 2013

JORNAL PREVÊ DUELO PEIXOTO-ORTIZ. FICO COM A TERCEIRA VIA.

Longe de mim achar que o ex-prefeito Roberto Peixoto não tenha sustentação para disputar uma vaga na Assembléia Legislativa. É um político profissional que, apesar de ter saído "queimado" da Prefeitura, mantém um grande contingente de apoiadores (foram oito anos de favores prestados, estudada humildade, e provavelmente, um bom patrimônio para fazer uma rica campanha. 

Do lado dos Ortizes, a campanha está nas ruas, clandestinamente, mas com muito poder de fogo. O segundo-herdeiro, Diego, tem sobre seu destino o peso do irmão cassado e do pai bastante desmoralizado. Os Ortizes perderam a falsa aura de "puros", de "honestos". O povão sabe (e a classe média resiste em admitir, mas também sabe) que o clã dos Ortizes é u'z mancha na Política taubateana. Toda a famiglia pode ser varrida do mapa político assim que a Justiça da Vara da Fazenda Pública, da capital, ou a Justiça Eleitoral de Taubaté e em instâncias superiores, der agilidade aos processos que continuam correndo. 
A péssima administração de Juninho indica que, se a eleição fosse hoje, ele teria a metade dos votos que teve em 2012. E quem é Diego, se não um espelho do mano e do papai? Vai dizer que está "preparado" para ser deputados, estadual ou federal? Piada velha...
Acho que o PT e outros partidos que pularão do barco dos Ortizes assim que a situação jurídica se agraver ainda mais, terão seus candidatos a deputados. Vejo deputados de fora da cidade, como Carlos Gianazzi, entrando honestamente neste vácuo político que se instalou em Taubaté. Desconfio (sem nenhuma informação concreta) que o PMDB de Ary Kara terá candidatos locais ou regionais. 
Isaac do PT também não está dormindo no ponto, e sabemos que seu partido tem nove prefeitos na região, que poderão dar-lhe um apoio total ou parcial em suas bases. 
Enfim, sem bola de cristal, vejo o quadro para a eleição de deputados muito amplo, com inúmeras possibilidades. Nada está cristalizado, nem do lado dos Ortizes, nem do lado das oposições locais. Se eu tivesse que dar um palpite, hoje, diria que:
1) O sobrenome Ortiz valerá muito pouco em 2014, quase nada;
2) O PT, na onda pró-Dilma, tem tudo para virar o jogo conservador de Taubaté, se agir com competência e unidade;
3) Roberto Peixoto é uma zebra: pode crescer se os Ortizes caírem. Pode até fazer algum acordo com eles, como já fez no passado. De qualquer modo, dificilmente terá votos suficientes, já que sua imagem continua muito negativa. Mais uma vêz, seu futuro político depende dos Ortizes.
Eis a boa matéria do colega Júlio Codazzi, que não faz prognósticos, apenas revela as intenções de cada lado. Mas, como já disse alguém "de boas intenções o Inferno está cheio"...
PS - Ia-me esquecendo, o título da matéria está errado: por que tira-teima se Peixoto não foi candidato contra o Juninho?

Em 2014, clã Ortiz e Peixoto podem ter tira-teima nas urnas

Ex-prefeito e Diego Ortiz planejam se lançar a deputado, em novo confronto entre tradicionais famílias da política de Taubaté
Julio Codazzi
Taubaté
Duas das mais tradicionais famílias da política taubateana , que vivem uma longa história de amor e ódio, podem se encontrar nas urnas novamente em 2014.
Filiado ao PEN (Partido Ecológico Nacional) no fim de setembro, o ex-prefeito Roberto Peixoto, que governou Taubaté entre os anos de 2005 e 2012, estuda candidatar-se a deputado no ano que vem. A dúvida é se tentará vaga em São Paulo ou em Brasília, com larga inclinação para a primeira opção.
Em qualquer uma das alternativas, Peixoto pode ter pela frente o terceiro representante da família Ortiz em sua trajetória --desta vez, Diego, irmão do prefeito Ortiz Junior (PSDB) e filho do ex-prefeito José Bernardo Ortiz.
Diego mantém mistério em relação a sua filiação, mas segundo fontes consultadas pelo O VALE, ele confirmou sua ida para o PSC (Partido Social Cristão).
Oficialmente, Diego afirma que será candidato a deputado federal em 2014. No entanto, é pressionado para que reveja a decisão e dispute uma vaga de deputado estadual, para não conflitar com o postulante do partido do irmão à Brasília, o vereador Rodrigo Luis Silva, o Digão (PSDB).
Mistério. 
Procurado pelo O VALE, Peixoto sequer assumiu sua filiação ao PEN. "Me filiei a um partido, mas prefiro não anunciar", resumiu.
O ex-prefeito também disse que ainda não se definiu sobre a possível candidatura. "Só no ano que vem que vou decidir isso. Esse ano não farei campanha. E, se sair, pode ser tanto para estadual como para federal", disse, esquivando-se de responder sobre um possível confronto com a família Ortiz.
Réu de ações na Justiça Federal por denúncias como lavagem de dinheiro e corrupção, o ex-prefeito já teve três contas rejeitadas pela Câmara, o que pode deixá-lo inelegível.
Por questões como essas, o próprio diretório municipal do PEN foi contra sua filiação. "A filiação dele foi decidida pela cúpula nacional. Eu dei minha opinião contra", disse o presidente do partido em Taubaté, João Paulo Bizarria.
Segundo apuração da reportagem, a filiação de Diego ao PSC também gerou uma crise no diretório municipal do partido. Presidente da sigla em Taubaté, a ex-vereadora Maria Teresa Paolicchi era contrária à ida do irmão do prefeito para o partido, mas teve que aceitar a "decisão superior".
A decisão de aceitar a filiação de Diego na sigla teria partido do presidente estadual do PSC, Gilberto Nascimento.
Em 2012, o PSC foi um dos 14 partidos que integraram a coligação que apoiou a eleição de Junior para prefeito.
Novela. 
Após ser derrotado na eleição de 1996 pelo candidato apoiado por Bernardo Ortiz, Peixoto foi eleito vice-prefeito em 2000 justamente na chapa do ex-rival.
Era o começo da história de amor e ódio das famílias.
Em 2004, Peixoto foi eleito prefeito e manteve o filho de Bernardo, Ortiz Junior, na administração até 2006, quando rompeu com os tucanos e migrou para o PMDB.
Em 2008, os dois ex-aliados se encontraram nas urnas: vitória de Peixoto, que obteve a reeleição. Ortiz Junior ficou com o terceiro lugar.
Em 2012, o tucano derrotou os dois candidatos que chegaram a contar com o apoio do ex-prefeito. Em 2014, em novo capítulo, as famílias podem se enfrentar novamente. 

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