Folha prepara pesquisa “salada mista”: nacional e paulista.
31 de maio de 2014 | 08:09 Autor: Fernando Brito
Foram registradas, até agora, 145 pesquisas eleitorais para Presidente.
E três centenas de pesquisa para Governador.
Misteriosamente, no Estado de São Paulo, o maior da Federação, com 30% dos eleitores, foram só sete pedidos.
Apenas dois com abrangência estadual, o resto restrito a certos municípios.
Uma, já encerrada e não divulgada, paga pelo DEM, que não tem candidato a governador ou a presidente.
Outra, registrada ontem, pelo Datafolha, segmentou a pesquisa nacional do instituto para ter dados de São Paulo.
Curioso, não é, tão pouco interesse por um Estado “tão pequenininho”, não é?
Mas há algo de interessante nos documentos da pesquisa depositados no TSE.
O Datafolha ”paulistizou” sua pesquisa nacional.
Serão 2.030 entrevistas em São Paulo.
E 4340 no total nacional.
O Datafolha não encaminhou, ainda, o plano amostral ao TSE, ficando de fazê-lo em 24 horas, diz o pedido. “conforme §6º. do art. 1º. da Resolução-TSE nº. 23.400/2013″.
Não é, portanto, possível afirmar que todo o “lote” de entrevistas de São Paulo será aproveitado, ponderadamente, ou se serão usadas apenas “cotas” amostrais conforme a cidade.
Mas o “espírito da coisa” é um só.
A pesquisa é daquele tipo “quero saber sobre todas as coisas do Universo”, inclusive o time pelo qual o entrevistado torce, o que acha do “Felipão” e se o distinto cidadão vai torcer pelo Brasil, pela Argentina, pela Espanha e, talvez, pela Croácia.
Até aí, nada mais que as “folhices” costumeiras.
Mas eu tenho de bater palmas para a criatividade do Datafolha.
Para amenizar o impacto dos dados que o próprio instituto divulga hoje, sobre os efeitos da falta d’água em São Paulo, o instituto vai perguntar em todo o país, se alguma vez faltou, além da água, luz na residência do pobre do entrevistado no último mês.
Ai, Jisus!
É o famoso “o que é que tem o …com as…”
“Só” 35% dos paulistanos se queixam de falta d’água, mas energia elétrica já faltou para 65% dos brasileiros em maio”, que tal?
O Datafolha é comovente, não é?
PS. A pesquisa tem um dado interessante, que o Datafolha lembrou de voltar a perguntar: o apoio de Fernando Henrique dá ou tira votos? Do jeito que a mídia anda, é capaz de anistiar até o “príncipe”
O anúncio da aposentadoria do Ministro Joaquim Barbosa livra o sistema judicial de uma das duas piores manchas da sua história moderna.
Para evitar surpresas como ocorreu no STF - no curto período em que Ricardo Lewandowski assumiu interinamente a presidência -, Barbosa montou aliança com Falcão. Em sua ausência, era Falcão quem assumia a presidência do órgão, embora a Constituição fosse clara que, na ausência do presidente do CNJ (e do STF) o cargo deveria ser ocupado pelo vice-presidente – no caso Ricardo Lewandowski.
Por exemplo, o presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Félix Fischer é desafeto de Falcão e se candidatará ao cargo de Corregdor Geral quando este assumir a presidência do STJ. De repente, Fischer é alvejado por uma denúncia anônima feita diretamente a Joaquim Barbosa, de suposto uso de passagens aéreas para levar a esposa em viagens internacionais. O caso torna-se um escândalo público e o conselheiro Gilberto Martins é incumbido de investigar, na condição de corregedor interino (
