Bastou uma revista semanal importante Fazer um pouco de "Jornalismo Investigativo"(Discordo da expressão, pois todo jornalismo tem que ser investigativo, mas enfim...) para trazer a público o que muitos já sabiam ou desconfiavam: o PSDB é o partido mais corrupto do Brasil, e o mais protegido pela velha mídia.
ISTOÉ DETALHA
CONEXÃO PARIS
PSDB PAULISTA
Esquema tinha como peça central Andrea Matarazzo; nasceu na área de energia e migrou, depois, para o setor de transportes; propinoduto tucano movimentou mais de R$ 425 milhões; investigações da Polícia Federal, a partir dos apontamentos feitos pelo Ministério Público, podem estar chegando em sua etapa conclusiva: relação entre a empresa francesa Alstom e os tucanos paulistas começam a ficar mais claras, para provar caso de superfaturamento; reportagem também aponta os lobistas dos esquemas de energia e transporte: um deles é Jorge Fagali Neto, ex-secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo e diretor dos Correios na gestão FHC
4 DE OUTUBRO DE 2013 ÀS 21:34
247 – Os tucanos Andrea Matarazzo, ministro do governo FHC e secretário estadual nas gestões Serra e Covas, Henrique Fingermann e Eduardo José Bernini, ex-dirigentes da Empresa Paulista de Transmissão de Energia
Elétrica (EPTE) são apontados em nova reportagem da revista Istoé que
chega neste sábado (5) às bancas, como peças centrais nos escândalos
que envolveram os governos paulistas em São Paulo. Primeiro na área de energia, depois no transporte público, atravessando as gestões de Mário
Covas (1995-2001), de Geraldo Alckmin (2001-2006) e de José Serra (2007-2010). Esquemas envolveram pelo menos R$ 425 milhões dos cofres
públicos. "Parte da propina paga pela empresa francesa Alstom abasteceu
os cofres do PSDB paulista”, diz a matéria
Elétrica (EPTE) são apontados em nova reportagem da revista Istoé que
chega neste sábado (5) às bancas, como peças centrais nos escândalos
que envolveram os governos paulistas em São Paulo. Primeiro na área de energia, depois no transporte público, atravessando as gestões de Mário
Covas (1995-2001), de Geraldo Alckmin (2001-2006) e de José Serra (2007-2010). Esquemas envolveram pelo menos R$ 425 milhões dos cofres
públicos. "Parte da propina paga pela empresa francesa Alstom abasteceu
os cofres do PSDB paulista”, diz a matéria
“Documentos e depoimentos obtidos também já foram considerados
suficientes para Milton Fornazari Júnior, delegado da Polícia Federal, estabelecer que as ordens dos executivos franceses Pierre Chazot e de
Philippe Jaffré eram suficientes para convencer os mais altos escalões do governo estadual a conceder a Alstom vitórias em contratos superfaturados para o fornecimento de equipamentos no setor de energia. Eles usavam
aquilo que um executivo da empresa francesa qualificou de “política de
poder pela remuneração””, anota.
suficientes para Milton Fornazari Júnior, delegado da Polícia Federal, estabelecer que as ordens dos executivos franceses Pierre Chazot e de
Philippe Jaffré eram suficientes para convencer os mais altos escalões do governo estadual a conceder a Alstom vitórias em contratos superfaturados para o fornecimento de equipamentos no setor de energia. Eles usavam
aquilo que um executivo da empresa francesa qualificou de “política de
poder pela remuneração””, anota.
Confira a reportagem na íntegra:
Operação França
Investigações chegam ao topo do esquema e mostram que líderes
tucanos operaram junto com executivos franceses para montar o
propinoduto do PSDB paulista. Os acordos começaram na área de
energia e se reproduziram no setor de transporte trilhos em SP
tucanos operaram junto com executivos franceses para montar o
propinoduto do PSDB paulista. Os acordos começaram na área de
energia e se reproduziram no setor de transporte trilhos em SP
As investigações sobre o escândalo do Metrô em São Paulo entraram
num momento crucial. Seguindo o rastro do dinheiro, a Polícia Federal e procuradores envolvidos na apuração do caso concluíram que o esquema
do propinoduto tucano começou a ser montado na área de energia, ainda
no governo de Mário Covas (1995-2001), se reproduziu no transporte
público – trens e metrô – durante as gestões também de Geraldo Alckmin (2001-2006) e de José Serra (2007-2010) e drenou ao menos R$ 425
milhões dos cofres públicos. Para as autoridades, os dois escândalos
estão interligados. Há semelhanças principalmente no modo de operação
do pagamento de propina por executivos da multinacional francesa Alstom
a políticos e pessoas com trânsito no tucanato para obtenção de contratos vantajosos com estatais paulistas. Nos dois casos, os recursos circulavam
por meio de uma sofisticada engenharia financeira promovida pelos
mesmos lobistas, que usavam offshores, contas bancárias em paraísos
fiscais, consultorias de fachadas e fundações para não deixar rastros. A
partir dessas constatações, a PF e o MP conseguiram chegar ao topo do esquema. Ou seja, em nomes da alta cúpula do PSDB paulista que podem
ter tido voz ativa e poder de decisão no escândalo que foi o embrião da
máfia dos transportes sobre trilhos. São eles os tucanos Andrea Matarazzo, ministro do governo FHC e secretário estadual nas gestões Serra e Covas, Henrique Fingermann e Eduardo José Bernini, ex-dirigentes da Empresa Paulista de Transmissão de Energia Elétrica (EPTE). Serrista de primeira
hora, Matarazzo é acusado de corrupção por ter se beneficiado de
“vantagens oferecidas pela Alstom”. De acordo com relatório do MP, as operações aconteciam por meio dos executivos Pierre Chazot e Philippe
Jaffré, representantes da Alstom no esquema que teria distribuído mais
de US$ 20 milhões em suborno no País. É a chamada conexão
franco-tucana.
num momento crucial. Seguindo o rastro do dinheiro, a Polícia Federal e procuradores envolvidos na apuração do caso concluíram que o esquema
do propinoduto tucano começou a ser montado na área de energia, ainda
no governo de Mário Covas (1995-2001), se reproduziu no transporte
público – trens e metrô – durante as gestões também de Geraldo Alckmin (2001-2006) e de José Serra (2007-2010) e drenou ao menos R$ 425
milhões dos cofres públicos. Para as autoridades, os dois escândalos
estão interligados. Há semelhanças principalmente no modo de operação
do pagamento de propina por executivos da multinacional francesa Alstom
a políticos e pessoas com trânsito no tucanato para obtenção de contratos vantajosos com estatais paulistas. Nos dois casos, os recursos circulavam
por meio de uma sofisticada engenharia financeira promovida pelos
mesmos lobistas, que usavam offshores, contas bancárias em paraísos
fiscais, consultorias de fachadas e fundações para não deixar rastros. A
partir dessas constatações, a PF e o MP conseguiram chegar ao topo do esquema. Ou seja, em nomes da alta cúpula do PSDB paulista que podem
ter tido voz ativa e poder de decisão no escândalo que foi o embrião da
máfia dos transportes sobre trilhos. São eles os tucanos Andrea Matarazzo, ministro do governo FHC e secretário estadual nas gestões Serra e Covas, Henrique Fingermann e Eduardo José Bernini, ex-dirigentes da Empresa Paulista de Transmissão de Energia Elétrica (EPTE). Serrista de primeira
hora, Matarazzo é acusado de corrupção por ter se beneficiado de
“vantagens oferecidas pela Alstom”. De acordo com relatório do MP, as operações aconteciam por meio dos executivos Pierre Chazot e Philippe
Jaffré, representantes da Alstom no esquema que teria distribuído mais
de US$ 20 milhões em suborno no País. É a chamada conexão
franco-tucana.
Para avançar ainda mais nas investigações e conseguir esquadrinhar com precisão o papel de cada um no esquema, a procuradoria da República
obteve judicialmente a quebra dos sigilos bancários e fiscais dos três
líderes tucanos e de mais oito pessoas. Constam da lista lobistas, intermediários e secretários ou presidentes de estatais durante a gestão
de Mário Covas (PSDB) em São Paulo. A ordem judicial também solicitou informações sobre o paradeiro dos dois executivos franceses. As
investigações conduzidas até agora já produziram avanços importantes. Concluíram que parte da propina paga pela Alstom abasteceu os cofres do PSDB paulista. Documentos e depoimentos obtidos também já foram considerados suficientes para Milton Fornazari Júnior, delegado da Polícia Federal, estabelecer que as ordens dos executivos franceses Pierre
Chazot e de Philippe Jaffré eram suficientes para convencer os mais altos escalões do governo estadual a conceder a Alstom vitórias em contratos superfaturados para o fornecimento de equipamentos no setor de energia.
Eles usavam aquilo que um executivo da empresa francesa qualificou de “política de poder pela remuneração”.
obteve judicialmente a quebra dos sigilos bancários e fiscais dos três
líderes tucanos e de mais oito pessoas. Constam da lista lobistas, intermediários e secretários ou presidentes de estatais durante a gestão
de Mário Covas (PSDB) em São Paulo. A ordem judicial também solicitou informações sobre o paradeiro dos dois executivos franceses. As
investigações conduzidas até agora já produziram avanços importantes. Concluíram que parte da propina paga pela Alstom abasteceu os cofres do PSDB paulista. Documentos e depoimentos obtidos também já foram considerados suficientes para Milton Fornazari Júnior, delegado da Polícia Federal, estabelecer que as ordens dos executivos franceses Pierre
Chazot e de Philippe Jaffré eram suficientes para convencer os mais altos escalões do governo estadual a conceder a Alstom vitórias em contratos superfaturados para o fornecimento de equipamentos no setor de energia.
Eles usavam aquilo que um executivo da empresa francesa qualificou de “política de poder pela remuneração”.
Uma série de evidências demonstra que a máfia na área de energia
serviu como uma espécie de embrião do cartel dos trens. Ao elencar os
motivos do pedido de quebra de sigilo, o procurador da República Rodrigo
de Grandis faz a ligação entre os dois esquemas ao destacar a existência
de “contratos de consultoria fictícios utilizados para o pagamento, entre
abril e outubro de 1998, quando a Alstom T&D (por meio do consórcio franco-brasileiro Gisel) e a Eletropaulo negociavam um contrato aditivo à
obra de reforma e expansão do Metrô de São Paulo”.
serviu como uma espécie de embrião do cartel dos trens. Ao elencar os
motivos do pedido de quebra de sigilo, o procurador da República Rodrigo
de Grandis faz a ligação entre os dois esquemas ao destacar a existência
de “contratos de consultoria fictícios utilizados para o pagamento, entre
abril e outubro de 1998, quando a Alstom T&D (por meio do consórcio franco-brasileiro Gisel) e a Eletropaulo negociavam um contrato aditivo à
obra de reforma e expansão do Metrô de São Paulo”.
Os métodos para acobertar os pagamentos de suborno utilizados pela
Alstom se assemelham aos de outras empresas do cartel dos trens, a
exemplo da Siemens. Como ISTOÉ mostrou em julho, a multinacional
alemã, por meio de sua matriz ou filial brasileira, contratava as offshores uruguaias Leraway Consulting S/A e Gantown Consulting S/A, controladas
pelos lobistas Arthur Teixeira e Sérgio Teixeira, falecido. Os irmãos
ficavam encarregados de intermediar ou distribuir o dinheiro da propina.
Porém, o número de empresas em paraísos fiscais usadas pela Alstom
para encobrir o pagamento dos subornos pode ter sido bem maior. Pelo
menos cinco já foram identificadas: a MCA, comandada por Romeu Pinto
Júnior e com sede no Uruguai, a Taltos, a Andros, a Janus e a Splendore.
Elas eram operadas pelos franceses Pierre Chazot e Philippe Jaffré, então executivos da Alstom, por meio de procurações. Eles abriam contas nos Estados Unidos e na Suíça e distribuíam os recursos. Foi através dessa engrenagem que o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e
homem forte do governo Mário Covas, Robson Marinho, recebeu cerca de
US$ 1 milhão em uma conta na Suíça. O montante encontra-se bloqueado
pela Justiça do país europeu.
Alstom se assemelham aos de outras empresas do cartel dos trens, a
exemplo da Siemens. Como ISTOÉ mostrou em julho, a multinacional
alemã, por meio de sua matriz ou filial brasileira, contratava as offshores uruguaias Leraway Consulting S/A e Gantown Consulting S/A, controladas
pelos lobistas Arthur Teixeira e Sérgio Teixeira, falecido. Os irmãos
ficavam encarregados de intermediar ou distribuir o dinheiro da propina.
Porém, o número de empresas em paraísos fiscais usadas pela Alstom
para encobrir o pagamento dos subornos pode ter sido bem maior. Pelo
menos cinco já foram identificadas: a MCA, comandada por Romeu Pinto
Júnior e com sede no Uruguai, a Taltos, a Andros, a Janus e a Splendore.
Elas eram operadas pelos franceses Pierre Chazot e Philippe Jaffré, então executivos da Alstom, por meio de procurações. Eles abriam contas nos Estados Unidos e na Suíça e distribuíam os recursos. Foi através dessa engrenagem que o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e
homem forte do governo Mário Covas, Robson Marinho, recebeu cerca de
US$ 1 milhão em uma conta na Suíça. O montante encontra-se bloqueado
pela Justiça do país europeu.
Se alguém preferisse receber no Brasil, os executivos da francesa Alstom também se encarregavam de fazer o caminho de volta por um doleiro. Em depoimento ao Ministério Público, Romeu Pinto Júnior confirmou que
recebia os valores em notas e que o executivo Pierre Chazot “lhe ordenava entregar os pacotes com dinheiro em espécie a pessoas”. Porém, inacreditavelmente, declarou “que desconhece a identidade” daqueles que foram os destinatários dos polpudos envelopes. Parte do dinheiro que
chegou às mãos de Romeu veio pelo doleiro Luiz Filipe Malhão e Sousa.
Ele assumiu para as autoridades ter feito duas remessas de contas da
MCA do Exterior para o Brasil. “A primeira no valor de US$ 209.659,57”,
destaca documento do MPF. “A segunda no valor de US$ 298.856,47”,
consta em outro trecho. A origem de ambas as operações era uma conta
da MCA no banco Union Bacaire Privée, de Zurique, na Suíça.
recebia os valores em notas e que o executivo Pierre Chazot “lhe ordenava entregar os pacotes com dinheiro em espécie a pessoas”. Porém, inacreditavelmente, declarou “que desconhece a identidade” daqueles que foram os destinatários dos polpudos envelopes. Parte do dinheiro que
chegou às mãos de Romeu veio pelo doleiro Luiz Filipe Malhão e Sousa.
Ele assumiu para as autoridades ter feito duas remessas de contas da
MCA do Exterior para o Brasil. “A primeira no valor de US$ 209.659,57”,
destaca documento do MPF. “A segunda no valor de US$ 298.856,47”,
consta em outro trecho. A origem de ambas as operações era uma conta
da MCA no banco Union Bacaire Privée, de Zurique, na Suíça.
Assim como outras empresas do cartel, o conglomerado francês também
lavava o dinheiro da propina em território nacional. O esquema consistia
em contratar empresas brasileiras que emitiam notas de serviços que
nunca foram prestados. Em troca de comissão, os valores pagos eram repassados pelos contratados a políticos e servidores públicos, sempre seguindo as ordens dos executivos do grupo francês. Era esse serviço
que a Acqua Lux Engenharia e Empreendimentos, com um único
funcionário, desempenhava. “A principal origem de receitas (da
Acqua Lux) advém de serviços prestados à Alstom T&D Ltda.”,
destaca
documento
do MPF. “Os peritos verificaram a possibilidade de a empresa, nos anos
2000 e 2001, não ter prestado efetivamente serviços para a Alstom”,
diz
o MP em outro trecho. O proprietário da companhia, Sabino Indelicato,
figura entre os indiciados pela Polícia Federal. Na Siemens, a
encarregada dessa função era a MGE Transportes, dirigida por Ronaldo Moriyama. De
acordo com uma planilha de pagamentos do conglomerado alemão, já
revelada por ISTOÉ, a empresa alemã pagou à MGE R$ 2,8 milhões até
junho de 2006. Desse total, pelo menos R$ 2,1 milhões foram sacados
na boca do caixa por representantes da MGE para serem distribuídos a
políticos e diretores da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos
(CPTM).
lavava o dinheiro da propina em território nacional. O esquema consistia
em contratar empresas brasileiras que emitiam notas de serviços que
nunca foram prestados. Em troca de comissão, os valores pagos eram repassados pelos contratados a políticos e servidores públicos, sempre seguindo as ordens dos executivos do grupo francês. Era esse serviço
que a Acqua Lux Engenharia e Empreendimentos, com um único
funcionário, desempenhava. “A principal origem de receitas (da
Acqua Lux) advém de serviços prestados à Alstom T&D Ltda.”,
destaca
documento
do MPF. “Os peritos verificaram a possibilidade de a empresa, nos anos
2000 e 2001, não ter prestado efetivamente serviços para a Alstom”,
diz
o MP em outro trecho. O proprietário da companhia, Sabino Indelicato,
figura entre os indiciados pela Polícia Federal. Na Siemens, a
encarregada dessa função era a MGE Transportes, dirigida por Ronaldo Moriyama. De
acordo com uma planilha de pagamentos do conglomerado alemão, já
revelada por ISTOÉ, a empresa alemã pagou à MGE R$ 2,8 milhões até
junho de 2006. Desse total, pelo menos R$ 2,1 milhões foram sacados
na boca do caixa por representantes da MGE para serem distribuídos a
políticos e diretores da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos
(CPTM).
Também chama a atenção da Polícia Federal e do Ministério Público o
fato de os dois escândalos utilizarem lobistas e consultores em comum.
Um deles é Jorge Fagali Neto. Ex-secretário de Transportes
Metropolitanos
do Estado de São Paulo (1994) e diretor dos Correios na gestão
Fernando Henrique Cardoso, Fagali Neto é conhecido pelo seu bom
trânsito entre
os tucanos. Seu irmão José Jorge Fagali foi presidente do Metrô na
gestão de José Serra e é investigado pelo MP e pelo Tribunal de Contas Estadual por fraudar licitações e assinar contratos superfaturados à
frente
do estatal. Em 2009, autoridades suíças sequestraram uma conta
conjunta com US$ 7,5 milhões de Fagali Neto com José Geraldo Villas
Boas –
também indiciado pela PF. A quantia depositada no banco Leumi Private
Bank
AG teve como origem o caixa da francesa Alstom. Agenda e e-mails
entregues por uma ex-funcionária de Fagali Neto ao MP mostram que
ele prestava serviços também a outras empresas da área de transporte
sobre trilhos relacionadas ao cartel. Entre elas, a canadense Bombardier
e Tejofran. O seu interesse pelo setor é tamanho que, por e-mail, ele
recebeu irregularmente planilhas de um projeto ainda em
desenvolvimento
de Pedro Benvenuto, dirigente da Secretaria de Transportes
Metropolitanos
de São Paulo demitido nas esteiras das acusações. Em outra troca
de mensagens com agentes públicos, Fagali Neto também mostra
preocupação com a obtenção de financiamento junto ao Banco
Mundial (Bird), BNDES ou JBIC para as obras das linhas 2 e 4 do
Metrô paulista. Tamanha interligação entre os esquemas, segundo
o Ministério Público e a Polícia Federal, não é mera coincidência.
fato de os dois escândalos utilizarem lobistas e consultores em comum.
Um deles é Jorge Fagali Neto. Ex-secretário de Transportes
Metropolitanos
do Estado de São Paulo (1994) e diretor dos Correios na gestão
Fernando Henrique Cardoso, Fagali Neto é conhecido pelo seu bom
trânsito entre
os tucanos. Seu irmão José Jorge Fagali foi presidente do Metrô na
gestão de José Serra e é investigado pelo MP e pelo Tribunal de Contas Estadual por fraudar licitações e assinar contratos superfaturados à
frente
do estatal. Em 2009, autoridades suíças sequestraram uma conta
conjunta com US$ 7,5 milhões de Fagali Neto com José Geraldo Villas
Boas –
também indiciado pela PF. A quantia depositada no banco Leumi Private
Bank
AG teve como origem o caixa da francesa Alstom. Agenda e e-mails
entregues por uma ex-funcionária de Fagali Neto ao MP mostram que
ele prestava serviços também a outras empresas da área de transporte
sobre trilhos relacionadas ao cartel. Entre elas, a canadense Bombardier
e Tejofran. O seu interesse pelo setor é tamanho que, por e-mail, ele
recebeu irregularmente planilhas de um projeto ainda em
desenvolvimento
de Pedro Benvenuto, dirigente da Secretaria de Transportes
Metropolitanos
de São Paulo demitido nas esteiras das acusações. Em outra troca
de mensagens com agentes públicos, Fagali Neto também mostra
preocupação com a obtenção de financiamento junto ao Banco
Mundial (Bird), BNDES ou JBIC para as obras das linhas 2 e 4 do
Metrô paulista. Tamanha interligação entre os esquemas, segundo
o Ministério Público e a Polícia Federal, não é mera coincidência.
O "mensalão" petista é o mais mixuruca dos casos de corrupção entranhados na política brasileira alardeado pelo PIG. E o "mensalão" tucano em Minas? E o "tremsalão" tucano em São Paulo? É... Barbosa. Tucano virou ave de rapina no Brasil. Grande abraço.
ResponderExcluir