Barbosa pede que mulher
de repórter deixe cargo no
Supremo Tribunal Federal
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Servidora atua no gabinete do vice-presidente da Corte,
Ricardo Lewandowski, que diz que não irá afastá-la
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa,
encaminhou ofício ao vice-presidente da Corte, Ricardo Lewandowski, pedindo
que este reconsiderasse a decisão de manter em seu gabinete uma servidora que
atua no tribunal desde o ano 2000. Adriana Leineker Costa é funcionária efetiva
do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e está cedida ao STF.
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A servidora é mulher do jornalista
Felipe Recondo, repórter do jornal
O Estado de S. Paulo , que cobre
poder Judiciário. Lewandowski disse
que não vai reconsiderar a decisão de
mantê-la no cargo.
No ofício, o presidente do STF afirma
que a manutenção de Adriana seria
"antiética" pela relação dela com o
jornalista. O ofício não cita o repórter do Estado, tratando-o como "jornalista-setorista
de um grande veículo de comunicação". Sustenta que a permanência da funcionária poderia "gerar desequilíbrio" na relação entre jornalistas que cobrem a Corte.
"Reputo antiética sua permanência em cargo de comissão junto a gabinete de um dos
ministros da Casa, além de constituir situação apta a gerar desequilíbrio na relação entre jornalistas encarregados de cobrir nossa rotina de trabalho", diz Barbosa. "Estando a
servidora lotada no gabinete de Vossa Excelência, agradeceria o obséquio de suas considerações a respeito", complementa.
Em março deste ano, Barbosa chamou o repórter de "palhaço" e o mandou "chafurdar
no lixo". A agressão ocorreu após o Estado requerer, via Lei de Acesso à Informação,
dados sobre despesas com recursos públicos de ministros da Corte com passagens aéreas, reformas de apartamentos funcionais, gastos com saúde, entre outras. Na ocasião, o
presidente pediu desculpas pelo episódio e o atribuiu ao cansaço e a fortes dores na coluna
após uma sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
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