sexta-feira, 8 de novembro de 2013

É FUNDAMENTAL DEFENDERMOS A NEUTRALIDADE DA INTERNET!

Sociedade civil se mobiliza pelo Marco Civil da Internet

Escrito por: Raquel de Lima
Fonte: FNDC

Durante todo o dia foram realizadas manifestações e tuitaço pela 

internet livre. O PMDB se posiciona contra a neutralidade de rede.

Após mais de um ano de espera para ser 
votada, a “Constituição da Internet”, que 
garante os direitos e deveres dos usuários 
da rede, foi debatida nesta quarta (6) em 
comissão geral na Câmara dos Deputados. 
Durante toda a manhã, militantes, ativistas e 
representantes da sociedade civil não em-
presarial realizaram manifestações de apoio à internet livre, sem censura e pela 
manutenção da garantia da neutralidade da rede no Marco Civil da Internet.

Os movimentos sociais, que participaram da construção colaborativa da primeira 
versão encaminhada pelo Executivo à Casa Legislativa, apoiam amplamente a
nova versão apresentada pelo relator do projeto Alessandro Molon (PT/RJ). Durante 
a tarde, a luta pela internet livre das corporações foi aos trending topics mundiais da 
rede social Twitter com a hashtag #freeinternetbr. Durante o debate, deputados abriram 
faixa de apoio à internet livre no plenário.

Representante da sociedade civil na audiência pública, Pedro Ekman (Fórum 
Nacional pela Democratização da Comunicação/Intervozes) defendeu a neutralidade 
e rede e a liberdade de expressão na internet. Ele destacou que a censura prévia é 
uma prática corriqueira nas redes no Brasil e no mundo e que o Marco Civil da Internet 
acerta ao suprimir a possibilidade da retirada de conteúdos sem autorização judicial.

“A indústria do direito autoral mira no direito patrimonial, mas acerta na liberdade de 
expressão. Conteúdos são Deputados levam faixa da sociedade de apoio ao novo Marco Civil da Internetretirados sem 
qualquer debate judicial”. Ele afirmou que 
o projeto está correto ao tirar a responsa-
bilidade dos provedores por conteúdos 
postados por terceiros e ao colocar para 
a Lei do Direito Autoral a definição de 
mecanismos de retirada.

Ele reivindicou, ainda, a autoria do projeto para a sociedade, construído com ampla 
participação popular, e lembrou que o voto será aberto e que a sociedade saberá 
cobrar os deputados que votarem contra um projeto de extrema importância para a 
comunicação e para a democracia brasileira. “Essa casa vai decidir se nós vamos 
construir uma sociedade calcada em princípios democráticos ou uma sociedade 
autoritária calcada no vigilantismo e interesses privados”.

A bancada do PMDB, junto com representantes das empresas de telecomunicações, 
como a SindiTelebrasil, se posicionou contra o novo projeto, principalmente os artigos 
relativos ao armazenamento de dados obrigatório no Brasil e à neutralidade de rede. 
O líder da bancada, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), chegou a dizer que tentará 
recuperar o texto original do projeto e que proporá emendas.
O posicionamento do peemedebista tem explicação. O novo projeto apresentado por 
Molon, de acordo com especialistas, reforça a garantia da neutralidade de rede e retira 
o parágrafo, inserido a pedido da Rede Globo, que possibilitava a censura prévia de 
conteúdos, descrita no discurso de Ekman. 
Militantes fazem ato pela internet livre no plenárioMolon rebateu as críticas. 
Disse, em entrevista coletiva, 
que a nova versão tem apoio 
integral da presidenta Dilma 
Rousseff e que a neutralidade 
de rede deve ser garantida por 
todos os deputados que têm compromisso com o povo.  "Se a neutralidade for derrotada, 
a derrota será de 100 milhões de internautas brasileiros. A defesa da neutralidade é a 
defesa do espírito livre da Internet".

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