PIZZOLATO ESTÁ NA ITÁLIA E QUER NOVO JULGAMENTO; LÁ
Ex-diretor do Banco do Brasil já estaria no país europeu, valendo-se
de sua dupla cidadania, segundo o diretor de Istoé Paulo Moreira
Leite; lei local lhe garantiria direito a júri autônomo e eventual absol-
vição pela justiça italiana pode representar um grande trunfo para
todos os condenados da Ação Penal 470, que denunciam politização
do caso, cerceamento de defesa e parcialidade da imprensa; para PML,
aqueles que dispararam rojões para festejar a fuga do senador bolivia-
no Roger Pinto não poderão reclamar da escapada de Pizzolato
16 DE NOVEMBRO DE 2013 ÀS 11:09
247 - O diretor da sucursal da revista Istoé em Brasília, Paulo
Moreira Leite, divulga que o ex-diretor do Banco do Brasil, Hen-
rique Pizzolato, condenado a 12 anos de prisão na Ação Penal
470 (o mensalão), já está na Itália. Alegando cerceamento de
defesa, ele vai pedir um julgamento autônomo às autoridade
daquele país, o que, em caso de absolvição, pode constranger
o Supremo Tribunal Federal (STF) colocar sua isenção sob sus-
peita. Como cidadão italiano, as leis da pátria de Vittorio Ema-
nuele lhe garantiriam um novo júri.
Pizzolato, segundo PML, acredita que pode ser protegido pelo
artigo V do tratado de extradição Brasil e Itália, que afirma que
não haverá o retorno forçado do cidadão ao país de origem se,
“pelo fato pelo qual for solicitada, a pessoa reclamada tiver sido
ou vier a ser submetida a um procedimento que não assegure os
direitos mínimos de defesa”.
A estratégia de Pizzolato pode representar um trunfo aos demais
condenados da Ação Penal 470, que no ato da prisão na sexta-
feira (15) denunciaram a politização do julgamento, o cerceamento
de defesa, a parcialidade da imprensa e a tentativa de criminalizar
o PT. Se for inocentado pela justiça italiana, o julgamento do Su-
premo restará sob suspeita, reforçando os argumentos para um
recurso às instâncias judiciais da Organização dos Estados Ameri-
canos (OEA) e à Corte Interamericana de Direitos Humanos.
Segundo o diretor de Istoé, nota será divulgada em breve pelo
advogado de Pizzolato. Ele afirmará que não teve um tratamento
adequado pela Justiça. Denunciará também a postura parcial da
maioria dos veículos de comunicação contribuiu para uma decisão
parcial, que não lhe deu os tratamentos de defesa.
Leia a coluna de Paulo Moreira Leite:
Pizzolato na Italia
Com cidadania italiana, diretor de marketing do Banco do Brasil
tentará um segundo julgamento naquele país
Aqueles políticos e observadores que em agosto dispararam rojões
para festejar a fuga do senador boliviano Roger Pinto para o Brasil
não têm direito a reclamar da notícia que vão ler abaixo.
Condenado a 12 anos de prisão e multa superior a 1 milhão de reais
na ação penal 470, Henrique Pizzolato mudou-se para a Itália.
Com cidadania italiana, Pizzolato pretende exercer um direito que
a legislação daquele país reserva a seus súditos: ser julgado por leis italianas.
Ele acredita que pode ser protegido pelo artigo V do tratado de extra-
dição Brasil e Itália, que afirma que não haverá o retorno forçado do
cidadão ao país de origem se, “pelo fato pelo qual for solicitada, a
pessoa reclamada tiver sido ou vier a ser submetida a um procedi-
mento que não assegure os direitos mínimos de defesa”.
Em nota que será divulgada em breve por seu advogado, Pizzolato
afirma que não teve um tratamento adequado pela Justiça. Denuncia
também que a postura parcial da maioria dos veículos de comuni-
cação contribuiu para uma decisão parcial, que não lhe deu os trata-
mentos de defesa.
Quem lê meu blogue sabe que Pizzolato levanta pontos relevantes.
Ele foi condenado por desvio de 73 milhões de reais do Banco do
Brasil mas uma auditoria da própria instituição demonstrou que esses recursos não saíram de seus cofres e pertenciam a uma empresa
privada, Visanet. Pizzolato foi acusado de embolsar 326 000 reais do
esquema de Marcos Valério. Sempre disse que entregou o dinheiro ao
PT e a acusação jamais provou o contrário. Único acusado de repas-
sar recursos para Marcos Valério, ele demonstrou que não era o pri-
meiro nem o mais graduado dirigente do BB envolvido nos pagamentos
a DNA.
Como tantos condenados da ação penal, ele também recorda que não
teve direito a um segundo grau de jurisdição, embora não tivesse
mandato político. Não custa lembrar que, em situação semelhante,
todos os réus do mensalão PSDB-MG estão sendo julgados em
primeira instância e mais tarde poderão solicitar um reexame inte-
gral da sentença recebida.
Esta noticia italiana vai deixar muitas pessoas nervosas, tenho certe-
za. Mas é bom lembrar de Roger Pinto e os diplomatas brasileiros que o
ajudaram a escapar da embaixada em La Paz, certo?
então está na hora de acatar a decisão da justiça italiana em relação ao Cesare Battisti
ResponderExcluirquem acreditar, como eu, na inocência de Pizzolato, queira assinar a petição http://www.avaaz.org/po/petition/publicacao_dos_documentos_da_AP_470_mensalao_que_comprovam_a_inocencia_de_Pizzolato/?copy
ResponderExcluirA politizaçao do julgamento ficou evidente e esperamos que o tiro saia pela culatra neste carnaval montado pela midia e por interesses politicos que tentam criminalizar o PT. Só um ignorante ou mal intensionado nao entendem.
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