terça-feira, 31 de dezembro de 2013

ORTIZ FAZ GOVERNO DAS "BOQUINHAS" PARA PARENTES E AMIGOS

Ortiz Junior fecha 2013 sem fazer 

reforma administrativa

O prefeito Ortiz Júnior, a secretária de trânsito Dolores Moreno Pino e a vereadora Graça _ Foto Arq
O prefeito Ortiz Júnior, a secretária Dolores Moreno Pino e a vereadora Graça _ Foto Arquivo/OVALE
Promessas do início do mandato permaneceram no papel; falta de autonomia das 
pastas também é alvo de críticas
Julio Codazzi
Taubaté
Prometida pelo prefeito de Taubaté, Ortiz Junior (PSDB), para o início do mandato, a refor-
ma administrativa não saiu do papel em 2013.
A proposta inicial do tucano, apresentada durante a campanha de 2012, era criar quatro 
novas secretarias: de Trânsito e Transporte, de Administração, do Trabalho e de Cultura.
Além disso, a administração passaria a ter também a assessoria especial dos Portadores 
de Deficiência, de Política Antidrogas e da Juventude.
Em abril, durante entrevista a O VALE, Junior anunciou que havia desistido de criar a pas-
ta de Cultura, mas reiterou o desejo de cumprir o restante da promessa.
Na ocasião, o prefeito disse que o projeto da reforma já estava pronto, e que teria impacto 
de apenas 0,3% no orçamento com a criação de novos cargos.
Segundo ele, a proposta ainda não havia sido colocado em prática devido à necessidade 
de ajuste financeiro. A Lei de Responsabilidade Fiscal impede a criação de novos cargos 
enquanto houver desequilíbrio nos gastos com pessoal.
Questionado novamente esse mês sobre o atraso da reforma, o tucano não quis explicar 
os motivos.

Dependência.No fim do ano, o prefeito esboçou de forma tímida o começo da reforma administrativa. No 
último dia 13, encaminhou à Câmara o projeto de criação da secretaria de Mobilidade Ur-
bana.
Pela proposta, aprovada pelos vereadores no dia 20, a pasta passará a concentrar os depar-
tamentos de Trânsito e Transportes Públicos, que faziam parte da secretaria de Obras.
O projeto cria também a assessoria especial de educação para o trânsito. Oito cargos de li-
vre nomeação serão criados na nova pasta e três serão extintos na de Obras.
Durante a votação, ocorrida na última sessão do ano, os vereadores cobraram o envio do pro-
jeto completo da reforma administrativa e que a proposta preveja a autonomia financeira de to-
das as pastas.
Atualmente, Junior é o único ordenador de despesas da prefeitura. Qualquer compra ou gasto 
precisa ser assinada pelo prefeito, o que 'engessa' e burocratiza a administração.
“Cadê as assessorias especiais que o prefeito prometeu? Por enquanto, criou apenas uma se-
cretaria, e para premiar uma diretora que só tomou medidas prejudiciais à população”, disse o 
vereador Douglas Carbonne (PCdoB), se referindo à diretora de trânsito, Dolores Moreno Pino, 
a ‘Lola’.
“A administração do prefeito é uma colcha de retalhos, com várias ações fragmentadas. A re-
forma administrativa é um exemplo, que está sendo feita com atraso e incompleta, sem estudo. 
Dessa forma, parece que quer apenas contemplar os grupos políticos que o apoiam”, disse o 
vereador Salvador Soares (PT).
Já o líder do prefeito na Câmara, João Vidal (PSB), minimizou a polêmica e disse que a refor-
ma sairá em 2014.
“O prefeito deve fazer isso no ano que vem, quando terá orçamento próprio.”

Atraso provoca saia-justa com aliados O atraso na reforma administrativa gerou situações 
desconfortáveis para o prefeito durante o ano.
O principal exemplo ocorreu em maio: a nomeação do vice-prefeito, Edson Oliveira (PTB), pa-
ra o cargo de diretor do Departamento de Desenvolvimento Urbanístico, setor subordinado à Se-
cretaria de Planejamento.
A manobra serviu para ‘engordar’ o salário de Oliveira, que recebia R$ 3.557,80 e passou a ga-
nhar R$ 7.792,72, um acréscimo de 119,03%.
A nomeação só ocorreu devido ao atraso na criação da secretaria do Trabalho, prometida para 
o vice, que passaria a ganhar R$ 9.116. Além de vice, Oliveira é marido da presidente da Câma-
ra, vereadora Maria das Graças, a Graça (PSB).

Embaraço.Outros dois importantes nomes do alto escalão do governo, Odila Sanches (Finanças) e Dolo-
res Moreno Pino, a ‘Lola’ (Trânsito), seguem apenas como diretoras de departamento, embora 
tenham o ‘status’ de secretárias. Atualmente, a prefeitura de Taubaté tem 14 secretarias. Caso 
a reforma seja confirmada, passará para 17.

FHC DESMENTE LIVRO QUE A VEJA ENCOMENDOU CONTRA LULA

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

INTELECTUAIS REDUZEM A "VEJA" A SUA INSIGNIFICÂNCIA

Historiadores repudiam matéria da revista Veja sobre Eric Hobsbawm

Associação afirma que a revista foi desrespeitosa, irresponsável e ideológica  
Da Redação*
Revista Veja classificou o historiador marxista Eric Hobsbawn como um “idiota moral” (Foto: Divulgação)
No dia 1º de outubro, o mundo despediu-se de Eric Hobsbawn. O historiador marxista, tido como um dos maiores intelectuais do século XX, faleceu aos 95 anos.
Três dias após a morte do historiador, a revista Veja publicou em seu site a matéria,A imperdoável cegueira ideológica da Hobsbawm, onde logo na primeira frase classifica o autor como um “idiota moral”.
Na última sexta-feira (5), a Associação Nacional de História (ANPUH) publicou uma nota, por meio de sua página no Facebook, na qual repudia a crítica da Veja ao historiador inglês. A nota afirma que o tratamento dado pela Veja a Hobsbawn foi desrespeitoso, irresponsável e ideológico.
“Talvez Veja, tão empobrecida em sua análise, imagine o mundo separado em coerências absolutas: o bem e o mal. E se assim for, poderá ser ela, Veja, lembrada como de fato é: medíocre, pequena e mal intencionada”, finalizou a entidade.
Leia abaixo a íntegra da nota de repúdio
Resposta à revista VEJA
Eric Hobsbawm: um dos maiores intelectuais do século XX
Na última segunda-feira, dia 1 de outubro, faleceu o historiador inglês Eric Hobsbawm. Intelectual marxista, foi responsável por vasta obra a respeito da formação do capitalismo, do nascimento da classe operária, das culturas do mundo contemporâneo, bem como das perspectivas para o pensamento de esquerda no século XXI. Hobsbawm, com uma obra dotada de rigor, criatividade e profundo conhecimento empírico dos temas que tratava, formou gerações de intelectuais. Ao lado de E. P. Thompson e Christopher Hill liderou a geração de historiadores marxistas ingleses que superaram o doutrinarismo e a ortodoxia dominantes quando do apogeu do stalinismo. Deu voz aos homens e mulheres que sequer sabiam escrever. Que sequer imaginavam que, em suas greves, motins ou mesmo festas que organizavam, estavam a fazer História. Entendeu assim, o cotidiano e as estratégias de vida daqueles milhares que viveram as agruras do desenvolvimento capitalista. Mas Hobsbawm não foi apenas um “acadêmico”, no sentido de reduzir sua ação aos limites da sala de aula ou da pesquisa documental. Fiel à tradição do “intelectual” como divulgador de opiniões, desde Émile Zola, Hobsbawm defendeu teses, assinou manifestos e escolheu um lado. Empenhou-se desta forma por um mundo que considerava mais justo, mais democrático e mais humano. Claro está que, autor de obra tão diversa, nem sempre se concordará com suas afirmações, suas teses ou perspectivas de futuro. Esse é o desiderato de todo homem formulador de ideias. Como disse Hegel, a importância de um homem deve ser medida pela importância por ele adquirida no tempo em que viveu. E não há duvidas que, eivado de contradições, Hobsbawm é um dos homens mais importantes do século XX.
Eis que, no entanto, a Revista Veja reduz o historiador à condição de “idiota moral” (cf. o texto “A imperdoável cegueira ideológica da Hobsbawm”, publicado em www.veja.abril.com.br). Trata-se de um julgamento barato e despropositado a respeito de um dos maiores intelectuais do século XX. Veja desconsidera a contradição que é inerente aos homens. E se esquece do compromisso de Hobsbawm com a democracia, inclusive quando da queda dos regimes soviéticos, de sua preocupação com a paz e com o pluralismo. A Associação Nacional de História (ANPUH-Brasil) repudia veementemente o tratamento desrespeitoso, irresponsável e, sim, ideológico, deste cada vez mais desacreditado veículo de informação. O tratamento desrespeitoso é dado logo no início do texto “historiador esquerdista”, dito de forma pejorativa e completamente destituído de conteúdo. E é assim em toda a “análise” acerca do falecido historiador. Nós, historiadores, sabemos que os homens são lembrados com suas contradições, seus erros e seus acertos. Seguramente Hobsbawm será, inclusive, criticado por muitos de nós. E defendido por outros tantos. E ainda existirão aqueles que o verão como exemplo de um tempo dotado de ambiguidades, de certezas e dúvidas que se entrelaçam. Como historiador e como cidadão do mundo. Talvez Veja, tão empobrecida em sua análise, imagine o mundo separado em coerências absolutas: o bem e o mal. E se assim for, poderá ser ela, Veja, lembrada como de fato é: medíocre, pequena e mal intencionada.
São Paulo, 05 de outubro de 2012
Diretoria da Associação Nacional de História
ANPUH-Brasil

NEM FHC CONFIA NO DESEQUILÍBRIO DE JOAQUIM BARBOSA

FHC crê que candidatura de Joaquim Barbosa seria "aventura"

  • Nelson Jr/ASICS/TSE - 14.nov.2013
    O presidente do STF e relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa, participa de seminário em Brasília em novembro
    O presidente do STF e relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa, participa de seminário em Brasília em novembro
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) acredita que falta a Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), traquejo político para vir a atuar como presidente da República. Crê ainda que Barbosa não tem as características necessárias para conduzir o Brasil e chamou de "aventura" uma eventual candidatura do ministro.
"As pessoas descreem tanto nas instituições que buscam heróis salvadores... Ele [Barbosa] teria que ter um partido para começar, acho que ele é uma pessoa que tem sentido comum e duvido que vá fazer uma aventura desse tipo", disse Fernando Henrique em entrevista ao programa Manhattan Connection, da Globonews, no domingo à noite.
Pesquisa Datafolha realizada no final de novembro indica Barbosa com 15% das intenções de voto para a Presidência em 2014. No mesmo cenário, a presidente Dilma Rousseff lidera com 44%, o senador Aécio Neves (PSDB) tem 14% e o governador Eduardo Campos (PSB) aparece com 9%.
"É difícil imaginar Barbosa na vida partidária, ele não tem o traquejo, o treinamento para isso, uma coisa é ter uma carreira de juiz, outra coisa é ter a capacidade de liderar um país. Talvez o Senado, a vice-presidência. Não creio que ele tenha as características necessárias para conduzir o Brasil de maneira a não provocar grandes crises. Confio no bom senso dele", acrescentou.

LULA COMENTA A AMÉRICA LATINA COM SOCIALISTAS NO CHILE

Artigo de Lula: Horizontes da Integração Latino-Americana


A volta de Michelle Bachelet à presidência do Chile é um fato muito auspicioso para a América 
do Sul e toda a América Latina. As notáveis qualidades humanas e políticas que ela demonstrou 
em seu primeiro governo e, posteriormente, no comando da ONU Mulheres, a entidade das Na-
ções Unidas para igualdade de gênero, conferiram-lhe um merecido prestígio nacional e interna-
cional. Sua liderança – ao mesmo tempo firme e agregadora – e o seu compromisso de vida 
com a liberdade e a justiça social, fazem de Bachelet uma referência importante em nosso con-
tinente.
A consagradora vitória que acaba de obter revela também que o povo chileno, tal como os 
outros povos da região, anseia por um verdadeiro desenvolvimento, capaz de combinar o eco-
nômico e o social, a expansão das riquezas com a sua equitativa distribuição, a modernização 
tecnológica com a redução das desigualdades e a universalização de direitos. E reivindica, além 
disso, uma democracia cada vez mais participativa.
Por outro lado, a eleição de Bachelet inegavelmente reforça o processo de integração sul-ame-
ricana e latino-americana, na medida em que sempre apoiou com entusiasmo as iniciativas vol-
tadas para o desenvolvimento compartilhado e a unidade política da região. Basta lembrar a 
sua contribuição decisiva para a criação e consolidação da União de Nações Sul-Americanas 
(UNASUL), da qual foi a primeira presidente, e para a constituição da Comunidade de Estados 
Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC). Aliás, nunca houve na América Latina tantos go-
vernantes comprometidos com esse processo.
Estive no Chile durante o segundo turno das eleições justamente para debater as perspectivas 
da integração, participando de um seminário internacional promovido pela Comissão Econô-
mica para a América Latina e Caribe (CEPAL), o Banco Interamericano de Desenvolvimento 
(BID), o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e o Instituto Lula.
Durante dois dias, 120 lideranças politicas, sociais e intelectuais dos nossos países fizeram 
um diagnóstico atualizado e debateram uma agenda concreta para o desenvolvimento e a in-
tegração regional.
Discutiu-se francamente a inserção da América Latina na economia mundial; a arquitetura po-
lítico-institucional da integração; o papel das políticas sociais, especialmente no combate à po-
breza; as cadeias produtivas supra-nacionais; as empresas translatinas; as conexões físicas e 
energéticas; a cooperação financeira e os mecanismos de investimento; os direitos humanos 
e laborais; a defesa do patrimônio ambiental e da diversidade cultural.
Há um grande consenso sobre a necessidade da integração, que interessa na prática a todos os 
nossos povos e países, independentemente da coloração ideológica dos respectivos governos. 
As diversas regiões do mundo estão se integrando e constituindo blocos econômicos e políticos, 
e não faria sentido que apenas a América Latina e o Caribe deixassem de unir-se. Nossos países 
viveram secularmente de costas uns para os outros e todos sabemos o quanto isso foi nefasto 
em termos de fragilidade geopolítica e de atraso socioeconômico. Não se trata de um movimento 
contra os países desenvolvidos, com os quais queremos incrementar nosso intercâmbio em todos 
os níveis, mas de legítima afirmação da nossa própria região. O aprofundamento da integração 
latino-americana – política, cultural, social, de infraestrutura, de mercados – é um caminho natu-
ral e lógico, destinado a aproveitar a nossa proximidade territorial e cultural e as nossas vantagens 
comparativas. Sem falar que, juntos, seguramente teremos mais força para garantir nossos direitos 
no âmbito global.
É opinião geral que, na última década, tivemos conquistas extraordinárias em matéria de parcerias 
e cooperação. Aumentou a confiança e o diálogo substantivo entre os nossos países, sem o que 
não se conseguiria criar a UNASUL e a CELAC. Mas as relações econômicas também se expan-
diram consideravelmente. O comércio, por exemplo, cresceu de modo impressionante. Em 2002, 
segundo a CEPAL, o fluxo total do comércio intra-regional na América do Sul era de U$33 bi-
lhões; em 2011, já havia atingido os U$ 135 bilhões. No mesmo período, o fluxo no conjunto da 
América Latina passou de U$ 49 bilhões para U$ 189 bilhões. E o seu horizonte de crescimento 
é enorme, pois somos um mercado de 400 milhões de pessoas e até agora só exploramos uma 
pequena parte do nosso potencial de trocas.
O mesmo acontece com os investimentos produtivos. As empresas da região estão se internacio-
nalizando e investindo nos países vizinhos. No caso brasileiro, tínhamos poucos investimentos 
industriais na América Latina. Hoje, são centenas de plantas, em mais de 20 países. E a recíproca, 
felizmente, é verdadeira: existe um número crescente de empresas argentinas, mexicanas, chile-
nas, colombianas e peruanas, entre outras, produzindo no Brasil para o mercado brasileiro.
É evidente, no entanto, que precisamos avançar muito mais. Devemos acelerar a integração, que 
pode ser mais profunda e abrangente. Para isso, com certeza, não bastam as visões de curto pra-
zo. Tenho dito que necessitamos de um pensamento realmente estratégico, capaz de encarar os 
desafios da integração na perspectiva do futuro, dando-lhes respostas corajosas e inovadoras. 
Temos que ir, igualmente, além dos governos, por fundamentais que eles sejam. A integração é 
uma bela empreitada histórica que só se concretizará plenamente se lograrmos comprometer to-
da a sociedade civil dos nossos países, os sindicatos, os empresários, as universidades, as igre-
jas, a juventude.
É imprescindível construir uma vontade popular de integração. O principal é que todos compre-
endam o quanto podemos ganhar coletivamente na economia, na soberania política, na igualda-
de social, no desenvolvimento cultural e científico com a associação dos nossos destinos.

QUEM SE LEMBRA DA INFLAÇÃO DO TOMATE? E DO APAGÃO GERAL?

JORNAL HOLANDÊS MOSTRA ENCHENTE NO ES (FOTOS)

Veja mais fotos publicadas pelo diário holandês NRC, em:
http://www.nrc.nl/inbeeld/2013/12/30/brazilie-tot-de-middel-in-het-water-na-zware-regenval/

ÓDIO DA MÍDIA SÓ AJUDA O PT...